lundi 29 décembre 2008

Agradecimentos.

O Blog Psicologia do Cabo ao Rabo foi criado para ser um Blog restrito ao "Grupo 23 de Outubro". Todavia como os outros Blogs do Grupo eram abertos, nós o deixamos disponibilizado para quem quisesse acessá-lo. O Print Screen que mostramos abaixo mostra quantas visitas recebemos. Agradecemos as visitas, desejando a todos um Próspero e Religioso Ano Novo.

OBS: nós não publicamos comentários, embora eles sejam sempre bem vindos, ainda que sejam críticas. Além das visitas da tela, recebemos visitas de mais 9 países.Reparem na tela que a cidade de Apucarana no Paraná foi a campeã em acessos, superando Curitiba, e surge um núcleo já bem significativo em São Paulo.Das estrangeiras, queremos agradecer especialmente ao único visitante de Londres, que chega a abrir até 14 minutos em cada acesso.Ele é o campeão de permanência no Blog.






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samedi 27 décembre 2008

E dai?

E daí?
Empirismo (III).
Caro professor, e daí? Eu não entendi nada do que você quis dizer sobre o empirismo.
Não entendeu? Então vamos retomar. O que eu quis dizer, é que o aluno cristão, e o profissional cristão, ao meter-se com a psicologia estará constantemente induzido ou seduzido para abandonar a sua fé. Algo parecido com o que lemos em Provérbios 1.10 “filho meu, se os pecadores te atraírem com afagos, não consintas”. Veja você meu jovem, se tomarmos David Hume como um expoente do empirismo, não que eu diga que ele era doente do afeto, mas medite sobre essas palavras do cronista: “Finalmente, as tendências céticas e antimetafisicas de Hume exerceram uma enorme influencia (por quê?). O seu parágrafo encontrado em” Investigação sobre o entendimento humano” (de 1902, a pagina 165) é um retrato da inquisição cientifica, em nome da deusa Razão, a mesma, que destronou Nossa Senhora da catedral de Paris durante a revolução francesa. Sabe, isso aconteceu na França, os revolucionários invadiram a catedral, derrubaram a imagem de “Nobre Dame” e a substituíram por uma imagem do que eles entendiam como a deusa Razão. Não pense que eu estou exagerando, lendo o famoso parágrafo de David Hume você entenderá claramente ao que eu estou me referindo. Veja:” Quando persuadidos destes princípios, passamos em revistas as bibliotecas, que devastação não faremos? Se tomarmos entre as mãos um volume de Teologia ou de Metafísica Escolástica, por exemplo, perguntaremos: Esse livro contém algum raciocínio abstrato sobre quantidade ou numero? Não. Contém algum raciocínio experimental sobre questões de fato ou de existência? Não. “Para o fogo com ele, pois outra coisa não pode encerrar senão sofismas e ilusões”. Veja meu jovem. Ele poderia ter dito isso da Sagrada Escritura, ao fogo com ela. Então meu jovem, quando você optar pelo estudo da psicologia esteja alertado que você fará concessões contra a sua Fé cristã, gratuitamente, sem que nada proposto pelos psicólogos a substitua. Agora acho que você entendeu...não é?
Esse ponto de vista agressivo é o precursor do positivismo e operacionismo modernos. A Psicologia (dirá Melvin Marx) desde seus primórdios formais, tem tido o problema de se libertar da Filosofia (da Sabedoria) e Hume é um dos seus heróis. Compreende agora, está mais claro para você?
Nós teremos em algum momento de nossas vidas de fazer a opção, ou de optar a cada momento, a cada passo, se cremos em Jesus Cristo, e em tudo o que significa cremos nele, ou, pelo contrario, negá-lo pela sedução constante, sutil, erudita, ardilosa, apoiada em uma mídia fabulosa, que construiu não só a fama de David Hume, e outros do gênero, mas também de outras personalidades da “ciência” psicológica e de outras correntes, como Sigmund Freud, por exemplo. Em tudo isso há sempre meias verdades e algumas evidências, que fazem parte da sedução, depois meu jovem, é um lodo pegajoso e inútil, aderente e sufocante, autofágico, e por vezes mortal. O que de concreto eles nos oferecem? Vinte anos de psicanálise, e você sai vinte anos mais velho, e vinte anos mais pobre (não de dinheiro, mas de espírito). E o reino dos Céus pertence aos pobres em Espírito, e não aos pobres de espírito, fosse assim, creio os cachorros e sapos e os burros, seriam santos.
A vida é breve. Com doença ou sem doença, como limites afetivos ou sem esses limites, nós morreremos. O que a fé nos diz, é: O que seremos pós essa brevidade momentânea. Um saco de ossos? Um nada?
Se nada faz sentido, porque nos escravizamos? Porque respeitamos os nossos pais, a nossa história, o nosso país, o nosso povo? Por que então amaríamos a um Deus que não existe? Porque temeríamos as prisões e a pena de morte? Você percebe no que se tornará se assim for o resto de Bem que ainda sobra nessa vida? Veja o que te propõe Jesus Cristo, e o que te propõem David Hume ou Sigmund Freud! Não troque jóia por bijuteria.
Então, meu jovem, se é assim, se eu sou tão radical, porque você viria em meu consultório? Para fazer uma consulta é obvio? Para conversarmos com lealdade, para que eu possa te ajudar, e me ajudar a reencontrar o caminho diante de cada problema que se nos apresentar, nada mais, como você leu em outro texto, aqui neste Blog, eu estou habilitado para isso, faria isso de graça, mas me deram o direito de te cobrar. A isso os homens chamam de profissão.
Jesus era de estirpe real, da família do Rei David, ou era um simples marceneiro? As duas coisas. Eu conheço D. Bertrand de Orleans e Bragança, herdeiro do trono do Brasil. É homem educado e culto, esse neto de D. Pedro II, nobre no mais puro sentido do termo, mas vive uma vida difícil, como a de qualquer outro ser humano vivo exercendo uma profissão. Jesus o Rei dos Judeus (INRI) nasce num reino submetido pelos reinos estrangeiros, assim como D. Bertrand nasce num reino substituído pela República, e ambos exerciam uma profissão, embora suas missões naturais fossem ainda maiores. Poderia Jesus exercer o reino temporal de Israel se quisesse, mas optou, sim optou, por nos mostrar que seu reino não era desse mundo, e exerceu com humildade uma profissão. A nobre profissão de José. Mas não só essa, Ele também exerceu a profissão de nos salvar, de nos tirar do erro, de nos mostrar o Caminho.
Nascido em Belém, na Judéia, cidade do rei David, Jesus pergunta a Pedro, o que dizes que eu sou? Tu és o Filho do Deus Vivo. E responde Jesus, bendito sejas, meu caro e rude pescador judeu, mestre da rede e da pesca, porque não foi o homem que te ensinou essa verdade, mas o Espírito de Deus.
Eu te pergunto colega, estudante, o que tem dito o Espírito do Amor em seu coração, sim porque Deus é Amor; como você tem estudado essas questões? Como você tem trabalhado? Como você tem exercido o seu amor; psicólogo?



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vendredi 26 décembre 2008

O direito de errar, para aprender.

O direito de errar e a dor de crescer.
Willian James.
Dois pilotos norte-americanos transladando um avião construído no Brasil bateram e derrubaram um dos aviões gigantes da “Gol”, acidente, onde perderam a vida mais de 200 pessoas. Todavia esses pilotos estavam habilitados para voar. Não estivessem habilitados, e seriam culpados sem qualquer argumentação favorável. A habilitação, todavia, não os exime de se envolverem em algum acidente, com algo inesperado, imprevisível, fortuito. No avião da Gol havia mais dois pilotos habilitados, como morreram, temos a tendência a achar que eram vítimas, mas em igual medida poderiam ser culpados. Não os estou julgando nem poderia fazer. Meu pai contava duas histórias impressionantes. Certa vez como acadêmico, em uma daquelas aulas coletivas, um mestre teria pedido para os alunos para que auscultassem um sopro cardíaco. Em seqüência, todos pareciam discriminar detalhes do sopro, concordando com o mestre. Eis que um dos alunos, nada ouviu de anormal. Tentou novamente e nada ouviu, então meio sem graça ousou: professor eu não ouço sopro algum. Todos riram, e iam começar as gracinhas, quando o professor interrompeu dizendo: Senhores, somente esse rapaz teve a humildade de confiar em seus sentidos e bom senso. Os demais se deixaram influenciar pela autoridade e ciência do mestre, acabaram ouvindo o inaudível.
Ou seja, a habilitação profissional, garante, em tese, que estamos preparados para enfrentar os problemas, mas não nos isenta de acidentes ou erros. No segundo caso, a indução do excesso de confiança em si, em certa doutrina, ou em certo mestre, pode deformar a realidade percebida. Podemos nos tornar perfeccionistas, paranóicos, exigentes à exaustão no exercício profissional, ou podemos ter um ato de humildade, e reconhecer que estamos procurando ajudar, salvar, concluir, independente do nível de habilitação. Mais difícil, no entanto, é quando as circunstâncias, ou o fato único ou novo, não nos permite nos considerarmos habilitados, pois nunca vimos ou enfrentamos um dado tipo de situação, fenômeno ou circunstância. Erro ou crime? Campo e assunto para o Direito.
Na verdade, criteriosamente a habilitação profissional nos garante o direito de errar. Ninguém se habilita para errar. Não seria comum que alguém tire uma carteira para conduzir aviões para derrubá-los. Todavia pode acontecer. O que a habilitação garante é o direito de exercer a profissão, não garante o sucesso profissional, nem a perfeição profissional.
Assim, eu transcreverei um trecho de texto de autor famoso de tal modo, que os colegas ou estudantes possam meditar, leiam sem previamente estarem induzidos pela ciência e fama do autor, pois é isso que importa, nós não lemos para concordar ou discordar, nós lemos para pensar.

“A relação de William James com sua obra, foi sempre sofrida. Por um lado debate-se ele no interior do dualismo entre o mental e o fisiológico. Ao mesmo tempo em que oferece toda uma fenomenologia da consciência, exige de si mesmo uma atitude mais científica que seria obtida na medida em que se dispusesse a fornecer uma explicação fisiológica condizente com o espírito naturalista dominante na época. Por outro lado encontramos em sua obra outro dualismo, menos explicito mas muito forte: a oposição entre o mecânico e o histórico. Ao explicar a emoção, James considera que na história individual e na história da espécie, certas reações úteis que o individuo empreendeu sobreviveram de forma atenuada e cada vez mais simbólicas nas reações emocionais. A gênese dessas reações emocionais responderia desta forma a pergunta de porque certos estímulos determinam tais efeitos e não outros. A resposta estaria nas adaptações pré-estabelecidas tanto ontologicamente como filogeneticamente. Em oposição a esse ponto de vista que é nitidamente darwiniano (princípios dos hábitos úteis associados), James coloca um enfoque puramente mecanicista e fisiológico. A reação se produz não de acordo aos princípios dos hábitos úteis, mas em função de vias de canalização mais fáceis".
Assim, continua o autor DOUTOR, "se levarmos em conta o propósito do autor de Princípios de Psicologia, esta disciplina seria incluída dentro do quadro das ciências naturais; mas se permanecemos fieis ao que William James escreveu, às dúvidas que sempre fez questão de explicar quanto às dificuldades de uma explicação naturalista da consciência e, a se julgar pelos seus continuadores, o saber psicológico seria visto como um saber sobre a subjetividade".

"A decisão sobre o predomínio do histórico sobre a o mecânico no interior da critica ao elementarismo associacionista, foi finalmente estabelecida pelo historicismo de Diltey”

O que você achou?... Difícil? Você ouviu o sopro cardíaco? Você estava atento durante o vôo? Você está devidamente habilitado? Você tem mesmo, o conjunto de conhecimentos necessários para acompanhar o raciocínio do autor?

Bem, você ao menos sabe que o subjetivismo em filosofia é o sistema que só admite a realidade do sujeito pensante? Todavia, enquanto conceito é a tendência de avaliar as coisas de um ponto de vista meramente pessoal; algo que traduza e caracterize a individualidade. Raíz do individualismo.

