mardi 26 mai 2009

A negação da Consciência.

A negação da consciência pelo materialismo behaviorista.

O que é a consciência? Podemos responder a questão de duas maneiras: pela negação e pela afirmação. Por exemplo, perder a consciência = se tornar inconsciente. Ser inconsciente do perigo, dos deveres, dos valores e das percepções mais ou menos claras dos fenômenos que nos informam a respeito de nossa própria existência. Um homem sem consciência é um homem sem sentimento de dever, sem moralidade.
Positivamente podemos dizer que consciência é o conhecimento de si mesmo; noção do que se passa em nós; sentimento de dever; conhecimento moral; ser consciente. Ora, mas consciente, é sinônimo de estar ciente, conhecer a noção de uma coisa; saber o que se faz; fazer com conseqüência.
Não parece difícil perceber o que significam termos como perder a consciência, estar consciente de suas responsabilidades, ter consciência de seus deveres, atos e ações. Ter liberdade de consciência. Ou seja, a Consciência humana esta ligada indissoluvelmente aos valores do homem, ser consciente é ser moral. Viver conscientemente significa viver segundo regras de uma estrita probidade.
Você então dirá: mas aonde você quer chegar? Quero chegar a denuncia básica de todo o nosso argumento iniciado no primeiro texto desse Blog, a negação da consciência não é um argumento cientifico, é um argumento teológico que retira do campo da investigação a MORAL.
Se você entendeu a frase final do ultimo texto, viu que J. B. Watson negava a utilidade da consciência como um meio de investigação e também como principio explicativo. Ora Watson usou o que para chegar a essa conclusão, sua inconsciência, ou sua consciência, seu conhecimento e probidade?
O que causou maior revolta em seu tempo foi à rejeição da metodologia da consciência. Para os Behavioristas a consciência leva à introspecção cujo objeto ficaria limitado a consciência do psicólogo que correria o “perigo” de projetar seus estados de consciência sobre outro individuo. Então Watson rejeita o dualismo mente corpo e o substituiu pelo dualismo organismo meio. Ora, se você acompanhou os outros textos pode observar que isso significa: emtender o Verbo, como ação cega e sem intencionalidade, ou seja, "Ação" puramente material, uma práxis sem valores apriori. Com isso, não há a noção de um Verbo enquanto Deus, que tem Ação intencional e finalidade para a criação e limites para a sua Ação, e cria o mundo segundo uma responsabilidade, portanto uma moralidade. Quando chamamos Deus de Bom, não criamos limites para a ação de Deus, mas reconhecemos que Deus, por si mesmo, não se confunde com o Mal, ou seja, Deus é Ser Moral. A consciência humana é um lampejo da consciência divina, é semelhança e pálida imagem do ser divino, e isso nos remete diretamente para uma psicologia no sentido clássico e etimológico, pois nos leva para um estudo espiritualizado da alma humana.
Melhor do que nós, André Tilquin enumera os cinco princípios da Ciência do Comportamento sobre as quais se assentam as idéias materialistas acima delineadas:
1) Adoção de um monismo materialista e por conseqüência de um determinismo puramente materialista (não há finalidade moral na ação da matéria).
2) Aceitação do dualismo biológico versus adaptação (organismo x meio o que conseqüentemente gera um comportamento consuetudinário, arbitrário e amoral)
3) Compreensão de que o funcionamento do sistema nervoso (base material) é determinante e tem função condutora dos demais sistemas
4) Concepção da psicologia como uma ciência pratica, formulando as leis de condução e as leis da condição de previsão
5) Principio da contigüidade entre o animal e o homem.

