samedi 29 novembre 2008

Os conceitos se corrompem.

A Psicologia de Gall e Spurzheim.

Dando seqüência ao raciocínio geral do Blog, nós transcreveremos um pedaço de texto, que embora não sendo nosso, vem confirmar algumas das coisas que dissemos ate aqui. Ele fala da permanência de alguns princípios de Galeno ate Gall. Nos falamos de princípios de Jesus ate hoje, e de Jesus até sempre.

Todavia, ao invés de fazermos proselitismo cristão, fazemos uma demonstração, a nosso ver “arejada” do desenvolvimento da Psicologia enquanto ciência Natural.

Assim diz o autor: “ A linha de pesquisa iniciada por Galeno no século II chega ao seu extremo com Francisco José Gall e João Gaspar Spurzheim na primeira metade do século dezenove. Você deve lembrar que Galeno era medico e que acreditava na unidade corpo espírito, afirmando que se podiam tratar as “ doenças da alma ” tratando o corpo. O objetivo principal de Gall e seu companheiro era estabelecer certa correlação entre funções humanas e suas respectivas funções cerebrais. Esse novo movimento foi batizado de Organologia, e encontra-se bem descrito na maioria dos manuais. Também foi chamado Cangoscopia e finalmente Frenologia, onde se pretendia pela anatomia e fisiologia do sistema nervoso estabelecer relações e possibilidades de relações entre as funções superiores e morais nos homens pela configuração ( topologia) da cabeça ou crânio. A teoria partia da hipótese de que cada função humana dependeria de uma função e localização na massa cerebral, assim se presumia que se um individua possuía uma determinada habilidade muito desenvolvida, haveria de corresponder no cérebro uma determinada região de desenvolvimento. Interessante que desenvolvimento para os autores do século XIX significava aumento, hoje, por exemplo, poderia significar otimização, velocidade, ordenamento, reticularidade, atividade elétrica calórica, etc. Assim os autores achavam que o exame da forma do crânio do individuo poderiam dar uma idéia das características predominantes das habilidades dos indivíduos, e vice versa. Embora revestida de mais conhecimento das estruturas anatômicas do cérebro elas em nada diferem da posição de Galeno no século II. Foi a teoria combatida por Pierre Flourens, embora posteriormente tenha sido corroborada pela descoberta do centro da fala pelo médico Brocá.

Leia o texto traduzido do livro de Gall: “Em todas as minhas pesquisas meu objetivo tem sido descobrir as leis de organização e as funções do sistema nervoso em geral, bem como do cérebro em particular. A exposição do sistema nervoso do tórax e do abdômen, e da medula espinal, ou do movimento voluntaria nos mostrou as mesmas leis, tanto no que se refere à sua organização, quanto ao que se refere aos objetivos. As fibras nervosas invariavelmente se originam na substância cinzenta, como sua matriz, e finalmente se expandem para a superfície. Sempre que aparece uma função essencialmente diferente, existe invariavelmente uma organização nervosa especifica, ou sistema independente do resto. Demonstrei as mesmas leis de organização também no cérebro. Todas as fibras nervosas cerebrais se originam na matéria cinzenta, e são sucessivamente reforçadas por novas massas cinzentas. Muitos feixes e fibras nervosas são independentes entre si, e todos finalmente se expandem numa membrana nervosa, seja espalhada seja em forma de circunvoluções. Esta uniformidade das leis de organização de todos os sistemas nervosos não deixa duvida quanto à correção das descobertas anatômicas do sistema nervoso e do cérebro em particular... De outras pesquisas tiramos a conclusão de que a complexidade do cérebro dos animais inferiores esta em proporção com suas tendências e faculdades; que as diferentes classes de funções e que finalmente o cérebro de cada espécie de animal, onde se inclui o homem, é formado pela união de tantos órgãos específicos quantos sejam as faculdades (no homem morais e intelectuais). As disposições morais e intelectuais são inatas, e sua manifestação depende da organização; o cérebro parece ser o órgão da mente; o cérebro é composto de tantos órgãos específicos quantos sejam as capacidades fundamentais da mente; estes quatro princípios fundamentais parece formam a base de toda a fisiologia do cérebro. Depois de tais princípios terem sido estabelecidos resta-nos saber e Perguntar onde a inspeção da forma da cabeça ou crânio apresenta um meio para a verificação da ausência ou presença da força ou fraqueza ou energia de certas funções, será necessário distinguir as faculdades e qualidades primitivas e fundamentais, e a partir de seus atributos. Depois poderemos introduzir no santuário da alma e do cérebro e dar ciência da descoberta de cada capacidade moral e intelectual, descrevendo sua história natural num estado de saúde e doença, bem como numerosos exemplos que confirmam a localização de seu órgão”.