Para terminar, acreditando que você seja simples como eu, contarei, mais esse pequeno fato por mim vivido e curtido. Viajava com um engenheiro mecânico, dos mais renomados, que, por amor a profissão tentava me maravilhar com os seus conhecimentos (matemática, pura física, mesclada com conclusões filosóficas). Derrepente o carro parou. Ele olha aqui, examina ali, e nada. Precisamos de um mecânico. Mecânico de beira de estrada no Brasil, você sabe, analfabeto, sujo, grosseiro... Um minuto Doutor, já vou lá. Olha ali, olha aqui, bate na partida, olha mais embaixo, arruma um fio, e pronto o carro anda. Duro não é? Eu não estou fazendo uma apologia da irresponsabilidade, da falta de habilitação acadêmica, mas testemunhar que muitas vezes, o não habilitado, está mais habilitado do que o mestre como dois doutorados para resolver a real necessidade nos assusta. Continuamos a viagem, na mesma vaidade de sonhos e estrelas, enquanto o homem rude ficava para trás, contando uns miseráveis trocados, suficientes para pagar uma cerveja. Mas o nosso problema estava resolvido.

Colega, não se amofine com os erros da vida, é a dor de crescer. Aquele que se humilhar, será exaltado, e....

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jeudi 25 décembre 2008

Monismo Cartesiano?

O idiota e o Empirismo Britânico (II).

Alguém me chamou de idiota. É possível que assim seja.
Antes de tentar uma resposta, vou contar o que me aconteceu esses dias. Desci a rua onde moro, e subiam três deficientes, empurrando pela calçada suas bicicletas carregadas. Tentei prestar a atenção, e não entendi o que diziam. Um deles na verdade parecia morder a língua, ou outro falava de um jeito estridente, e a moça arrastava os pés, vitima de uma lordose impressionante. Mas riam e se divertiam, e pareciam estar se entendendo bem. Olhei para frente, e logo a minha frente descia um grupo de rapazes de uns vinte e cinco anos. Um deles mais alto, negro, cabelo cheio de trancinhas, roupas coloridas andava um gingado sobre pernas fortes e ágeis. Notei, no entanto, que ele não possuía nenhum dos braços, vítima da uma má formação. Iam alegres, seguros, festivos e sorridentes.
Imaginei o que aconteceria se eu o chamasse, e dissesse: você é deficiente, não pode estar feliz, sua vida será um martírio, você sofrerá e fará sofrer... Suicide-se. Ele me responderia cara você não sabe de nada, eu jogo futebol dez vezes mais rápido que você. Eu não assinarei cheques sem fundo, não roubarei carteiras, minha mãe me ama, e eu amo minha mulher. Então eu envergonhado diria, tentando consertar... Quem sabe a gente possa fazer algo para minorar a sua deficiência... Um braço mecânico, uma técnica de melhor aproveitamento dos seus cotós. Ele diria: cara eu não quero ser um robô, e se eu te contar o que faço com os meus cotós, você não acreditaria. Teria então me calado, na minha presunção de ser sadio, rabugento, infeliz, crítico... E... idiota.
Bem, posto isso, posso tentar responder. O motivo do insulto foi o meu “Monismo” cartesiano. Espera-se talvez que alguém que se diga Psicólogo, seja dono de uma doutrina perfeita, de uma escola definida, capaz de preencher algum tipo de expectativa de alguém. Esse sim é um baita profissional. Fico, no entanto, com um pé atrás, pois não estou aqui para viver ou preencher a expeditiva de ninguém, salvo Deus. A verdade é uma só, as pessoas não lêem, não pensam sobre o que lêem. Assim, é comum, as pessoas reconhecerem um erro ortográfico, e rapidamente concluírem, esse cara não sabe escrever, portanto não sabe nada. Às vezes esse cara que não sabe escrever, não sabe escrever bem em cinco ou seis línguas. Outras vezes ele apenas não sabe escrever, como outros não sabem desenhar, ou dirigir automóveis, ou pilotar aviões, ou cozinhar. Assim, outras são capazes de datilografar sem erros, todavia não são capazes de comentar o que escreveram, ou reproduziram, é outro tipo de deficiência. Fôssemos todos perfeitos e educados ao Máximo possível, ainda assim não seríamos auto-suficientes, precisamos de complementos, de auxilio, de comentários, de correções, de ajuda. Ah! Meu caro ofensor, se você fosse capaz de saber o que faço com minhas deficiências... Eu poderia perguntar, qual de nós dois é o idiota? Nenhum.
Com a vida religiosa, eu aprendi algo, Deus, autor de toda Boa Obra, escolhe ferramentas frágeis, imperfeitas (instrumentos humanos) para mostrar que a obra é Dele, e não do instrumento. O meu computador é um VAIO, e daí, ele não escreve sozinho, e eu, já bem usadinho, cheio de defeitos, nada faço de bom sem Deus.
Meu amigo se tivesse lido na integra o texto, teria visto que esta escrito que encontro contradições nos comentários e interpretações sobre o pensamento de Descartes. Leria que eu não li, nem lerei os originais do homem. Leria que eu estou dizendo, que mentes de elite, quando querem que algo venha em socorro de seus ideais, tudo, inclusive chamar aos outros de idiota lhes serve. Lêem mas não vêem. E quando vêem, não refletem. Quanto mais, os senhores, perceberem as minhas deficiências, os meus cotós da alma, mais surpreendente haverá de lhes parecer a minha obra. Já viram um sujeito pintar com os pés? Ou escrever com a boca. É emocionante, e surpreendente. Pois é, a minha obra também é surpreendente, e um dia vocês entenderão o porquê. Sentei nos bancos escolares como qualquer gênio faria. Passei no vestibular duas vezes, uma em sétimo lugar, outra em 156º. Estive mais uma vez numa universidade como pós graduado, curso que não completei. Estive diante de mestres, e doutos, porque não me reprovaram? Afinal, eu recebi o meu primeiro diploma, tardiamente, trinta anos atrás.
E registraram o meu CRP. Deram alvará ao meu Consultório, me permitiram até cobrar pelo meu serviço... E eu agora lhes dou de graça o que colhi.
David Hume estudou 25 anos para publicar o seu livro “Ensaio sobre o entendimento humano” aos 57 anos de idade. Não é uma obra cabal, certamente há o que ser criticado. A ciência, no seu senso prático, deveria mudar o mundo. Como o Empirismo fundamenta-se no associacionismo de Aristóteles ( 330-380 aC), e David Hume, viveu por volta de 1700, nesse período, o mundo conheceu Buda, Maomé, Jesus Cristo. Esses três últimos verdadeiramente marcaram o tempo humano, um é preciso que se diga, é o eixo de nossos relógios, antes dele e depois dele. Não me consta, caro colega, que Tomaz Hobbes (1651); John Lock (1700); o bispo George Berkeley (1733); David Hume (1739); David Harteley (1749); James Mill (1829); John Stuart Mill (1843); Alexander Bain (1855) e Hebert Spencer (1855) companheiro de túmulo de Karl Marx, sendo os principais do Empirismo Britânico, tenham de fato mudado o Mundo, muito menos Eu, Wallace Req Rio, tenho essa pretensão.
Meu padrinho é cego. Quando ele nota que não estão lhe prestando atenção, ele introduz ao que esta falando, algo verdadeiramente absurdo, e se diverte, porque as pessoas não se dão conta.
Apenas dois comentários, tive nesse nosso humilde Blog, ambos foram duramente críticos, como se eu, dirigindo em uma grande cidade, tivesse feito uma barbeiragem... Oh! Seu barbeiro. Tirou carteira pelo telefone? Não. Eu a tirei por teimosia, eu a tirei para mostrar que posso errar.



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mercredi 24 décembre 2008

Feliz Natal a Todos.











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Empirismo.

O Empirismo Britânico. ( 1)
“Empíreo”, é palavra oriunda da mitologia grega, fala de fogo que queima em si mesmo, e da mais alta esfera das moradas celestes, onde moravam os deuses e imperavam as suas vontades, portanto, na sutileza do termo esconde-se a idéia de império auto gerado, fonte de energia, poder, isolamento, origem em si mesmo. Egoísmo ou orgulho.
Já o empirismo, na Filosofia, e na Psicologia enquanto ramo da Filosofia é o sistema que faz repousar só na experiência a fonte e razão do conhecimento, ou seja, nega o ”apriori”, para através da experiência, criar doutrina do conhecimento, para negá-la em seguida, pois nega qualquer “apriori”, qualquer explicação anterior. Ou seja, diríamos, é um corrente que nasce para negar a doutrina cristã, e construir uma nova interpretação dos “ fenômenos” psíquicos, para em seguida, como principio de funcionamento negar suas próprias conclusões, pois o proposto pelo empirismo já é corpo de doutrina, já é algum tipo de doutrina. Essa corrente vista assim, morre em seu próprio conceito e fundamento. Veja que o homem primitivo era sobremodo empírico, e o passar dos milênios, produziu um “constructo” pela experiência e delineou uma doutrina, uma visão cósmica, uma explicação, um” tesouro de conceitos” que nos permite a comunicação. Já o Empireocriticismo, é doutrina da Filosofia Moderna encabeçada por Avenários, e seguidores, que faz a critica da ciência, sobremodo do próprio empirismo.
Em 1690, John Lock, publica seu “Ensaio sobre o Entendimento Humano”: vejam que os que atacam a Moral Cristã como valores antigos, se valem de conceitos antigos que se fundamentam em teorias filosóficas ainda mais antigas que a Igreja. O livro de John Lock não deve ser visto como um livro sobre psicologia, mas um ensaio sobre a natureza e limitações do conhecimento humano. Diz o cronista que o texto deixa transparecer de Lock o interesse pela biologia e medicina, como não poderia deixar de ser, pelas ciências naturais. A dor, e o sofrimento, estão quase sempre nas origens das explicações sobre a vida e a mente, mas sobre tudo, elas parecem querer subtrair, sempre, as dores morais do homem. O mérito de John Lock é usar um método psicogênico, ou seja, na medida em que, como Piaget, procura reconstruir as varias etapas do desenvolvimento do intelecto desde o nascimento ate a plenitude do seu desenvolvimento, faz uma psicogênese, sendo esse o único teor psicológico de seu livro filosófico.Apoiado sobre o pensamento de Bacon, contrapondo-se ao inatismo cartesiano, ou seja, que existem idéias inatas, John Lock afirmará, que anterior a existência não há conhecimento, o que nos parece redundante e ingênuo, ou seja, antes da existência do homem, não há o conhecimento de Deus, antes da existência da criança não há o conhecimento de seus pais, nem há em suas sementes um “Conhecimento, e sabedoria genética” transmissível de modo a formar um ser humano, e não um macaco. John Lock empresta de Aristóteles seu principio, e o deforma, num contexto de combate a religião: nihil est in intelectun, quod nom prius in senso. Inicialmente a alma é uma “tabula rasa”, vazia de todo conteúdo. Para Lock a fonte onde se originam todas as idéias, é única e exclusivamente a experiência. Como John estabelece como principio de qualquer sistema investigativo que nós só conhecemos o que passa, ou são transmitidos pelos sentidos, os "materialistas" imediatamente prõem que só se percebe os fenômenos materiais, logo tudo o que se pensa é matéria. Por outro lado o Bispo Anglicano George Berkeley, faz a proposição invertida, ou seja, que só percebemos pelos sentidos idéias, imagens, logo, o que se chama matéria é ilusão dos sentidos. Diz o bispo: “quais os critérios usados por Lock para distinguir entre qualidades primarias e secundarias e conferir realidade objetiva as primárias?” Na impossibilidade real de distingui-las Berkeley afirma que todas são secundarias, isto é, são subjetivas. Se todas são subjetivas, o mundo material fica reduzido a uma simples representação, reduzido a um conteúdo de consciência. Ora Berkeley passa a admitir que só seja objeto de conhecimento a subjetividade das idéias, ou afecções da sensibilidade (estamos num passado longínquo, no meio de uma discussão religiosa, não mais que isso). Surgem então duas leis, a da causalidade e do associacionismo. É desse modo que se formam todas as nossas idéias, tanto as referentes aos fenômenos da natureza, como aos “noumenos” do espírito, nos dirá David Hume. Hume contesta a lei da causalidade, da interdependência das coisas (o fogo que queima em sim mesmo, o egoísmo do homem). Ora, Hume vai formular o seguinte quesito, bastante contraditório: "o universo em que estamos é sempre o universo de nossa imaginação, não temos nenhuma idéia que seja produzida fora dele”. Hume nega a matéria e o Eu, não há diz ele, nenhuma substância corpórea, e não há nenhuma substância espiritual. Para Hume não há conhecimento de nenhuma coisa em si. O que se passa fora de nós, como o que se passa dentro de nós é simplesmente uma sucessão de vivências ( tudo isso me parece uma grande tolice, uma manifestação do império do orgulho, da ousadia humana, uma negação de todo valor). Como você vê, a questão principal era apenas a negação de realidades morais, nada mais, e ninguém diz isso. Enquanto se discutia a “amoralidade” da seqüência de vivencias humanas, David Hartley, tanta integrar a anatomia e fisiologia ( imagens da realidade) com o elementarísmo associacionista. Sem surpresa leremos dele que: “ Meu principal objetivo é explicar e estabelecer e aplicar as “doutrinas” das vibrações ( de Issac Newton”) e da associação (de Hume).(.....)e do que Lock e outros a partir dele, disseram a respeito da influência da associação sobre nossas opiniões e afetos ( valor) e sobre seu emprego para explicar tais coisas de maneira exata e precisa; fatos que se atribuem comumente ao poder geral e indeterminado do habito e do costume” ( Hartley, “Observações sobre o Homem “) Assim o paralelismo entre fisiologia e os processos mentais objetivo principal de Hartley, teve origem na negação da Moral.