Watson com a clara finalidade de negar a existência da consciência ou do espírito (portanto negar a Deus), não pelo ódio a Deus, mas pelo ódio a Deus enquanto ser moral e determinante de uma Moral. Um deus energia, um deus luz, um deus matéria seria mais aceitável no seu século de céticos, por isso vai buscar em Darwin uma base da contigüidade animal homem, e a seleção natural das espécies, numa luta cega chamada organismo-meio, estímulo-resposta. O sistema nervoso, assim, nada mais faz do que coordenar os pontos extremos desse arco chamado estímulo resposta. Para Watson todo o comportamento complexo é um crescimento ou um desenvolvimento de respostas simples dentro desse arco previsível de estimulo resposta. Tal erro grosseiro, erro teológico, desenvolverá em Watson uma noção de “Onisciência” da educação desde que se tenha controle do meio. Diz ele: “dê-me uma dúzia de crianças sadias, bem constituídas, e a espécie de mundo que me é necessário para educá-las e eu me comprometo a torná-las, alguém, segundo a minha escolha (psicoterapeutas anotem mais esse traço de caráter de Watson). Portanto as diferenças que elas apresentarem entre si, para Watson, devem ser creditadas ao papel atribuído a educação (ora, mas como todos os seres vivos foram educados pelo meio ambiente amoral, a educação é controle dos estímulos do meio, mas de forma amoral, digo ainda, é soberba do homem que se julga capaz de moldar pela Educação e Analise do Comportamento o seu semelhante, mas teme, tem pavor, de que Deus, pela Moral, esteja moldando o seu próprio comportamento enquanto ser humano).
Para Watson falar e pensar são uma só coisa, sendo que o primeiro é um comportamento implícito e o segundo explicito, segundo ele um é observável, o outro não. Quanto às emoções Watson as reduz a três reações padrões hereditárias (o meio que se reproduz), sendo eles, ira, medo e amor. Qualquer outra “emoção” é adquirida.
Diz o cronista: “o behaviorismo nada mais fez do que aplicar as normas da doutrina positivista tais como foram elaboradas por Augusto Conte. Ater-se ao dado positivo; não considerar o que não possa ser observado publicamente, medido desnudado; abster-se de elaborar qualquer constructo (o que é então a Teoria do Comportamento conhecida com S-R?).
Antes dele, Pavlov e Conte já haviam proposto a extinção da Psicologia. Para Conte o estudo do homem enquanto individuo se reduzia à Biologia, e enquanto ser em “colônias” seria reduzido à Sociologia. Positivismo. Watson procedeu à uma castração do saber psicológico. Tudo que fosse incompatível foi eliminado.

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dimanche 24 mai 2009

Aviso aos navegantes.

Por motivo de saúde estou paralisando temporariamente esse Blog.

Esse Blog tem 99 textos, ou postagens, queira navegar no Blog lendo textos mais antigos. Um Blog é um livro invertido, sua apresentação e sua introdução são os textos mais antigos. Para acompanhar o raciocínio do autor é preciso ler dos mais antigos para os mais recentes.

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jeudi 21 mai 2009

Psicologia Animal?

