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vendredi 10 avril 2009

Existir é essencial. Existir é moral.

O elo fenomenológico.
Diz o cronista: A fenomenologia para Heidegger não é considerada um fim em si mesma, mas apenas um método capaz de conduzi-lo à obtenção de um resultado determinado ( De Waelhens). Sua preocupação é com o ser existente e este não se manifesta por si mesmo de forma patente. A função das fenomenologia seria a de descobri-lo. E este existente seriamos nós mesmos, pois dentre todos os existentes, o existente humano é o único capaz de refletir sobre sua própria existência. (Omite-se que Deus é capaz de refletir sobre si mesmo) A esse existente Heidegger chama de Desein (texto já citado em nosso Blog). Porém a analise do Desein não é a finalidade ultima da fenomenologia de Heidegger, pois ele pretende, a partir do Desein, elaborar uma ontologia geral da qual a analítica exeistencial seria apenas a introdução. Alguns críticos, porém, afirmam que Heidegger nunca ultrapassou essa fase , ou seja a analise existencial.
Continua o cronista: A essência do Desein consiste na sua existência, e essa se faz patente como ser no Mundo. O existente trascende incessantemente. Não existe primeiramente um Eu que se dirige ao mundo; a trasncendencia não é um atributo do existente, mas a sua própria essência. A existência humana não se pode conceber senão em relação com o outro, ou seja, não há eu, se não em relação à outra coisa distinta do eu.
Jean Paul Sartre desenvolveu uma tese que o ego não pertence à consciência em oposição aos filósofos e psicólogos que acreditam que o ego habita a consciência, mas pretendeu demonstrar que o ego está no mundo, é um ser do mundo, como outro ego qualquer. Ou melhor, como o ego de outrem, como o invisível de outrem.
Sartre distingue, num sutil jogo de palavras o Jê do Moi. Jê (eu) seria o aspecto ativo. O Moi (meu) seria o aspecto concreto como unidade das qualidades, sendo o eu e o "meu" como aspectos distintos do ego.
“Tudo que vemos nas proposições de Sartre é uma tentativa de justificação, de uma realidade religiosa fundamental: “O eu se desenvolve em função de uma "entidade” exterior. Ora, isso dito em outras palavras se reduz a: “O Eu se desenvolve a partir de Deus”. A consciência humana é semelhante e imagem (espelho) da consciência divina. Pois para uma consciência ser cognoscente ela precisa ser consciente de si mesma sem o que ela seria uma consciência inconsciente. Mas Deus é Luz é consciência plena (onisciente) Deus é aquele que É o que sabe de si mesmo. Na verdade o ego habita a consciência de Deus. Sartre, não aceitando a encarnação do Verbo, conclui erroneamente.
Se formos, por exemplo, ao documento Evangelium Vitae, veremos toda essa mesma discutição recolocada em outras palavras, sem, no entanto fugir do essencial: “O homem é chamado a uma plenitude da vida que se estente muito além das dimensões da sua existência terrena (Jê ET Moi de Sartre), porque consiste na participação da vida de Deus (e de sua consciência).
A sublimidade dessa vocação sobrenatural revela a grandeza e o valor precioso da vida humana, inclusive já na sua fase temporal. Com efeito, a vida temporal é condição basilar, momento inicial e parte integrante do processo global e unitário da “existência humana”: Um processo para além de toda a expectativa e merecimento fica iluminado pela promessa e renovado pelo dom da vida divina, que alcançará sua plena realização na eternidade.”
Mas prestem atenção ao detalhe: “Ao mesmo tempo, porém, o próprio chamamento sobrenatural (a consciência da consciência divina) sublinha a relatividade da vida terrena do homem e da mulher”. ““Na verdade essa vida não é realidade ”última”, mas penúltima, trata-se, em todo caso, de uma realidade sagrada que nos é confiada para guardarmos com sentido de responsabilidade e levarmos à perfeição do amor pelo dom de nós mesmos a Deus e aos Irmãos”.
Ora Sartre não era cristão, assim, sem compreender os mistérios do Verbo encarnado tergiversa: “De fato eu estou mergulhado num mundo de objetos, são eles que constituem a unidade das consciências (negando a Deus como unidade das consciências) que se apresentam como seus valores, suas qualidades atrativas e repulsivas, mas o Eu foi aniquilado. Não há lugar para mim nesse nível, e isto não ocorre de um acaso, de um defeito momentâneo da atenção, mas da própria estrutura da consciência. (La transcedence de L´ego).
Sartre assim conclui que o Eu não deve ser procurado nem nos estados da consciência irreflexiva, nem por detrás dela. O eu aparece apenas como ato reflexivo e como correlação noemética de uma intenção reflexiva. Jê e Moi são, portanto duas faces do Ego.
O que trago aqui, não é de fácil compreensão, mas é concreto no apostolo João em sua primeira Carta: “O que era desde o principio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos próprios olhos, o que contemplamos e nossas mãos apalparam acerca do Verbo da Vida- porque a Vida manifestou-se, nós a vimos, demos testemunha dela e vos anunciamos esta vida eterna que estava no Pai e que nos foi manifestada - o que vimos e ouvimos vos anunciamos, para que também vos tenhais comunhão conosco” (1,1-3).
Ora João se referia diretamente ao Verbo, ao Ego do Deus Feito Carne.
Sartre fala em valores, qualidades atrativas e repulsivas, para esconder a moral divina revelada em Deus Carne Essa a raiz de todas essas tendências ditas éticas, que caracteriza grande parte da cultura contemporânea. Não falta quem pense que tal relativismo seja uma condição da democracia, visto que só ela garantiria a tolerância, respeito recíproco entre as pessoas e adesão as decisões das maiorias, enquanto as normas morais, consideradas objetivas e vinculantes, conduziriam ao autoritarismo e intolerância. Mas é justamente a problemática conexa com o respeito à vida que mostra os equívocos e contradições, como temíveis resultados práticos, que se escondem nessa posição. A vida é a essência do existir. Atentar contra é imoral.
Quando uma maioria decreta a legitimidade da eliminação da Vida... é tirânica?




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