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dimanche 21 décembre 2008

Somos aéreos?

Somos todos seres aéreos.
Não isso não quer dizer que todos voamos, quer dizer que todos respiramos. Aquela idéia de um aquário, onde os peixes nadam, áqua-aspíram, comem e fazem suas necessidades, é exatamente o que nós homens fazemos, só que no ar. Como nós os homens modernos aprendemos que valor é algo comercializável, e o ar é bem fora do comércio, como conseqüência achamos que o ar não tem valor. Aliás, ele, o ar é invisível, o que lhe dá papel secundário nas "cenas" da consciência num mundo orientado pela visão.
Os antigos porém não pensavam assim. Tinham a consciência de que podemos ficar semanas sem comer, dias sem beber, e minutos sem respirar. Isso dava ao ar uma importância mais aproximada do seu valor real para a manutenção da vida.
Eu era ainda criança, quando minha tia nariguda, minha querida “Tia Luiza” mostrava as gravuras, desenhos e fotos daquele fenômeno ocorrido em Pompéia, quando o Vesúvio entrou em erupção. Eu ficava impressionado, porque minha tia sabia contar fatos, e dava vida e movimento àquelas fotos e desenhos. Pense você que ao serem escavados os escombros de Pompéia, cidade italiana soterrada pela fuligem do vulcão Vesúvio, encontrava-se carbonizados algo de incomum, que para mim ainda consiste em um mistério insolúvel. Um soldado Romano em pé. Ora o mínimo a se esperar era que tivesse caído antes de morrer, ou não? Cães enrolados em volta do fogão, e ate um casal fazendo amor. Como seria isso possível, que velocidade esses entulhos, gases e calor tomaram os ambientes, para que um soldado morresse em pé? Um cachorro sempre tão esperto morresse dormindo ao lado do fogão, e um casal fosse tornado carvão em plena fornicação? É quase inacreditável, mas as fotos estão lá na edição do Tesouro da Juventude, edição de 1920.
Essa noite tive um estranho sonho. Escrevo esse texto às três horas da madrugada. Não contarei os detalhes do sonho, mas o essencial. Sonhei que uma grande nuvem negra aproximava-se de minha cidade, tão rapidamente, que as pessoas não conseguiriam se reunir, e encontrar os seus entes queridos. Algo acontecia no mundo como se todos os vulcões entrassem em erupção ao mesmo tempo, envenenando o ar, sem “piedade”, e, portanto, as pessoas morreriam sem abrigo possível em questão de minutos. A cena foi impressionante, desesperante. Algo muitas vezes mais aterrador do que um dilúvio universal. Não havia terremoto, nem chuvas, nem algo que exigisse grande energia destruidora, havia apenas o adensamento do ar venenoso e mortal.
Recentemente no Sul do Brasil, no estado de Santa Catarina, uma inesperada chuva, inundou tudo, de tal modo que dezenas de milhares de pessoas ficaram desabrigadas. A água potável das torneiras se contaminou, e as pessoas passavam sede, num ambiente totalmente alagado, contradição, porém a mais pura realidade. Uma lição terrível, que faz o povo pensar na sua pequenez, na sua miséria como ser humano dependente e limitado. Não quero fazer moral, mas isso deve ter feito os catarinenses e nós brasileiros pensar em Deus. Se não agora, mas naquela hora em que as montanhas derretiam, a lama descia com as águas afundando carros e cobrindo casas certamente as pessoas invocaram Deus. Recuperada a paz dos elementos, e os homens já começam a arquitetar novos pecados, já se preparam para uma nova festa da promiscuidade, uma “Oktuber Fest”, por exemplo, para ofender, nas bacanais, e nas drogas, as mais banais leis da convivência e do respeito à dignidade de filhos adotivos de Deus. Mas isso não importa diremos todos nós que exercitamos todos os dias novas formas de nos livrarmos da moral, dos "Mandamentos" de um Deus, que todos afirmam não existir. Os tolos pensam que mesmo crendo em Deus, Jesus já pagou pelos pecados que foram cometidos, e também pelos que serão cometidos, e saem cantado a felicidade e a liberdade de pecar livremente, pois estão libertos pela fé e justificados, ora, mas sem as obras da moralidade, de nada valeu a redenção, e essas pessoas não vem, como não vêem o ar que respiram, o quanto sobrecarregam a Cruz do Senhor, quanto se humilham mutuamente descendo aos níveis morais, mais baixos do que os animais, pois aqueles não tem escolha. Os homens se fazem verdadeiro lixo, e quiçá, aos céus se rogue sem saber, que a água, venha lavar esse lixo humano. No sonho que tive a negação e o desrespeito pelo uso do ar, tão necessário para a manutenção da vida, teria, num dos efeitos de aquecimento do planeta, feito subir tanto a grande e incalculável temperatura do magma terrestre, bem no coração do planeta, que os gases e vapores do seu interior telúrico transbordaram, para o exterior, da mesma maneira que faz a válvula de pressão de uma panela de coser.
Não sou profeta, nem faço previsões, mas fiquei tão impressionado com o que vi nas imagens do meu sonho, que levantei para registrar isso. Os motivos do dia, que provocaram essa síntese catastrófica, não me cabe discutir, mas, acresço ao que digo aqui, só mais uma coincidência, antes de escrever abri a Bíblia, e o que li foi o seguinte pequeno trecho: Apocalipse 14,7 “Temei a Deus e dai-lhe glorias, porque é vinda a hora do juízo”!
Juízo pessoal? Juízo coletivo? Ou apenas uma chamada de consciência, para mim enquanto pessoa, que a Fé não se justifica sem as Obras Morais, pois a adesão à Moral é fruto e resultado da Fé. Destruir a Fé e combatê-la tem sido o grande erro dos psicólogos teóricos e práticos com conseqüências flagrantes para a sociedade. Destruir a moral é lhe antepor suas antíteses, ou seja: Odiarás a Deus, como todo o seu coração, com toda a sua inteligência, e em conseqüência lógica, odiarás o próximo, assim como ele vos tem odiado. Alguém já disse que se Deus não existe, tudo é permitido, incluindo as proibições injustas tão comuns nos dias de hoje, e as licenças também tão injustas que vivemos. Se a vida corre fora do controle, é nossa culpa.
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A Psicologia como subjetividade.

A Psicologia como um saber sobre a subjetividade.
Eu nunca li Frans Hals Descartes em texto original, nem quero ler. O pouquinho que sei sobre Descartes foi o ouvir dizer, ou seja, um rosário de judeus dizendo que outro judeu disse. Não se trata de anti-semitismo, mas da constatação que a imensa maioria dos autores sobre Psicologia é judia. Ou por vocação psicológica, ou pela facilidade de publicação, pois a Grande Mídia mundial esta nas mãos desse povo faz já muito tempo. Resta ainda outra hipótese, a construção da Imagem sábia do povo de Israel. Não serei eu a decidir qual o motivo. A verdade é que encontro grandes contradições sobre as interpretações dos textos originais de Descartes.
O texto que uso agora como Base, nos fala do “res-cogitans”. Diz-se que maravilhado pelo pensamento de Galeno, Descartes propõem uma psicofísica, embora, só por essa afirmativa já vemos que o conceito moderno de psicofísica deforma o pensamento de Descartes. “Aproveitando-se das descobertas de Harvey, sobre a circulação sanguínea, ele rejeita inicialmente o animismo predominante, e procura um modelo que explique tudo de uma maneira, diríamos “mecanicista”, sendo esse outro conceito cheio de “idéias sobre maquinas inexistentes” (nem a máquina a vapor existia) que se resumia, em síntese, em matéria e movimento. Todavia não está ausente da explicação cartesiana a idéia de espíritos animais. Se por um lado os cronistas dizem que estava suprimida a idéia de anima (alma como principio vital) ao explicar o movimento dos músculos Descartes teria dito: Todos os movimentos dos músculos assim como todos os sentidos, dependem dos nervos que são pequenos tubos cuja origem está no cérebro e por dentro dos quais circulam os espíritos animais (Descartes em “As paixões da Alma”, tradução da Editora Difusão Européia do Livro, São Paulo 1962). Os espíritos animais (espíritos para os gnósticos era quase sinônimo de ar, por exemplo, espírito do vinho) eram, portanto pequeninas partículas de sangue, muito finas que se filtram através dos poros, e que passam para as artérias e daí para os ventrículos cerebrais e daí para os nervos até os músculos. Como você vê, são os “nossos olhos” interpretando algo escrito entre 1596 e 1650. O mundo e os conceitos eram bem diferentes. Mas ao estudar os sentidos, Descartes, encontrou um pouco mais de dificuldades, e é obrigado a fazer referencia a uma alma sensitiva. A necessidade de uma relação entre uma realidade material e imaterial vai gerar a obra de Descartes titulada a “As Paixões da Alma”, donde pelo título, já se vê que o narigudo já houvera capitulado. As paixões são, portanto, estados de consciência, e, portanto irredutíveis a qualquer “res- extensa”. O centro dessa discussão é a moralidade e sua relativização, não propriamente o funcionamento do cérebro, esse era e é instrumentalizado sempre nesse sentido, são proposições facilitadoras da negação da alma humana enquanto objeto da moralidade. Passados os anos, no campo da biologia, os avanços não venceram a morte individual, nem tampouco prolongaram sensivelmente a vida. Apenas se criou mais uma ilusão para distrair o foco, da alma que ressuscita em Jesus Cristo, e disso, abstrair a moralidade como necessidade espiritual (ver São Paulo sobre a liberdade e a lei Moral). Essa era e é a alavanca das proposições cientificas e é preciso coragem para admitir isso. De passo a passo, Descartes fará da Pineal (glândula) a sede da alma, ora que importância tem se a alma mora no pé ou no nariz? A morada da alma tem sido outro desvio de foco. Com isso ele copia a Galeno que 1400 anos antes na obra que nunca li “ De Usu Partium”, já sugeria que essa glândula fosse à passagem do espírito. Mas não é isso o importante. O importante é que Descartes acaba por concluir que corpo e alma são definidos por exclusão. O corpo é substancia extensa e a alma substancia não-extensa. Apesar de serem substancia separadas, alguma das atividades da alma possuem sua origem no corpo. No entanto Descartes acaba por concluir que a alma pode funcionar sem ajuda do corpo. A atividade pertencente à alma que não faz parte do corpo (especificamente do cérebro) é o pensamento; Diz ele: “Verifiquei que o pensamento é um atributo que me pertence; só ele não pode ser separado de mim (Descartes Meditações II) A alma quando pensa; pensa idéias; idéias que não dependem de modo algum do corpo. Descartes as considerava inatas isso é que decorrem da atividade pura da alma. Descartes escreve: Ora destas idéias umas parecem ter nascido comigo, outras serem estranhas e virem de fora, e outras serem feitas e inventadas por mim mesmo” A definição da alma como “Res-cogitans” leva a Descartes a considerar teriam alma os animais? Descartes opta (forçado não?) pela definição de que os animais são maquinas biológicas e não possuem alma; poderia ter aprofundado o pensamento de Aristóteles como o fez São Tomas de Aquino, mas não o fez, e assim, na época vivida, baniu o animismo da fisiologia. A partir desse momento temos a psicologia segundo um novo objeto: a subjetividade. Assim a “psicofísica cartesiana” preocupada com as relações entre corpo e alma, preocupação que atravessará os anos ate Fechener. Com Wundt, também com a discussão da moralidade, emerge um novo objeto da psicologia o EU, subjetividade que absorverá grande parte dos empiristas ingleses.
Para a Psicologia Filosófica, ou Racional, como queira, existe o conceito de Forma. O ser vivo se apropria de formas. A tomada de posse das formas pode ser material e imaterial. A base dos seres , que conhecem, é a apropriação imaterial da forma, assim o conhecimento é a apropriação da posse imaterial da forma, todavia, com as mesmas dificuldades que encontrou Descartes solucionada pela alma “que cogita”, há uma diferença entre a posse sensitiva da forma, e a posse intelectiva da forma. A inteligência é a faculdade de possuir o Ser, Daí sua definição mais ampla: A inteligência é a faculdade do Ser. O homem é imagem e semelhança de Deus. Deus “Eu Sou ”.