Psicologia animal? O que é isso?
Vimos desde os primeiros textos que psique se traduz por alma, e anima também se traduz por alma. Ao pé da letra, uma psicologia animal se traduziria pelo estudo da alma da alma, uma vez que anima é a raiz de “animal”. Conceitos, ou corrupção dos conceitos?
Uma chapa de aço e um tanque de guerra, o que tem em comum? Ambos são feitos de uma liga metálica chamada aço, ou seja, sua base material é a mesma. Mas o que há de diferente entre uma chapa de aço e um tanque de guerra? A finalidade, o uso, a destinação. A liga chamada aço foi criada pelo homem e o tanque de guerra também, como finalidades diferentes, embora uma seja a base para a outra. A vida, no entanto, não foi criada pelo homem, todavia, se admitirmos que houvesse um desejo na criação da vida, e, portanto uma finalidade, e também, por parte do Criador um desejo e uma finalidade na criação do homem, podemos dizer que as duas criações têm a mesma base material, mas finalidades muito distintas. Assim um estudo da vida dos seres dotados de sensibilidade, e um estudo dos seres dotados de consciência de si e de Deus, são duas coisas absolutamente distintas, embora a base material de ambas seja a mesma.
Assim, o termo Psicologia animal, torna-se absolutamente inadequado, em se tratando da alma humana.
A Psicologia humana, criteriosamente é uma sistematização da Moral, que o pensamento materialista (os estudiosos da chapa de aço) transformou em comportamento, behaviorismo, ou seja, um estudo do comportamento da mesma base material do homem e dos animais.
Em 1907, John Broadus Watson realiza seu sonho de montar um laboratório de “psicologia animal”. Preferia trabalhar com animais do que com Humanos, nos diz um cronista (se você é psicoterapeuta anote esse primeiro traço de caráter). Sentia que a experimentação animal era mais objetiva e o fazia sentir-se mais perto da biologia, entendida por ele como ciência, e o Afastava de uma Metafísica. Animais não relatam seu complexo passado, nem são capazes de previsão do futuro, nem transformam como suas idéias o “Ambiente Terapêutico” a cada nova seção.
Começava Watson, nos diz o cronista, sua fuga da psicologia introspectiva e do “subjetivismo”.
Ele não estava sozinho nessa fuga da “Espiritualidade Humana” e da transcendência de sua existência. Dez anos antes dele, nos diz um excepcional cronista, Jacques Loeb transporta da botânica para o estudo dos animais a noção do tropismo e do foto tropismo, segundo a qual um animal é uma “maquina” química, movida pela ação de forças exteriores, em busca de um equilíbrio.
Hebert Spencer, que está enterrado ao lado de Marx, desenvolvia uma serie de estudos que o levavam a afirmar, em uma base materialista, que o homem se comporta em termos de ensaio e erro.
Jennings, apesar de ser teoricamente ao oposto de Loeb, desenvolveu-se inteiramente no campo animal (base material da vida), e é a ele que Watson deve o seu conceito de behavior e o seu significado.
Dizia Jennings: Estudar o behavior é libertar-se de toda e qualquer referencia ao psíquico e ater-se exclusivamente ao que é objetivo.
No laboratório Fundado por Willian James, Thorndike havia inventado em 1897 o procedimento do labirinto, e a convite de Carttel organiza na Universidade de Columbia o “Laboratório de “Psicologia Animal”. Dão inicio ao estudo da aprendizagem (da base material do ser humano).
Em seguida, Robert Yerkis associa o procedimento do labirinto ao procedimento do reflexo condicionado. Mas e o elo perdido? O salto qualitativo da vida sensitiva para a vida racional? Os materialistas vão encontrar uma base ideológica no pensamento de Darwin, que do simples para o complexo garantia uma “ evolução teórica não comprovada” da continuidade do reino animal. Ainda hoje, alguém se pergunta, porque só o homem, escreve, relata o passado, prevê as conseqüências de suas ações, viaja dentro de si, e fora de si, e transforma tão radicalmente o meio onde vive?
Todavia o próprio emprego da palavra comportamento (behavior) não era novidade nos diz o cronista: Thomas Henry Huxley já o havia popularizado (nos meios ditos científicos). Pierre Janet o utilizou dez anos antes de Watson na Europa, e Jennings o haviam utilizado nos EUA.
Curioso é que o próprio Watson em artigo de 1913 vai confessar surpreso por encontrar no livro do psicólogo americano Pyllsbury a “psicologia” definida como ciência do Comportamento” ( Science of Behavior). Mais curioso é que no mesmo número da revista que publica esse artigo de Watson ( The Psycological Reviw Volume XX, numero 4, de 1934) Jean James Angel, publica aquela afirmação já exposta em artigo anterior a esse de que: “ presenciamos o funeral do termo alma como integrante do vocabulário psicológico... “O termo consciência parece ser a próxima vitima marcada para a morte e como um substituído de seu prestigio abalado encontraremos o termo Behavior.”
Esta previsão de Angel nos diz o cronista, sendo ele um funcionalista, não significava o desaparecimento dos fenômenos conscientes, mas, vejam a esperteza, uma substituição dos termos consciência e alma, para algo de maior “utilidade”, tal qual “comportamento”.
A “psicologia animal” e a ciência da consciência são como assinala o próprio Watson inteiramente estranhas uma a outra. Diz ele: “Devemos admitir com franqueza que os fatos que temos podido estudar recolhidos de um estudo extenso dos sentidos dos animais pelo método da observação do comportamento, contribuíram apenas de uma maneira fragmentaria (e indireta) para a teoria geral dos processos dos órgãos sensoriais humanos; e que eles nem sequer sugeriram novos procedimentos de investigação da PISICOLOGIA HUMANA” (Watson: A introduction to comparative Psycology. NY; Holt, 1924)
Em Junho de 1913 Watson publica um artigo que diz: A Psicologia experimental é um ramo puramente objetivo da ciência Natural. Seu objetivo é a predição e controle do comportamento. Não faz uso da introspecção, nem a considera valida. Watson negava a sua consciência. Pois dizia: “A consciência é considerada estéril como um meio de investigação”. O que usou Watson?