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samedi 20 décembre 2008

Pelo amor de Deus.

Pelo amor de Deus.
Bonita essa expressão. Ela no seu sentido usual invoca a misericórdia. Pelo amor de Deus não faça isso, pelo amor de Deus não pense isso; pelo amor de Deus não diga isso.
Você encontrou contradição em nosso Blog, erro de ortografia, que prejudica a tradução, ou alguns conceitos inconsistente... Pelo amor de Deus! Isso é um Blog, uma espécie de diário, um rascunho, um caderno de anotações, onde podemos registrar nossas impressões cotidianas. Não é um livro didático para uso nas academias, que tenha passado pelo crivo de competentes revisores, ou por uma banca de profissionais da área que verifiquem a consistência dos conceitos. Não isso é o meu caderninho de anotações, onde eu organizo as minhas idéias, e com ela procuro dar um norte ao Grupo 23 de Outubro. Aqui há conceitos que você não seria capaz de verbalizar nos salões entre amigos, ou experimentá-los na vida profissional. Mas aqui esta o registro daquilo que você ao final ou começo de um dia, achou relevante.
Hoje por exemplo acordei pensando nos valores da humanidade. Acordei pensando nas crianças da Amazônia, que também acordaram para mais um dia, em pequeninas cidades isoladas na floresta, só atingíveis depois de uma navegação de mais de mil quilômetros em canoa. Elas não vêem TV, não usam energia elétrica, não vão à escola e não conhecem dinheiro. Falam uma mescla de línguas indígenas com o espanhol e o português, e acordam, imaginem cheias de esperança, cheias de vontades, de brincadeiras. Para elas não há baladas, nem boates, nem as atividades cheias de equipamentos comercializáveis, das nossas crianças, mas elas têm os seus valores e a sua felicidade. Pensei também nas crianças que acordaram na Somália, para mais um dia de sede e fome radical, uma espécie de jejum involuntário e expiatório, e fiquei pensando em seus valores. Pensei nas crianças que nascem nas Cordilheiras dos Andes, em cidades que jamais receberam um turista, vestem-se e pensam completamente diferentes do resto das crianças desse planeta, brincam nas rochas, à beira de precipícios de milhares de metros de altura, sem preocupação de seus pais, assim como lhamas e cabritos monteses; mas têm os seus valores, seus afazeres, suas brincadeiras e amam a vida. Brincam com o vento e o eco.
Valores e palavras. Palavras e escrita. Comunicação a distancia, e comunicação que vence o tempo, os séculos, quiçá talvez quebre ao isolamento entre os planetas. Mas as palavras, não se propagam no vácuo, e as idéias sim, na forma de luzes e cores da realidade, digamos fotografáveis, viajam o espaço sideral, e por meio de ondas eletro magnéticas captáveis ou transmissíveis. Palavras o que são? Para o poeta inglês elas nada mais são do que palavras. Para o soldado espanhol mestre das letras elas cortam mais do que as espadas, pois aquelas voltam para a bainha, e as palavras não, elas continuam cortando os espaços oníricos, e como cinzel do artista moldando os conceitos, e influenciando os homens. Para o santo ela comunica, não apenas aos homens, mas também com o Criador. Todos nós brincamos com o vento, o eco, e a modulação do vento em nosso corpo vivo: "Lembra-te, tua vida não é mais do que um sopro". Esse sopro, o mais comunitário e promíscuo dos elementos necessários para a vida, ele circula entre as narinas das multidões, nas montanhas do Peru, nas ruas de New York, nas secas pradarias da Somália, nos desertos do Saara, nas florestas desconhecidas do gigante Amazonas. Nos comunicamos pelo ar, como os peixes nadam e respiram a mesma água de um aquário. Pelo amor de Deus.
A Psicologia Racional, ou filosófica, como queira, estuda a palavra como um argumento do "noumeno" espiritual. A palavra, não só formúla conceitos universais expressos por sons concretos e inteligíveis, mas exprime emoções as mais primitivas e viscerais, ou seja, no dizer de José Ângelo Gaiarça, a palavra “tem letra e tem musica”, é uma síntese, e somadas ao gestual, à harmonia dos sons, e conceitos universais, fazem uma parte da comunicação humana, todavia isso só é possível, pela previa compreensão de um dom existente da e na alma intelectiva. Um dom invisível, que só se torna visível, perceptível, quando o homem o perde. Mas há acima disso tudo, mais alto e mais necessário do que o invisível ar que nos cerca e une, garante a vida e a comunicação por palavras: o Amor de Deus.
As crianças estejam onde estiverem tem conceitos universais: pai e mãe, vida e morte, fome, sede, dor e alegria, alto e baixo, noção de números, e noção de real e imaginário. Todavia expressam essas noções por palavras diferentes: pai, pére, padre,father, vater, pater, aba, abe... E quando as escrevem, então nem se fala. Elas também possuem palavras particulares de noções particulares, por exemplo, os esquimós têm um grande número de palavras para expressar neve, nós apenas uma, eles parecem distinguir tipos de neve, como nós distinguimos tipos de flores num jardim. Piaget estudou a existência de uma seqüência de base genética para o desenvolvimento do conhecimento da realidade. Ela, a seqüência, parece obedecer a um desenvolvimento por etapas, também no desenvolvimento da fala. Muita coisa “estranha” existe na questão da linguagem. O dom das línguas, já chamava atenção dos escritores sacros. Meu filho, por exemplo, aos dois anos, mal balbuciava o português, mas falava inglês claro ao sonhar. Falava dormindo. A musica, não é propriamente fala, mas surge em “Dons” impressionantes, seja do ponto de vista da memória musical, seja da harmonia e ritmo, seja na criação espontânea de melodias. É obvio que existe um papel social na construção da fala (Vendryes, Le Langage; Paris 1950), mas eu te pergunto só como suposição, que linguagem usava o arcanjo Gabriel? A linguagem é a principal característica do ser humano. De modo geral, a criança com poucos anos de idade, coloca as impressões percebida pelos sentidos, em contraposição aos modelos herdados, impressões que também os animais irracionais colhem segundo seus modelos herdados, todavia, lhes falta razão.



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jeudi 18 décembre 2008

Para você curtir, e meditar ( IV).

Para você curtir e meditar (IV).
Uma fronteira radical na história da Psicologia.
Como vimos no texto 21, a ressurreição é um divisor de águas na história da psicologia, pois ela comprova uma alma imaterial, e devolve o sentido imediato da palavra psique (alma) e o sentido do estudo da alma humana imaterial e tudo que lhe é próprio, humano, transcendental e eterno.
Você já olhou o mapa da Grécia num contesto europeu. Você consegue imaginar como ela era a quatro mil anos atrás? Mais ou menos nesse período, aparecem os primeiros registros históricos de uma Filosofia Grega. Nesse período, pouco mais pouco menos, Abrão saia de UR. De lá para cá, ate chegar nesses ícones do pensamento grego, Sócrates, Platão, Epicuro (270) e Aristóteles o ultimo viveu em +ou- 380 aC, Buda, um príncipe hindu já havia morrido há duzentos anos na Índia e Maomé levaria ainda 1000 anos para nascer (380+620). Mas é com o nascimento de Cristo, sua morte e ressurreição, é que a alma sai do campo das idéias, para a realidade aterradora do existir. Nesse exato momento, começam os combates e resistências contra a sua existência absolutamente revolucionária. Porém a alma estava inventada e existia.

A televisão é uma invenção. Ela não existia, e passou a existir. O computador é uma invenção, ele não existia e passou a existir. O automóvel é uma invenção, ele não existia, mas, passou a existir. Alguns vêem nesses inventos vantagens e outros vêem desvantagens, mas o real é que eles existem. A alma como realidade concreta, também não existia, era uma idéia, um projeto, mas inventada passou a existir na ressurreição de Cristo. É um fato concreto. E a partir daí, muita coisa muda.

A verdade é que o homem ao contemplar a si mesmo, percebe que também ele não existia, e foi inventado e passou a existir. O homem vê que ele não inventou as suas narinas, nem os seus pulmões, não inventou os seus olhos, nem a posição deles no rosto, não inventou os seus pensamentos e se maravilha com eles. Tudo foi inventado, ou melhor, criado, incluindo a sua alma, por Deus, e tudo passou a existir. Há quem veja nisso vantagens, e quem veja desvantagens. Assim os homens, inspirados contra a obra de Deus, passaram a inventar antíteses para a invenção de Deus, reduzindo toda a obra anterior ao homem, incluindo ele próprio, como obra do homem, o homem como causa, e não como conseqüência. O judeu-cristianismo nos ensina, porém, que no mundo espiritual, lá onde a inteligência e vontade imperam na imaterialidade, uma criatura espiritual, invejosa da criação, e desesperada por perceber o nascimento futuro do Homem Deus de uma mulher, teria dito: Eu sou como ele, eu sou como o Criador, já não sou criatura, dependente, contida, mas sou criador de mim mesmo; terei o meu próprio filho, e filho de mulher, coitado, o anjo enlouqueceu, e de conseqüência quis ser causa. Há quem o siga nesse mundo (negando a Deus, pois se o homem é o criador de si mesmo, com a morte do Homem, morre o criador do Homem) para uma luta inglória, e um fim terrível. Mas Deus pode tirar tudo novamente do Nada.
Assim lemos: “ A Religião é típica, é matriz, é protótipo da inteligência humana. Mesmo os que se dizem ateus, cultivam o Absoluto sob formas leigas ou secularizadas; é o caso do comunismo, ao qual o judeu Carl Marx deu a estrutura de um messianismo sem Deus (Mendelson); o proletariado sacrificado muna luta de classes seria o Messias, que, morrendo prepararia o surto de um homem novo, morigerado e pacífico. As categorias religiosas do Judaísmo ( anti Cristo) foram transpostas por Kalr Marx para o plano da Sociologia e da política; sobreviveram, porém, no esquema de pensamento marxista- O marxismo cultua religiosamente certos valores meramente humanos ou profanos, este esquema caricatural ( destinado claramente a desmentir a Cristo) já não satisfaz aos cidadãos que se agastam de suas pantomimas para procurara a verdadeira fé e autênticas expressões religiosas.

O senso religioso inato no homem vem de novo à tona apesar das tentativas de erradicação a que o marxismo o submeteu. Esse fenômeno, muito bem evidencia o quanto o senso religioso é inato e característico no homem”.