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mercredi 13 mai 2009

Duas Faces.

Duas faces, dois senhores e uma só condenação.
Diz o cronista: É, pois em função de uma tomada de posição tática que Pierre Janet parte da ação exterior para construir uma psicologia. Os cartesianos, depois de afirmarem uma consciência como pontos de partida absolutos passaram a ação. Janet propõe o caminho inverso: partir da ação e chegar à consciência. A psicologia (segundo ele) ganharia uma maior positividade.
Vejam vocês que somos cristãos, que para cumprir currículo escolar, conquistar notas acadêmicas, nós somos obrigados a “hospedar” autores, e divulgá-los mesmo sendo eles verdadeiros inimigos da fé. Se fizermos isso inocentemente por falta de luzes, tudo bem, mas se fazemos por preguiça de enfrentá-los no seu “estatus”, já temos culpa por omissão.
Analise comigo esse texto de Pierre Janet, tirado de citação, que faz referencia a obra de Janet titulada “Os estágios do desenvolvimento psicológico”.
Veremos nesse texto que a aderência de Janet é episódica inconstante, digna de um senhor de duas caras, e escravo dois senhores (ideologias), passível, portanto de uma só condenação. () que estiver entre parêntesis é comentário de nossa responsabilidade.
Diz ele: “Eu não me espantaria se houvesse uma história da noção de espírito. A noção de espírito como todas as idéias desse mundo, como nós mesmos, é uma coisa passageira. (ora Deus é espiritual, portanto para Janet é uma idéia passageira, uma invenção do homem) Tudo começa em uma época e desaparece numa outra época. O espírito começou numa época da evolução da humanidade, depois o espírito cresceu, ele foi predominante na época de Descartes, depois ele diminuiu. Eu temo que chegue um dia em que o espírito deixará de existir... (Deus deixara de existir, pois é uma invenção do Homem). Se falará de outra coisa. Haverá outras maravilhas. Outras concepções de mundo, o Espírito desaparecerá (presunção humanista e positivista)... A noção de espírito e a noção de pensamento, contudo não são insignificantes. Um espírito é alguma coisa a mais que um rochedo ou uma trovoada. Um espírito é alguma coisa, mas o que? È caracterizado por um poder de ação infinitamente maior. Poder-se-ia dizer que todo o ser vivo tem trabalhado indefinidamente para conquistar o mundo, para conquistar o espaço e o tempo (Deus, ser espiritual, esta fora do espaço e do tempo, e não se confundo com o mundo, impossível de ser conquistado, é preferível negá-lo)... o poder se tornou desmesurado. Este poder é devido a que? Este poder é devido justamente à construção do espírito, do pensamento. Nessas condições não podemos conservar toda a nossa admiração pelo Espírito, conservar a esperança de o que foi criado não desaparecerá, ou será sempre possível”
A alma e a consciência vinham sendo sistematicamente negadas. O homem animal era o objeto da psicologia comportamental, esse homem sem “cabeça” (sem alma espiritual) vinha sendo claramente construído. Em Conte e Pavlov, vemos a decretação do fim da palavra Psicologia como estudo da alma, era preciso cunhar nova palavra, comportamento para o estudo da ação humana, e sociologia para o estudo das relações da ação humana como o meio ativo relacional e social. Nada que falasse em alma. B. Minkovwski tenta defender Janet atribuindo-lhe apenas uma estratégia, para conduzir de volta a psicologia ao estudo da consciência, mas se Janet o faz o faz sempre com dubiedade. Mais claro ainda poderíamos ler em Jean James Angell; Diz ele: Há dois anos, na reunião desta associação (American Psychological Association), presenciamos o funeral do termo alma como integrante do vocabulário psicológico... O termo consciência parece ser a próxima vitima marcada para a morte e como um dos substitutos ao seu prestigio abalado encontraremos o termo “behavior”. Ora nessa reunião que Angell faz referencia (diz o cronista) ele havia dito que, para os propósitos atuais da psicologia, era bem possível que o termo Consciência caísse em desuso, tal como estava ocorrendo com o termo alma, ocorreria uma substituição “positiva” do termo consciência e alma por um termo de maior utilidade como comportamento.
Tudo isso tem um claro objetivo, destruir a fonte de uma moralidade cristã, posto que para o cristianismo a moralidade origina-se em Deus, e esta inscrita no coração dos homens, como lei lógica de discriminação entre o Bem e o Mal. Ora se não existe essa fonte e essa possibilidade, existe o comportamento e o valor sociológico consuetudinário (fruto do ensaio e erro da sociedade). Todo esse palavreado pretensamente cientifica positivo e definível, esconde essa estratégia clara. A morte conceitual de Deus, e da Alma Humana.
Para Pierre Janet e outros que ainda veremos, “A linguagem não é outra coisa que o tratado elementar da psicologia (confundida com sociologia); elas não contem senão a serie de operações psicológicas que se admitem, e que se empresta a seu vizinho. O melhor tratado de psicologia seria um dicionário. Tome, portanto um simples dicionário e divirta-se a marcar a serie de verbos indicados neste dicionário (verbo como práxis). Ele lhe fornecerá todas as operações da psicologia tais como o homem do Povo as compreende (presunção) (Em “Evolução psicologia da personalidade, Pierre Janet”).
Para terminar nos diz o cronista: A Psicologia da conduta de Janet transforma-se, pois, numa fenomenologia da conduta. Nada existe a não serem ações articuladas em condutas e que estas são constitutivas das noções psicológicas.
Mais claro do que isto é impossível. Estamos diante de uma escolha, ou abandonamos a profissão de psicólogos (estudiosos da alma espiritual humana) e, portanto da condição de cristãos, ou mergulhamos, no dito pensamento revolucionário, ou seja, a inversão, que atribui “intencionalidade cega a Ação” e nega o Verbo, a Ação divina dotada de inteligência e Vontade, portanto de querer consciente e finalidade sobre a vida humana. Temos que enfrentar essa QUESTÃO é invenção de Deus, ou somos os inventores de Deus? A segunda questão me parece ilógica destituída de bom senso, e fruto de um orgulho sem igual.
Para terminar: “A “psicologia” animal e a ciência da consciência, são como assinala o próprio Watson, inconciliáveis nada tendo a ver uma com a outra”.
Somos psicólogos, ou não?



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dimanche 10 mai 2009

Situação de nosso Blog hoje, 10 de maio de 2009.



















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Restrição à Metafisica em Pierre Janet.

A noção de comportamento como restrição à Metafísica em Pierre Janet.