Invenção de Deus, ou do homem, (imagem e semelhança de Deus), a alma existe. E se existe é porque Deus quis que existisse, e desse querer consciente pode-se tirar muitas conseqüências para a Psicologia, e sobremodo para a permanência da Vida, e da vida intelectiva. A criatura contida, a alma contida, o homem contido na obra de Deus. Não: não caia na tentação de contra argumentar a origem da alma humana, ela é o claro instrumento pelo qual o Deus Criador quis utilizar-se para revelar-se aos homens, e, vejam que espetáculo, no Deus Homem, filho Único de Deus, Deus quis fazer de suas palavras carne, tornando os ensinamentos de Cristo, Palavra de Deus encarnada, palavras objetivas, concretas, incisivas, cabais. A origem imaterial do homem se fez Carne e habitou entre nós. O que Ele tem a dizer?

Lazaro já fedia, dissolvia-se. A morte é a dissolução do ser vivo. Um ser pode dissolver-se de dois modos: por si mesmo ou em razão de outrem. No primeiro caso dissolve-se por si mesmo, diretamente, no segundo caso em virtude da dependência de outrem que se dissolve, ora a alma não pode dissolver-se por si mesma porque não é composta de partes, mas é simples, como todo o espírito é simples ou isento de composição. A quantidade e a extensão são propriedades dos corpos; um espírito não consta de partes justapostas.

A alma humana não pode dissolver-se em razão de sua dependência de outrem, ou no caso, do corpo, porque ela não depende do corpo para existir; sendo espírito é diretamente criada por Deus e pode subsistir sem o corpo, embora exista para se unir a matéria e constituir com essa um todo substancial que é o composto humano saudável.

Que é Saúde espiritual?


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mercredi 17 décembre 2008

Natal, para você curtir e meditar ( III).

Para você curtir e meditar (III).
A Ressurreição.
Os dois últimos textos do Blog estiveram orientados pelo espírito de Natal. Boa parte do planeta, e dos povos, estará festejando, com fé, o Natal. Não é possível, que nós, não nos perguntemos o que é o Natal, quem foi Jesus Cristo, o que significa isso tudo. Porque nós dizemos: antes de Cristo, e depois de Cristo... Qual o motivo, ou tudo isso é loucura?
Recentemente li em uma revista popular que os astrônomos localizaram (não sei se é verdade) um cometa que passou pela terra cerca de dois mil anos atrás e que voltará a passar daqui a três milênios. Nós lemos e aceitamos, porque estamos habituados a pensar nos movimentos circulares dos astros, e na sua repetição cíclica, e sem argüições aceitamos os fatos. Ninguém que esteja vivo hoje pode testemunhar essa passagem, nem ninguém hoje vivo afora Cristo, estará apto a testemunhar sua passagem daqui a três milênios. Isso por si só não desmente o fato. Acreditamos.
Se você pensar em dois mil anos atrás, sem nada que funcionasse com eletricidade, sem os avanços da matemática, sem as noções geofísicas, geopolíticas e cósmicas que temos hoje, sem os conhecimentos filosóficos de hoje, nem os controles médicos que acreditamos possuir sobre a vida, é algo para lá de surpreendente falar em ressurreição. Todavia São Paulo nos alerta de que se não cremos na ressurreição é vã a nossa fé. Isso faz da ressurreição um ponto central da fé, e nos faz pensar em algo mais em relação à pessoa de Jesus Cristo, que estaremos comemorando no Natal.
Se for uma invenção, vejam que assim, essa invenção se torna a maior e mais racional proposição filosófica jamais proposta aos homens, o que faz dessa “invenção” o maior avanço da ciência psicológica em todos os tempos. Mais fácil, menos exigente, da criatividade e do conhecimento de homens tão simples, seria aceitar que a ressurreição é um fato, não uma invenção. Narrada quatro vezes na Sagrada Escritura. 1, Lázaro; 2, o filho da Viúva de Nain; 3, a menina (“Tálita Cumin”- levanta-te); 4, o próprio Cristo. Embora ninguém vivo tenha testemunhado aquelas quatro ressurreições, nem a promessa da volta de Cristo possam ser testemunhadas, quiçá, por nós, como no caso do cometa, isso não desmente o fato. Cremos, simplesmente acreditamos. Mas é a Sagrada Escritura que vai nos chamar a atenção, que mais importante para a nossa salvação é a crença na ressurreição do que a crença no nascimento de Cristo, no Natal que iremos comemorar num ato coletivo quase universal, posto que se não crermos na ressurreição é vã a nossa fé. Por que se diz isso?
O Catecismo Romano ao se referir à ressurreição, é direto. A morte é a separação do corpo da alma. A ressurreição da carne quer dizer que assim como Cristo ressuscitou, nós também ressuscitaremos. As almas voltarão a unirem-se aos nossos corpos para nunca mais morrermos. E diz mais, Jesus ressuscitou unindo de novo a Sua alma e saindo vivo e glorioso do sepulcro. Interessante, eles falam em glorioso, corpo glorioso, não é interessante? Todavia as Sagradas escrituras nos dirão que esse corpo glorioso, falava, andava e comia. Tertuliano nos dirá: “A confiança dos cristãos é a ressurreição dos mortos, crendo nela somos cristãos”. Ora e se somos cristãos festejando o Natal, devemos nos perguntar se cremos na ressurreição, que é a maior comprovação de uma alma individual, imaterial, e personalizada.
Todavia a alma não é o monismo (união inseparável) de Descartes, posto que Jesus Cristo, o homem que experimentou a morte, o sepulcro, e a retomada da vida nos diz: Não temais os que matam o corpo, mas não podem matar a alma. Temeis antes, aquele que pode destruir a alma e o corpo na Geena”. ( Mt. 10,28). Quiçá fazendo crer que ela não existe, ou que é mortal, ou que é inseparável da matéria ( monismo panteísta). A fé ensina que os homens justos ( justificados pela Fé) são chamados a ver Deus “face-a-face” no além, como podemos ler em: 1Cor 13, 12; 1Jo, 3, 1-3. A alma se separa do corpo e sobrevive sem matéria. Ela não cairá em um torpor inconsciente, mas levará vida altamente cognitiva, e esse conhecimento de si mesma e vida cognitiva que leva, é imortal. Em 1 Cor 2,7 leremos que Deus reservou aos seus fieis ( os que crêem nisso) “o que os olhos não viram, o ouvido não ouviu, e o coração do homem jamais percebeu”.
Acredita-se que assim como existe uma matriz racional, lógica, que propicia a compreensão dos números e seus conceitos, existe uma matriz genética que ordena as células num ser humano padrão, também existe uma matriz religiosa, como função do reconhecimento lógico do perceber-se como criatura, e não como criador. A religião e a morte parecem formar uma matriz única. Assim se diz: “Ora a Religião, voltada para os valores transcendentais, é certamente uma característica do espírito, ela é tão antiga quanto o homem e lhe é inerente, pois se manifesta desde a pré-história ate hoje, e nunca foi cultivada pelo animal irracional, ou seja, é lógica a religião. A existência no homem de um sentimento religioso e de expressão correspondente abre um hiato entre o ser humano e o macaco, seu mais aproximado homizio, hiato que não foi superado, nem será superado dada a natureza da alma intelectiva. Nem há possibilidade de superação, visto que a religião supõe, no ser humano, a realidade do espírito, ou da alma espiritual, ao passo que o principio vital dos irracionais é meramente material. É a alma espiritual, ou não material, que faculta ao homem ter expressões de si que transcendem os dados concretos, materiais, a que está confinado o ser irracional. A religião é inspirada por Deus, e pela necessidade que o homem experimenta, de dar sentido à sua vida". Nos diz: Santo Agostinho em Confissões: Senhor Tu nos fizeste para Ti, e inquieto é o nosso coração enquanto não repousa em Ti”.


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Print Screen do Blog, período 16 de Novembro, 16 de Dezembro.










Compare com o primeiro Print Screen disponibilizado em Novembro.


Nosso Blog recebeu no período, 609 visitas vindas de 52 cidades e oito países. Se você quer ver melhor, ponha o cursor sobre a imagem, se aparecer a mãozinha, clique, a imagem crescerá. Muito obrigado pelas visitas, e um Feliz Natal.
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Para curtir e meditar II.

Para você curtir e meditar (II).
Passará o céu e a terra, mas minhas palavras não hão de passar. (Lucas 21,33)
Quando eu medito sobre o episódio de Jesus Cristo inocente, caminhando silencioso para a morte, e morte de cruz, penso em todos os inocentes de todos os tempos, que são massacrados em silêncio, e isso por vezes me revolta. Todavia, quando medito sobre os ataques freqüentes contra a Igreja, e a vejo caminhar silenciosa através dos séculos realizando seu trabalho de levar nas costas, dando conforto a massas humanas incontáveis, e vê-la, debaixo da chibata de línguas invejosas e caluniosas, também me revolto. Mas Deus não nos destinou para a Ira (1T. 5,9)
Ao escolher alguns livros, para dar continuidade, aos textos da Psicologia do Cabo ao Rabo, tenho me deparado, testemunhado tantos ataques vazios à Igreja, que chego a me escandalizar. Por exemplo: Uma tentativa de ridicularizar o bispo Nemésio, um os Padres da Igreja nascente, porque localizaram a imaginação no terço anterior do cérebro, no terço médio a Razão, e no posterior a memória, ( O que em absoluto não esta errado) embora eles chegassem a essas conclusões pelo simples raciocínio, sem maiores experimentações, aproveita-se para chamá-los de charlatões simplistas, e em seguida recitam aquele conhecido rosário de calunias da “culpa” que teria atrasado as pesquisas anatômicas durante a Idade Média. Ora senhores, quando Nemésio, bispo de Emeso, fez essa afirmativa ( sc.IV)....
O que se pensava sobre a mente?
Nunca dizem, que ao tempo, não havia explicações melhores. Nunca dizem que a Igreja, na Idade Média, não dominava o planeta, nem mesmo a Europa, e que, portanto, nada impedia que avanços surgissem nas ciências da China, da Índia, do Mundo Árabe e Judeu, da África, e mesmo na então desconhecida América. A igreja importava-se sim, no seu espaço restrito de atuação, com o comportamento daqueles povos. Na Inglaterra a magia, em alguns lugares esparsos o sacrifício humano, as adivinhações, e a perversão do comportamento. Nada se fez, não por culpa da Igreja, pois nenhum avanço significativo foi registrado em territórios onde a Igreja não estava presente. Além disso, omite-se sempre, os grandes avanços da ciência provocados por clérigos em todos os tempos, como Copérnico, ou Mendel na genética, só para citar exemplos. A igreja não atrasou nada. Guardou nas suas bibliotecas o pensamento clássico num mundo de analfabetos, traduziu e guardou livros árabes, hebreus, persas, hindus, traduzidos com capricho pelos monges copistas. Nada disso se diz, nada disso se lembra, só se lembram de uma inquisição, de jurisdição territorial estreita. Mesclada aos interesses do poder civil exercido por maçons, judeus, árabes, e como não podia deixar de ser por católicos, que pouco têm de profundo, com a Igreja Corpo Místico de Cristo. Atrocidades brutais, mesmo em nossos dias, são omitidas, não discutidas. Alguém sabe que existem cerca de uma centena de bispos católicos presos na China, condenados a prisão perpetua pelo crime de serem católicos? Isso não importa. Alguém se lembra, dos avanços na história da filosofia com a Escolástica Medieval? Alguém lembra que durante a Idade Média a Igreja fundou as mais celebres Universidades conhecidas, e que essa instituição, a Universidade, é uma criação da Igreja.
Mas não estamos nesse Blog para fazer uma defesa da Igreja, e sim para escrevermos sobre a Psicologia numa crítica cristã. Assim Nemésio, bispo surge na história da psicologia, como um antecipando à frenologia, ou uma pré-ciência da função cerebral. Estávamos por volta dos séculos IV e V depois de Cristo, e nada havia de melhor então. No “Renascimento”, se assim vocês insistem em chamar, Leonardo da Vince, registra desenhos de anatomia muito precisos, seguem-lhe Vesálio, Varólio, Fresnel, que vão registrando cada vez mais elaboradas descrições anatômicas, embora o significado funcional do cerebro continuasse impreciso. Descartes ( de frans Hals), que acreditava na alma, enquanto principio vital, e, portanto para ele corpo era uma máquina orgânica animada pelo principio vital, todavia, para Descartes não se confundia a alma animal com a alma humana, pois para ele, a alma era una, imaterial e imortal. Para ele a alma juntava-se ao corpo na glândula Pineal, e sua análise sobre o movimento deu a base para o que hoje se chama arco reflexo. No seio da Igreja, surge no século XVII o inglês Willis que descobrirá os corpos estriados, onde localiza a união da alma com o corpo, ora, em termos de avanço histológico ele marcou um ponto, porém retrocede diante do pensamento de Galeno e Nemésio, quanto à unidade substancial da alma. Também no século XVII, outro clérigo Gassendi reabilita os atomistas gregos, fazendo experimentos com animais procura estabelecer um vínculo da alma animal com a humana. Isso criará uma discussão estéril, sobre se o homem se animalizava, ou se o animal se humanizava. O aluno de Psicologia deve indagar-se que forças políticas atuavam nesse momento da história (reduzida a Europa) e como outros “cientistas” do mundo não europeu pensavam o assunto. A discussão européia era a “Alma do Animal”, ou tudo tinha alma, ou nada tinha alma, e o homem era uma “maquina-biológica” amoral. Nada disso responde as questões fundamentais do sentido e função da vida humana. Todavia, em cima desses conceitos, podia-se atacar a moralidade dos atos humanos, o que significa revolução de valores e do poder. Nesse período a negação de Deus, e, portanto da Igreja, era o objetivo das seitas. Assim outro religioso seria instrumentalizado: Guillhaume Lamy, aluno de Gassendi, tentará dizer que se podia falar em espíritos animais, e alma humana, indiferentemente, porque em essência eram uma e só mesma coisa. La Mattrie ( no Colégio de França) , procura fechar o quadro “materialista” tentando derrubar a tese da imaterialidade da alma humana.
Nesse sentido, e em conclusão, para fazer pensar nós citamos esse texto de São Paulo em Tessalonicenses 5, 23: Que o mesmo Deus da paz vos santifique totalmente Que todo o vosso ser, espírito, alma e corpo sejam conservados irrepreensíveis para a vinda de NOSSO Senhor Jesus Cristo.
Como você vê São Paulo falou em espírito, alma e corpo no primeiro século da era cristã.