Diz o cronista sempre muito inteligente: “A noção de comportamento apareceu como uma ação restritiva, designativa dos aspectos manifestos da ação humana e animal, tendo como objetivo impedir ao investigador voltar à temida Metafísica”. Surge, portanto a noção de comportamento, no seu caráter restritivo, como uma metodologia positivista.
Pierre Janet, francês, como a grande maioria em seu tempo, entre os europeus de língua latina, era homem religioso de profissão católica.
Podemos dizer que o interesse científico inicial de Janet era restrito as ciências naturais. Logo, como temos tentado demonstrar aqui, enquanto homem de ciência teve de enfrentar o conflito surgido entre as exigências da ciência do século e o seu espírito de homem religioso. Como muito dos cientistas mais competentes de seu tempo intuiu que através da Filosofia poderia estabelecer uma conciliação entre a “razão e o fato”. Assim Pierre Janet voltou-se para a Filosofia. Estudou fisiologia na Sorbonne com Daster e sem abandonar a Filosofia ingressou na Escola de Medicina. Em sua época a escola de Cousin, tinha a psicologia como ponto de partida da filosofia, e foi esse o caminho e a orientação de Janet.
Em “A History of psychology in autobiography” de 1930, poderemos ler de Janet as seguintes afirmações: Meu sonho de uma filosofia ao mesmo tempo científica e religiosa conduzia muito naturalmente a um estudo da psicologia, que deveria resultar num futuro distante, na metafísica desejada. "Assim espero satisfazer minhas convicções religiosas e meu gosto pelas ciências naturais, pela observação precisa, pela classificação e pela critica”.
Em 1889 Janet publica uma tese; “ L Automatisme psychologique, cujo sucesso lhe permite estudar com Charcot em Paris. Anos depois, resultado desse estagio com Charcot, Janet publica sua tese de doutorado em medicina em 1893 “L´Etat mental dês Hystériques”.
Diz o cronista que já nas primeiras paginas da obra Os Automatismos Psicológicos, Janet já define como objetivo da Psicologia o Comportamento: O objetivo da psicologia é compreender a conduta dos homens.
Numa publicação de 1951, no Boletim da Sociedade Francesa de Filosofia, Janet teria dito: A Psicologia deveria ser objetiva no sentido de que deveria ocupar-se do que se vê; ações, movimentos, atitudes do sujeito e ainda suas palavras e sua maneira de falar; e no sentido de que, em conseqüência, todos os fatos psicológicos possam ser exprimíveis na linguagem de fatos exteriores... ( ...) pois a psicologia não é outra coisa senão a ciência das ações exteriores do homem” Vejam que jamais li este texto de Janet, o que me espanta todavia, é que ele nega, se assim for a intencionalidade do Verbo, caído no mesmo erro do Marxismo, ou seja, a consciência e o pensamento não é senão a reprodução e a combinação dessas ações exteriores sob formas reduzidas e particulares. Se ele como católico respeitasse a Intencionalidade do Verbo, a consciência e o pensamento, refletem em semelhança e imagem a consciência ( Luz divina) do Verbo. Pra você não fazer confusão, o Verbo, é a palavra que expressa ação ( práxis), porém como nos diz a Sagrada Escritura, no Inicio era o Verbo, e o Verbo teve intenção na Criação, não era a ação determinando, mas a Vontade e Inteligência de Deus, determinando.
Janet, todavia faz questão de assinalar que não se trata de negar a consciência, pois ela existe, mas de considerá-la como uma conduta, como uma complicação do ato que se acrescenta as Condutas elementares (ele dirá em L´Angoise à l´Extase): “É preciso nessa psicologia do ato (da ação) deixar um lugar para a consciência que poderemos a rigor suprimir quando tratamos de animais inferiores (sem alma), mas que não podemos desconhecer em se tratando de homens”.
A psicologia em Janet torna-se posição reducionista, diz ele: “É preciso em psicologia renunciar às pretensões anatômicas e psicológicas (veja a contradição) e se limitar humildemente a ser psicólogo falando sempre a linguagem da conduta e da ação”.
Todavia Janet propõe algo muito diferente do que Watson ainda proporá. Ele diz em “Les estudes de l´evolution psychoilogique”... “Esta psicologia do comportamento não leva em conta senão os atos elementares, ela estuda os atos dos animais inferiores, as reações e excitações cutâneas, visuais, etc. Creio que é preciso ir adiante. A psicologia do comportamento deve transformar-se em psicologia da conduta, ela deve estudar não o comportamento de animais inferiores, mas a conduta de homens superiores”.
Janet debate-se entre suas convicções: “ O fato psíquico é a conduta do ser vivente , conduta exterior, não interior. É o conjunto dos movimentos, das reações, das palavras, de tudo que ele possa fazer que possa ser perceptível, que saia de seu organismo, que atinja os objetos exteriores. Esta definição de fato psíquico, é a conduta exterior de um ser vivente (veja o mau uso da palavra psíquico abortada no seu conceito intrínseco de alma, onde o ser vivente tem conduta exterior, tem psicologia, o que é falso)... continua sempre valida, seja qual for à idéia que se faça de consciência. Admita-se que haja uma consciência, admita-se que não haja, nada se altera: o fato psíquico é sempre a conduta exterior do ser” vivente”.( La evolution psychologique de La personalité.)
Assim diz o cronista que Janet define a psicologia como sendo o estudo da relação ativa do homem com seu meio exterior, através de relações de afastamento e de aproximação. Nesta afirmação esta claramente negada a Moralidade do Homem, a lei inscrita por Deus no Coração Humano, que o torna humano. Assim em textos posteriores Janet novamente vai demonstrar as suas contradições reducionistas: Dirá: “Haverá a possibilidade de duas psicologias diferentes: Uma psicologia pratica que teria por objetivo conhecer o Coração dos Homens (e sua Lei); e uma psicologia científica que desprezando a anterior, se ocuparia apenas das leis gerais das relações abstratas entre as ações humanas”
“De fato, há uma psicologia da moral, como há uma psicologia da religião, como há uma psicologia da lógica, e uma psicologia dos psicólogos” (Pierre Janet).

Pierre Janet quis servir a dois senhores.




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samedi 9 mai 2009

Estranhas luzes.

Estranhas luzes.
Em respeito às poucas pessoas que lêem e meditam os nossos textos, devo dizer que, embora já estejamos superando os quatro mil leitores, a taxa de rejeição é altíssima, superando 80%. Sabemos disto porque o Google Analytcs considera o tempo de permanência no Blog, cruzado com o número de páginas abertas, que quando é muito curto em relação ao tempo médio necessário para sua leitura, torna-se um demonstrativo que nada foi lido e que o texto ou pagina foi rejeitado.
Posto isso, podemos continuar nosso trabalho em respeito aos 19% que nos lêem.
No ultimo texto pudemos ver que aquilo que chamamos realidade, na verdade é um Nano Mundo. Todo o drama existencial da humanidade tem como palco uma poeirinha cósmica, a Terra, que orbita em torno de uma ínfima fonte energética, o Sol, luz minúscula no palco cósmico. Seria impossível ao homem, enquanto individuo, parcela ainda menor nesse contexto cósmico, encontrar a Deus, ou intuí-lo, não fosse a vontade manifesta de Deus de revelar-se ao homem em seus insondáveis Mistérios. O Mistério da Encarnação do Verbo, e da objetividade do Verbo feito Carne, no meio de nós é uma chave racional e explicativa insuperável. Obra filosófica tão perfeita e profunda que só pode nos indicar a clarividência divina.
Você deve ter notado que todos os nossos Blogs ficaram, digamos, parados por umas duas semanas. Deveu-se essa parada a motivos de saúde. Tenho enfrentado episódios dolorosos de tal monta que fico impedido de concentrar-me, mover-me, levantar-me ou escrever. Dores muito fortes nos dão a impressão de que o ego se dissolve, e quando se tornam insuportáveis, por um mecanismo fisiológico de defesa nos rouba a consciência e nos torna inconscientes (como num desmaio) de modo a podermos suportar a vida que nos resta. Mas se assim é com a consciência, a sensibilidade parece libertar-se e em conseqüência experimentamos estranhas luzes, algumas de tal natureza que se tornam indescritíveis, inenarráveis e passam a formar parte do patrimônio espiritual de cada um de nós, elas se apresentam como um contacto com a morte de nossos limites individuais, uma síntese individual e uma abertura para o eterno, e outras, algo mais simples, embora também algo estranha e que pode ser narrada, como essa que passo a contar.
“Deixei os olhos correr pelas luzes da vidraça em busca de um consolo exterior para o corpo prostrado e dolorido. Foi quando vi o casal de sabiás nas piruetas e manobras acrobáticas, vôos rápidos e temerários por entre galhos e flores executando os alegres e ruidosos jogos do acasalamento. Percebi que eles não temem a vida, muito menos a morte. Vivem. Demorei-me alguns instantes a observá-los com os cantos dos olhos ate perceber que não estavam sós. Havia nas árvores talvez milhares de pássaros ruidosos, rápidos, leves, graciosos. Certamente também adoecem e sentem dor. Não há hospitais para pássaros, nem cemitérios, há