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mardi 16 décembre 2008

Para você curtir, e meditar.

Para você curtir.
A história médica, isso é, a história enquanto registro escrito e a medicina enquanto ações de cura estiveram sempre ligadas à magia. Uma tentativa de compilação dos passos históricos da medicina, ainda que superficial, nos leva a poder propor essa hipótese como certeza. Ainda hoje, nos propomos e nos comportamos diante da ciência como magia, ou seja, um poder desconhecido, nas mãos dos magos, doutos e cientistas, que realizam milagres. O mesmo ocorre com a Psicologia. Cada vez mais, os psicólogos vão buscar no “oculto” as suas teorias, suas técnicas e teses. Veja você: a mínima mudança.
Curandeiros: Na mais longínqua antiguidade, onde os homens viviam muito pouco, e as lutas com animais ferozes e mesmo entre os homens, eram violentas, mutiladoras e mortais, os homens tinham um contacto muito maior com a anatomia desnuda, do que temos hoje. Viam-se corpos humanos destroçados às centenas, houve mesmo povos que comiam gente, e ate os que as sacrificavam em rituais minuciosos. Tinham, portanto, uma matéria de contemplação anatômica muito maior e melhor do que têm os homens modernos no seu dia a dia. Possível éra que lhes faltassem o questionamento, porque é assim, porque é assado? Os conhecimentos sobre a vida e a morte sempre deram poder, prestígio, e status.
Comia-se e respirava-se, e ouvia-se vigor do berro, o dom, a habilidade do animal ou planta, transferia-se nesse ato a vida, a saúde, o poder transmitido pela comida, bebida, ar, grunhido ou imagem do que fora comido, bebido e respirado. Buscava-se o efeito produzido por tudo aquilo que o homem assimilava. Do efeito para o símbolo, um pulo, do símbolo sonoro e mimético para a escrita, outro pulo.
A história é recente, todavia seus registros é o que temos de mais seguro em termos de analise e interpretação da antiguidade. Na Mesopotâmia, no Egito, e na Grécia a cura era ato de magia. Na Índia, China e África se diga o mesmo. Na desconhecida América, o mesmo se praticava. Mas a magia não se destinava apenas a seduzir os homens, destinava-se também a seduzir os deuses. Acalmar as doenças, os espíritos, as divindades, ou por outro lado exigir delas algo de maravilhoso. Esse jogo não terminou com a “Ciência”, nem terminará jamais.
As explicações são técnicas de orientação adequadas aos tempos vividos, todavia o norte é o papel da vida individual e coletiva num espaço e tempo cósmicos, e a identidade consciente do ser humano com Deus. Se Homero achava que a vida morava no coração (âmago do Homem) e que ali estava a fonte da vida, não estava propriamente errado, nem Lucrecio estava errado a afirmar que no coração moravam as emoções, o pavor e o medo, a alegria e a paixão. Os precursores de Sócrates já começam a perceber certa ambigüidade entre corpo e espírito. A dança dos elementos, explicava tudo. Posteriormente com Leucipo e Demócrito, tudo se explicava pelas partículas indivisíveis chegando a Parmênides onde o pensamento e o ser eram uma única e mesma coisa (bem moderno não acham? Hoje para o judeu-cristianismo o pensamento, enquanto vida intelectiva é imagem e semelhança do Ser). Com Demócrito os registros escritos determinam funções da alma em diversas regiões do corpo, e o pensamento, formado por átomos psíquicos, localizavam-se no cérebro. Hipocrates vai introduzir nos registros antigos a noção que distingue doenças neurológicas das doenças mentais (insipiente inicio da diferença entre doença dos símbolos versus neurofisiologia). Platão divide a alma (vida humana em três partes: Intelectual, irascível e concupiscível. Aristóteles haverá de produzir registros da redescoberta do marca passo do coração, como um metrônomo da vida, a dar o tempo e o compasso das emoções. Descobre a importância do cérebro em comparação as diversas espécies, a aprofunda o estudo da alma “A alma só pensa com imagens”. Herófilo e Erasistrato (cujos textos jamais foram lidos por alguém) “produzem” registros sobre as circunvoluções cerebrais e produzem hipóteses sobre a sua importância, registram a diferença de nervos motores e sensitivos. Galeno, vê nos ventrículos (vazios) do cérebro mais importância do que a matéria cerebral. Todavia registra um novo número de importantes informações, que os “magos” e “gênios” de outros tempos se utilizarão para seduzir as multidões (a morte individual, todavia, impera).
Nada eclipsa a diferença radical dos homens para com os animais, nada eclipsa a discussão do papel da alma intelectiva no homem. Jacarés, grilos, hipopótamos (vegetarianos) e dinossauros comiam uns aos outros sem fazer a pergunta, quem somos? De onde viemos, para onde vamos, para que vivemos?Eles nunca perguntaram se Deus existe ou não?
Quando o homem chega à altura máxima da pirâmide “evolutiva” do mundo conhecido, ele sente-se inseguro no ápice da pirâmide, e olhando para o espaço cósmico, é obrigado a reconhecer a sua pequenez, e perguntar a si mesmo sobre Deus e seu querer. Quando não o faz, negando a Deus, olha para baixo, e deseja, fundir-se aos dons, vigores, habilidades e poderes dos seres inferiores, quem sabe assim, torne-se ele o próprio Deus, e imaginam, tartarugas ninja, homens aranha, homens mosca, homens morcego, homens falcão, e super homens, numa trans- gênese que realiza o homem criador não da vida, mas de tipos de seres vivos, patenteados, comerciais, e serviçais para iludir e seduzir as multidões. São os magos do futuro. Nada nega a necessidade de responder: Há Deus? O que ele quer? Que papel temos, nós, enquanto criaturas intelectivas? Outros, não querendo admitir a necessidade de responder essas questões tão fundamentais para a vida humana, imaginam seres, meio insetos, meio monstros, ou com aspecto de embriões humanos a descer do espaço, esses sim, comprovariam o nosso parentesco com os animais (mas ninguém negou isso, mas, ninguém negou nosso parentesco com o barro, a terra, a matéria inerte) Seres que evoluíram, e nos ensinaram no passado, ou nos ensinarão no futuro, mas que repetem a mesma história de “Evolução do Pensamento e Conhecimento”, o limite da morte individual e coletiva. Hipnotizados, nós não queremos olhar para a dura realidade da existência de Deus revelando-se aos homens.

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vendredi 12 décembre 2008

A Lei inscrita no Coração (âmago) dos homens.

Em busca de um norte.

Quando nos perdemos o ideal é termos alguma técnica de orientação que nos determine o norte. Não interessa qual seja a técnica, interessa mais a precisa localização do norte, é isso que nos orienta no espaço telúrico. No espaço sideral a coisa é diferente.
No caso do nosso interesse especifico, temos como norte a existência de Deus e da Alma, as técnicas usadas são apenas instrumentos para retomarmos o norte, a orientação, posto assim nosso interesse é determinar o papel da alma humana diante de Deus, sua saúde diante da finalidade do Fim Ultimo da vida humana, seus desvios, e as respectivas técnicas terapêuticas. Terapia é palavra que deriva do Grego, no sentido de deformações, por isso psicoterapia é correção de deformações psíquicas. No sentido originário de psicoterapia, nos estudamos os desvios de valor, que fazem do individuo um psicopata, um psicótico, um neurótico, um desajustado de si para consigo, de si para com os outros. No sentido cristão ocorre o estudo dos desvios do individuo em relação a Deus. Como já vimos, a vida sendo automação significa sempre que é interioridade, isto é, movimento de dentro para fora. Quanto mais a vida é perfeita, tanto mais é interior. O ser humano tem sobre os outros seres vivos uma interioridade muito mais profunda e complexa, intima decorrentes de sua intelectualidade (in= interno+ tele=comunicação a distância) Seja, comunicação e coerência intra-psíquica. A vida humana é, no mundo visível, a mais perfeita; por isso há de ser a mais interiorizada e a mais rica em reações próprias.
Princípio Vital o Norte.
O que é o principio vital? Ainda que pareça teimosia o piloto em pleno vôo esta freqüentemente procurando e checando o norte, segurança para sua navegação e garantia de destino. Do mesmo modo a existência da alma humana como criatura de Deus, é o nosso Norte, que deve a cada momento ser checado, de modo que não nos afastemos de nosso objetivo.
O Principio Vital é substancial, no sentido aristotélico, e não por uma determinação acidental, portanto substancial que faz dos viventes seres vivos. Esse princípio substancial é chamado principio vital ou anima (em latim) ou alma em português. A existência desse princípio vital se depreende das seguintes proposições:
1) O vivente animal esta profundamente imerso no mundo material: constitui-se de água (60%), substancias orgânica (35, 6%) substancias mineral (4,4 %). Somam-se mais quatro corpos simples oxigênio, carbono, hidrogênio e nitrogênio que constituem 95% da matéria viva e oito elementos que formam os 4,99 restantes: cálcio, enxofre, fósforo, sódio, potássio, cloro, magnésio e ferro. Fosse a vida acidental, misturaríamos essas proporções, mais 0,01 e teríamos a vida, mas isso não acontece.
2) O que nos leva a inferir, porém, que o vivente emerge acima do mundo meramente químico para algo s que se chama e se manifesta na sua forma substancial, ou o seu principio vital (anima) que dá a animação ordenada, ou faz do ser animado um vivente. Assim todos os elementos estão em continuo fluxo no organismo vivo. O metabolismo faz com que sejam assimilados e eliminados constantemente, de tal modo que alguém já ousou afirmar que materialmente o homem que morre não é o mesmo que nasceu. Periodicamente, o ser humano numa media de sete em sete anos disse aquele autor, o homem vivente não é materialmente mais o mesmo. Todavia, diz Estevão Bettencourt, que o que assegura a unidade e a continuidade do vivente, cuja matéria esta em constante troca, é o seu principio vital, integrador, a Anima. A alma. Esta dá vida e conserva a organização dos elementos materiais.
3) Nos já vimos anteriormente os três tipos fundamentais de principio vital.
Vida Vegetativa; Vida Sensitiva e Vida Intelectiva.

O terceiro tipo, além de ter as propriedades vegetativas e sensitivas, é dotado de conhecimento das essências, das noções universais, abstratas. Paralelamente chegamos às noções de Justiça, Amor, Bondade e Homem, em seqüência.
Por conseguinte distinguem-se os princípios vitais vegetativo, do sensitivo, e do intelectivo, o que nos permite perceber uma alma vegetativa, uma alma sensitiva e uma alma intelectiva. A alma vegetativa e a sensitiva são materiais, pois as funções que elas preenchem e realizam no corpo não ultrapassam os limites da matéria; assim ate mesmo o conhecimento sensitivo do corpo, o conhecimento do concreto do corpo (cinestesia) que se faz mediante os órgãos dos sentidos, é material.
A alma intelectiva, porém é espiritual, pois as suas funções ultrapassam os limites da matéria. Pelo conhecimento intelectual a pessoa, interiormente lê dentro (intelligit, intus legit) isso é, abstrai do concreto, do corpóreo, do material, para formar um conceito imaterial. É pelo agir (verbo) que conhecemos os ser. Onde há agir imaterial, que transcende a matéria, somos logicamente levados a concluir a existência de um principio de agir ou de um ser imaterial, que transcende a matéria ou, ainda, é espiritual.
Se existe uma matriz integradora dos elementos num ser vivo animado, haverá de haver uma matriz que integra e dá forma no ser intelectivo, donde a lógica, a inspiração, e os mecanismos do agir (os valores que inibem ou estimulam o agir propriamente e essencialmente no que lhe é humano, haverá de existir). A expressão exterior desses valores, se alterados faz o theratus (o monstro, a deformação) assim a deformação da lógica faz, produz as alterações do julgamento a despeito de sentidos perfeitos, do tempo a desordem da memória, do corpo no espaço, a deformação espacial; da Moral a desordem do ser enquanto Homem.
Todos concordam, ate o presente momento que o homem tem conhecimento de si mesmo, ou possuem a autoconsciência, o homem não somente sente dor, mas sabe que sente dor, e reconhece à lesão, esse fato aumenta a sua dor, pois o sujeito humano percebe que a sua moléstia o impede de reconhecer-se como era (identidade). Possuindo o conhecimento dos objetos e de si mesmo, o homem concebe o plano de ordenar o mundo e a si mesmo, cooperando com Deus, como sua imagem e semelhança, na Lei do Coração.

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mercredi 10 décembre 2008

Para você saber de que ciência estamos falando.

"A ciência é um conjunto de conhecimentos racionais, certos ou prováveis, obtidos metodicamente, sistematizados e verificáveis, que fazem referência a objetos de uma mesma natureza." Conhecimento racional, isto é, que tem exigências de método e está constituído por uma série de elementos básicos, tais como sistema conceitual, hipóteses, definições; diferencia-se das sensações ou imagens que se refletem em um estado de ânimo, como o conhecimento poético, e da compreensão imediata, sem que se busquem os fundamentos, como é o caso do conhecimento intuitivo Certo ou provável, já que não se pode atribuir à ciência a certeza indiscutível de todo saber que a compõe. Ao lado dos conhecimentos certos, é grande a quantidade de prováveis. Antes de tudo, toda lei indutiva é meramente provável, por mais elevada que seja sua probabilidade Obtidos metodicamente, pois não se os adquire ao acaso ou na vida cotidiana, mas mediante regras lógicas e procedimentos técnicos Sistematizados, isto é, não se trata de conhecimentos dispersos e desconexos, mas de um saber ordenado logicamente, constituindo um sistema de idéias (teoria). Verificáveis, pelo fato de que as afirmações, que não podem ser comprovadas ou que não passam pelo exame da experiência, não fazem parte do âmbito da ciência, que necessita, para incorporá-las, de afirmações comprovadas pela observação. Relativos a objetos de uma mesma natureza, ou seja, objetos pertencentes a determinada realidade, que guardam entre si certos caracteres de homogeneidade. O que impulsiona o homem em direção à ciência é a necessidade de compreender a cadeia de relações que se esconde por trás das aparências sensíveis dos objetos, fatos ou fenômenos, captadas pela percepção sensorial e analisadas de forma superficial, subjetiva e crítica pelo senso comum. O homem quer ir além dessa forma de ver a realidade imediatamente percebida e descobrir os princípios explicativos que servem de base para a compreensão da organização, classificação e ordenação da natureza em que está inserido.Através desses princípios, a realidade passa a ser percebida pelos olhos da ciência não de uma forma desordenada, esfacelada, fragmentada, como ocorre na visão subjetiva e a crítica do senso comum, mas sob o enfoque de um critério orientador, de um princípio explicativo que esclarece e proporciona a compreensão do tipo de relação que se estabelece entre os fatos, coisas e fenômenos, unificando a visão de mundo.


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mardi 9 décembre 2008

A Religião da Ciência.

A Ciência como Religião.

Grita disse uma voz, e eu respondi: “que gritarei?”
“Toda a criatura é como erva e toda a sua gloria como flor dos campos! A erva seca e a flor fenece quando o sopro do Senhor passar sobre elas”. ( Verdadeiramente o povo é idêntico a erva) ( Isaias 40, 6-7)

Eu tive na vida uma estranha vocação, assisti a morte de muitas pessoas. Vi pessoas simples entregarem suas vidas com um sorriso nos lábios na mais sincera tranqüilidade. Vi ricos e ditos sábios, cientistas desesperarem-se diante da morte.

O que vou dizer aqui não é uma provocação, tampouco um tratado sobre a ideologia da ciência, muito menos uma definição da Ciência. Isso eu deixo para autores como Ader Egg em Introdução a Metodologia Cientifica; Dinah Souza Campos em Metaciência; Evandro Agazzi em Ciência e Valores e Jean Piaget com Epistemologia Genética. Não: não é isso que farei aqui. O que quero aqui é muito simples, quero que você perceba que é preciso muito menos fé, para crer em um Deus perfeito que se revela aos homens, do que crer em uma Religião criada pelos homens falíveis, que é o caso da Ciência. Imagine você que você sai a campo, numa Avenida cheia e pergunta para as pessoas que vão passando: O que você espera da Ciência?

1) Espero da ciência a solução de todos os problemas.
2) Espero da ciência a cura das doenças (ciência taumaturga)
3) Espero da Ciência que o homem possa vencer a morte.
4) Espero da Ciência a salvação do planeta e da humanidade
5) Espero da Ciência um mundo melhor e mais justo
6) Espero da Ciência o fim da fome
7) Espero da ciência o domínio das energias
8) Espero da Ciência a longevidade
9) Espero da ciência novos valores
10) Espero da Ciência um homem e uma humanidade melhor.

Isso não é religião? Faça a mesma pergunta: O que você espera da Religião? Responda privadamente, porque nós as pessoas simples somos simples, e temos respostas simples.
Respondida essa questão da sua particular expectativa enquanto ser “religioso”, nos poderíamos dizer algo sobre a Filosofia, e a partir dela, algo sobre a Psicologia Filosófica. Alguém já disse e com muita propriedade, que a Filosofia é ciência, se entendermos como ciência o conhecimento por causas. O que são problemas? Qual a causa dos problemas? A Ciência causa problemas? Problemas são apenas perguntas a exigir respostas? Ou problemas são obstáculos reais no fluxo da vida? O que é a Vida? Qual a causa da Vida? O que é a Saúde? Qual a causa da Saúde? O que é a Morte? Qual a causa da Morte? O que é salvação? Qual a causa da salvação? O que é a salvação do planeta? O que é a salvação da humanidade e do individuo? O que é mundo melhor? Quais as causas de um mundo melhor? O que entendemos por melhor? O que é a fome? Quais as causas da fome? É um problema de tecnologia? Um problema de valores humanos? O que é energia? Quais as causas da energia? O que é domínio? Que papel tem o homem diante das energias? O que é a longevidade? Quais as causas da longevidade e da brevidade? O que são valores? O que é um valor perene? Novo valor e velho valor? Se nenhum valor é perene, isso é uma afirmação perene (não existe e não existira valor perene, e isso é um valor valido para sempre), e, portanto, há sim valores perenes. Quais as causas do valor? E finalmente o que é uma humanidade melhor? Quais as suas causas? O que é um homem? O que é um homem melhor? O que é um homem saudável? Qual a causa do Homem? Qual a finalidade da vida humana? Quando o homem não realiza a sua finalidade? O que é a saúde da morte? Não te parece que encontramos mais explicações satisfatórias na religião, do que numa fé na religião cientifica? Ou não? Não pretendo que você apóie ou contradiga as minhas questões, quero que você esboce uma resposta. Procure uma resposta.

Tudo vibra. Algumas coisas vibram com constância matemática, outras, movimentam-se em uma categoria matemática maior, com mais variáveis, como mais liberdade, diríamos. A vida, difere os seres vivos dos inertes, pela "liberdade" de movimentos. Mas não só isso. A vida é definida como moção ou automação de si mesmo, moção espontânea e imanente. ( Moção e movimento, nesse contexto, não designa apenas o movimento local, mas toda a passagem da potência ao ato).
A Moção é espontânea: pois se trata de um movimento que o ser vivo produz por si mesmo, por seus próprios recursos.
A Moção é imanente: porque o termo desse movimento esta no próprio ser. Assim o ser vivo se move, ao passo que o não vivente é movido. ( por isso a Gaia não é um ser vivo). Qual é a causa do movimento dos planetas?
Para maior clareza distinguimos: movimento ou ação transitiva e movimento e ação imanente.
Ação transitiva: Todos os seres viventes e não viventes podem produzir ação transitiva. Pois essa é aquela que esta fora do sujeito que age. O calor provoca o aquecimento da água. O termo do aquecimento é a água aquecida. Houve ação transitiva do calor.
Ação imanente: Aquela cujo termo fica no próprio sujeito que age. É PRÓPRIA DO SER VIVO E SERVE PARA DEFINI-LOS.
Quando falamos de automação e dizemos que um ser vivo se move por si mesmo, não queremos afirmar que ele seja o principio primeiro de seu movimento. Na verdade o movimento que parte dele está condicionado por um conjunto de causas das quais depende a cada momento. Por isso podemos dizer que tudo o que se move, é movido por outrem. A diferença entre o vivente e o não vivente está em que o movimento não é comunicado mecanicamente ao ser vivo, mas resulta do próprio principio vital, isto é, de dentro do ser vivo.

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lundi 8 décembre 2008

A sua possível decepção não é a minha.

A sua possível decepção não é a minha.