pelo contrario uma aceitação incondicional da vida completa com suas dores e prazeres. Vê aquele pássaro- diz a Sagrada Escritura- e aquele lírio do campo e aqueles homens- não lhes cairá um só fio de cabelo sem que Deus não o permita. Não há entre os pássaros, pelo menos aparentemente os mercenários da saúde, da dor, do medo, da justiça, da espiritualidade, pois certo, eles não são homens, nem filhos do Homem, mas são seres vivos, tão dependentes de Deus como os Homens. Pulgas e percevejos também adoecem, e ate os vírus em sua curta existência também haverão de adoecer, todavia o fazem sem desespero, sem se vender, sem barganhar com Deus as suas almas, posto que não as tenha. Assim não tem sido entre nós. O medo do sofrimento e o temor pânico da morte têm escravizado os homens, não diante de Deus, mas diante de outros homens, diante de verdadeiros vampiros de nossas vidas, onde se nos apresentam como intercessores, mediadores, mercenários da espiritualidade, da justiça, da saúde, da dor, do sucesso e do fracasso de cada um de nós. Sim assim tem sido como uma realidade de um concretismo assustador, posto que também eles sejam escravos da própria presunção caindo também eles (os intercessores) vitimas do espírito mercenário e comercial tão logo lhes chegue à idade, lhes falte à saúde e as luzes de um saber efêmero como tudo o mais. Homens, esses Pequeninos seres falsos e mentirosos, que tendo comido do fruto proibido da Ciência do Bem e do Mal, perderam a inocência original, o paraíso da harmonia cósmica, o contacto com o amor puro de Deus, onde como pássaros, voavam dentro de seus limites naturais sem queixa ou presunção, sem querer ser mais, ou menos, voando o vôo que lhes cabem, alimentando-se e dando-se em alimento, sem hospitais, cemitérios ou cidades de mortos-vivos. Mas se a vida passa, também passa a dor física, fica possivelmente a dor moral, a dor de ter sido cruel, mercenário e homicida, porque não dizer, covarde. O Filho do Homem nos ensinou que a morte foi vencida e a Vida ressuscita, mesmo assim, teimamos em quebrar os limites de nosso vôo natural, os limites da moral, da regra de ouro da vida, que a garante torna segura e a mantém... E queremos comparar à saúde, a vida, a felicidade, a eternidade aos mercenários da mentira. Basta aceitar a dor e a morte para que a alma recupere no perene o transcendente, no pequeno o imenso. Herança se deve aos herdeiros, não aos mercenários. Herança seja ela qual for patrimônio material ou espiritual, se deve aos herdeiros, as ovelhas do seu redil, herança se transmite aos que reconhecem a sua voz e que pertencem ao seu aprisco, mas para se deixar herança é preciso morrer a cada dia um pouco, no sacrifício de si, no sacrifício despretensiosos e confiante de si, sem nenhum ato comercial, pois o comercio é o transverter da guerra em comércio, do tomar pela força das armas, substituído pelo tomar aos outros pela força do mercenário (das almas) e de suas ilusões. A espada ou o ouvir o amor?”



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