A julgar pelo crescimento das visitas nesse blog, incluindo as internacionais, vejo que a Psicologia ainda desperta interesse. Todavia a julgar pela baixa taxa do tempo de leitura, posso inferir, os textos são muito longos; ou não atendem as expectativas que pudesse ter o leitor ao abrir nosso Blog.
Se você procurava novidades , e ainda não as encontrou, lamento. Se você acha que eu, enquanto autor forço as coisas em ordem da defesa da Religião, é a mais pura verdade, e declaro isso no nosso primeiro texto. Se você é psicólogo, ou aluno de psicologia, e está decepcionado porque eu propositadamente não acompanho a moda, me desculpe, mas a culpa não é minha.
Veja o por que: A religião me deu esperança, me deu valores, me desenvolveu a fé, me fez mais sociável e solidário, e mais profundo nas minhas responsabilidades com o próximo. Quando eu entrei na Universidade, tardiamente, para estudar a Psicologia, profissão de meu pai, médico e Psicólogo Criminologista, encontrei uma forte resistência dos professores, não só para se desviarem da questão da religião, enquanto fenômeno psicológico, mas negavam a religião, a alma e Deus. Não sou eu o culpado, por perceber hoje, e intuir naquela época que por detrás da “ciência psicológica” dita materialista, e as proposições de meio termo, no dizer Michael Wertheimer, escondia-se a ideologia religiosa sobretudo do judaísmo, e sua negação do Messias. Habilidosos (a palavra vem de Rabee ou (R) habi, mestre hábil em uma profissão ou na Lei), desenvolveram uma corrente de pensamento para combater frontalmente o cristianismo. Então para mim, aos olhos contemplativos da História, a religião, qualquer uma deu, sentido individual e social a milhões de pessoas, e o cristianismo em especial, expressão da verdade Universal, uniu o mundo, enquanto que as correntes psicológicas, ou escolas, ou disciplinas, se ajudaram alguém, foram casos isolados, vulgarizados e conhecidos pela larga publicidade, sempre, produzindo em seus argumentos teóricos um frontal ataque ao cristianismo.
Eu me acho, agora, depois de tantos anos, apto a devolver à religião, no campo profissional, e no campo objetivo e histórico da Psicologia, o papel de uma alma espiritual, tendente à vida eterna, e pela qual Jesus Cristo deu sua vida, na tentativa de nos ensinar a humildade em ordem da salvação. A revelação, se Verdadeira, altera praticamente todos os paradigmas da psicologia contemporânea. Embora se negue a alma, a religião, o cristianismo e a Igreja, sempre caluniada e enfrentada, é, todavia a instituição ideológica a quem devo mais a ela do que aos três Cursos Universitários a que me submeti. Não estou sozinho nisso, o que quero nesses textos é despertar o olhar de colegas profissionais, que sentiram no decorrer do exercício profissional, e na sua formação, o despencar, o ruir de seus valores individuais e coletivos, ( sobretudo morais como conseqüências das irresponsáveis hipóteses da psicologia) sem que nada os substituísse na construção de uma alma, em paz com os desígnios da vida e de Deus.
Para que você me entenda, examine ainda que rapidamente a Pequena História da Psicologia de Michael Wertheimer (Companhia Editora Nacional) e você concordará que para aquele autor, por motivos óbvios escrevendo no Colorado EUA, não existe a Psicologia Russa, embora também essa seja fruto do Materialismo Ideológico do Judeu Carl Marx. Todavia leremos na pagina 21 que:” O problema da diferença mente e corpo, e da relação entre eles, continuou a empolgar os filósofos e psicólogos ocidentais ate os dias de Hoje”. Michael escreveu isso em 1927.
Mais recentemente outro autor, ao menos a tradução é de 1962, no livro “Do Cretino ao Gênio”, Serge Voronoff, medico e fisiologista Russo, passa pelo mesmo tipo de duvida que passa qualquer cientista diante do volume do desconhecido, a perplexidade diante da criação, e a manifestação da inteligência divina na obra do mundo material e espiritual.
Famoso pelas suas experiências com as secreções das glândulas cerebrais ele diz ao inicio de seu livro: “Algumas pessoas certamente relutam em admitir que o cérebro possa gerar pensamentos sem a intervenção de algum elemento misterioso, imaterial, contudo reconhecem que esse elemento imaterial precisa da matéria cerebral para elaborar e manifestar o pensamento. Negá-lo seria temerário; sem o cérebro, (parece) nenhum pensamento seria possível. Mas o cérebro nada mais é do que uma massa protoplasmática, altamente delicada e complexa em sua composição, enquanto nos seja perfeitamente familiar. O que então pode elaborara essa massa protoplasmática? O que um elemento imaterial poderá extrair de semelhante matéria?”
“É obvio que toda transformação, toda a manifestação da matéria não pode ser senão matéria. Se, portanto a matéria cerebral manifesta sua atividade mediante a produção de processos mentais, forçoso é admitir que a mente seja uma substancia material, duma natureza muito especial, sem duvida, mas inegavelmente material. A matéria nada pode produzir de imaterial”.
“Não obstante um elemento imaterial existe; seu nome é vida (...). Sem a vida, toda a célula não é senão um fragmento de matéria inerte: anime-a “a vida” e se converterá em um ser vivo”. “Depois de discorrer por mais de duzentas paginas onde tenta sintetizar seu pensamento em Spinoza, o filósofo judeu proscrito do povo eleito, que diz ser Deus e a Natureza uma só e mesma realidade” (contradizendo além do judaísmo, também o cristianismo, que é sempre o objetivo principal desses livros, o autor desabafa a pagina 210; “Do Cretino ao Gênio”:
“Nesse livro tentei responder a certas perguntas que se relacionam com a mente humana. Identifiquei-as com as radiações do cérebro, com a projeção de grãos infinitesimais de matéria pensante. Deste modo roubei à mente esse mistério que tem que perdurar (a espiritualidade) porquanto devemos considerá-la uma entidade imaterial, impossível de ser gerada pela matéria. Não creio que assim agindo releguei o homem a um plano inferior na hierarquia da natureza. Digo, pelo contrario que o fato de em nossa constituição entrar matéria, da qual cada átomo é um pensamento, nos eleva e nos enobrece. Não somos barro comum; somos matéria incorporada ao espírito”.

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Uma curiosidade.do nosso simplório Blog.

O simples oferecimento do Google Tradutor abriu o leque de acessos de nosso Blog de uma maneira surpreendente. Veja o mapa na Print-screen do Google Analytics. São 67 novas ciades e 916 paginas lidas. Você quer ver com mais acuidade, ponha o cursosr sobre a imagem,
se aparecer a maõzinha clique, a imagem cresce para você ver melhor.



















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samedi 6 décembre 2008

O Orgão da Alma em Pavlov.

O órgão da Alma em Pavlov e o temor da Psicologia Filosofica.

É bem possível que todos conheçam o livro “ O Homem Neuronal” escrito por Gean Pierre Ghangeoux. Este livro, que é um baluarte da Psicologia enquanto ciência Natural, apontada para a neuro- fisiologia, não deixa de fazer a página 44 (Lisboa, 1991, Publicações Dom Quixote) um pequeno comentário ao estilo de um desabafo: ao elogiar o bom senso da História o autor diz: “Finalmente as tentativas Fisicalistas, que consistem nas bases físicas químicas das funções cerebrais, revelaram-se em geral fecundas. O pneuma, de inicio espíritos animais e depois fluido nervoso, tornou-se eletricidade animal, depois potencial de ação; finalmente transporte de iões com carga elétrica. A demonstração da intervenção dos neurotransmissores na sinapse é outro exemplo. Todavia comparadas as cogitações dos espiritualistas, estas diligencias não são sedutoras e nem reconfortantes. Mas o nosso objetivo (o objetivo do texto "O Homem Neuronal") não é esse: é o de compreender como funciona o nosso cérebro”.

Nesse mesmo sentido, Pavlov, o grande fisiologista Russo vem socorrer as criticas feitas por Augusto Conte, à psicologia entendida como um saber sobre a subjetividade, apresentando sua “Psicologia” reduzida à fisiologia. O estudante de psicologia deverá, e dizemos isso como um conselho, investigar sempre os interesses ideológicos dos autores, a que grupos e movimentos pertenciam, posto que a ciência, enquanto “religião”, tem objetivos e proselitismos próprios. Se entendermos os compromissos assumidos pelos “cientistas” entenderemos melhor, quais as motivações de seus conselhos.

O texto que nos serve de apoio dirá: Pavlov considerava inteiramente justificada a fundamentação dos fenômenos psíquicos nos fenômenos fisiológicos, chegando mesmo a apontá-la como um das tarefas mais importantes para a ciência daquele século. Para ele o psicólogo ainda não renunciou a sua inclinação pelo método filosófico da dedução, pelo pensamento puramente lógico, o qual nem sempre compara cada um de seus passos com a realidade. Tal atitude afirma Pavlov, não é a de um pesquisador, de um naturalista e, portanto não pode ser considerada científica.

Quando o fisiólogo estuda as reações que o organismo efetua através do segmento inferior do sistema nervoso central a um determinado agente externo, ele esta sendo um naturalista, isto é um cientista, mas quando ele deixa de se concentrar na ação de fatores externos sobre o animal e começa a elaborar hipóteses sobre o estado interior do animal inspirando-se nos seus estados subjetivos, ele passa a se utilizar de noções psicológicas que nada tem a ver com a atitude científica. Passa de um mundo mensurável para outro que não é. (vocês conseguem ver a contradição, o psicológico de Pavlov, levantando hipóteses subjetivas sobre a Psicologia?).

Continua: O psicólogo abandonou a firme posição cientifica do naturalista... “Tirou suas noções de um ramo do conhecimento humano que, apesar da sua antiguidade e reconhecimento de seus representantes, não tem ainda o direito de se chamar ciência”. Ora, esses são os construtores da Psicologia, sempre negando seu objeto de estudo, ou negando lhe a eficácia de qualquer dos seus métodos e conclusões.

“O que temia Pavlov, diz o autor, era a possível contaminação do subjetivismo quando o fisiólogo passasse a estudar os seguimentos superiores do sistema nervoso central; contaminação de teorias filosóficas e psicológicas”.

Pavlov distinguia três tipos de mecanismos essenciais do sistema nervosos central. O primeiro é o mecanismo de conexão permanente realizado pela medula o que realiza uma conexão permanente e automática entre certos fenômenos exteriores e suas reações correspondentes com o organismo. Esse tipo de reação ele chamou reflexo absoluto ou incondicionado. Os outros dois mecanismos de Pavlov são correspondentes ao sistema nervosos superior, o mecanismo da conexão temporária e o mecanismo analisador. No caso do reflexo incondicionado faz-se necessário o contacto direto entre o organismo e o estimulo. Todavia o Próprio Pavlov vai admitir que essa relação não fosse assim tão simples, pois se associa a ela uma infinidade de estímulos complementares, o que exigiria um sistema de conexões temporárias, móveis, substituindo os estímulos variados, em conjuntos de estímulos repetitivos, a uma dada relação provisória do organismo com o meio. Ele chamou ao estimulo de conexão temporária de reflexo condicionado. Todavia ele vai descobrir que tanto os reflexos absolutos como os temporários estão sujeitos a inibição, que para Pavlov era oriundo de um agente estranho aos agrupamentos de reflexos, inibindo, pelo não reconhecimento do estimulo, ou pala estimulação de contraditórios. Pavlov ira estudar se essa inibição é temporária ou permanente, descobrirá que ela pode ser as duas coisas, e que os reflexos condicionados tendem a se reconstituir, assim como também os incondicionados. Isso vai construir (na mente analítica negada por Pavlov, hipóteses) a hipótese de reeducação. Assim Pavlov inicia o estudo dos analisadores, complexa rede de neurônios que segundo o autor tem por função evitar o desgaste (pela contradição de estímulos que provoca estresse) de modo a reordenar as ações e iniciativas reacionais segundo uma complexa hierarquia. Pavlov considera essas funções fundamentais sobre as reações do sistema nervoso central, como parte integrante da natureza, todo organismo vivo possui um mecanismo como parte integrante de um equilíbrio entre forças interiores e exteriores do meio, desse modo toda a vida se restringe a uma longa cadeia de reações que restabelecem sem cessar um equilíbrio entre o organismo e o exterior, através dos mecanismos fundamentais já descritos.

Essa noção de equilíbrio foi utilizada por Pavlov no estudo do sono, que para ele era um meio de manter o equilíbrio entre os processos de desgaste e recuperação do organismo.

Para o nosso texto de apoio, Pavlov não procurou reduzir a psicologia à fisiologia, mas procurou evitar que a fisiologia se reduzisse à psicologia, pois ao estudar o sistema central nervoso nos seus níveis superiores, seriam englobados, em uma ideologia “mentalista”. Para Pavlov ( e seus interesses) a fisiologia ainda estava muito presa as noções de uma Psicologia Filosófica que vinha sendo rejeitada ( por motivos religiosos e políticos) pelos próprios psicólogos. Assim rejeitando as noções da Psicologia Filosófica, Pavlov caiu no extremo oposto, isto é, passou a pregar abertamente a fundamentação da psicologia na fisiologia, tanto do ponto de vista metodológico, como do constructo teórico.

Wallace Req.


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