Tal teoria foi muito aceita, embora tal mapeamento nem sempre corresponda à verdade e crânio copie a forma do cérebro, e haja circunstancia envolvendo, por exemplo, a capa de substancia branca, que avoluma sensivelmente o cérebro, enquanto torna os indivíduos cada vez mais obtusos. Essa tendência tornou-se e é base em diversas formas de interpretação teimosas, ate que a descoberta e o uso da eletricidade experimental no córtex vieram modificá-la por inteiro. Diz o autor mais abaixo: “uma ciência não é feita de técnicas, mas de conceitos e estes, para caracterizarem uma ciência no que esta possui de especifica, também terão que ser específicos os conceitos, isto é, irredutíveis. Nesta longa história nem os “problemas psicológicos” eram psicológicos, nem tampouco as soluções apresentadas o eram”.

Os conceitos se corromperam. O que houve foi uma impossibilidade de transpor a barreira, imposta por um pensamento biológico, que se pensasse o sujeito enquanto ser espiritual e moral. A única possibilidade de se explicar o pensamento psicológico era reduzindo-o a um comportamento biológico ou fisiológico, o que significa a eliminação do psicológico. Essa característica marcou fortemente as condições de emergência das ciências humanas e em particular a Psicologia.

Para terminar escute, eu transcrevo para mim e para ti esse texto de 1º Timóteo 6, 20-21: “Ó Timóteo, guarda o depósito (da fé e da tradição). Evita as palavras vãs e profanas, bem como as contradições de uma pretensa ciência. Há pessoas que por a terem divulgado caíram no erro a respeito da fé. A graça esteja convosco”.

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A palavra alma deriva do latim, anima, principio vital ou vivificador de um corpo organizado.

“Vis Nervosa”

É possível, que tenha omitido algum dos passos pretendidos no inicio desse blog. Mas atentos que sois já devem ter percebido que navegamos por um caminho cuja essência tem sido o afastar-se da religião, ou seja, roubar o domínio do estudo da alma do campo da Religião, e da Teologia, ou ate mesmo da Filosofia, para o campo da “Ciência”, agora dita psicológica, embora ate aqui, como vimos, seja ela um apêndice das ciências ditas “físicas”. Espíritos anímicos; humores líquidos; tubos aéreos cheios do vapores vitais; coração versus cérebro na hospedagem da alma; eletricidade animal; química sutil dos neurotransmissores e mediadores químicos, tudo o que foi dito, através dos séculos estava em alguma medida certo, correto, pois o ar corria pelas vias aéreas, misturava o oxigênio ao sangue em humores vitais, que faziam transitar “espíritos e humores anímicos”, tubos que conduziam a vida numa hidráulica perfeita. Irritabilidade nos seres mortos ou descerebrados, vias nervosas, massa cefálica e medula, relações entre matéria sensitiva e motora, reflexos, arco reflexos, condicionamento de reflexos, movimento, coordenação de movimentos, fala enquanto coordenação de movimentos, fala enquanto instrumento de comunicação objetiva, fala enquanto instrumento de comunicação subjetiva, enfim, uma longa caminhada, que gira em torno do corpo físico, como se, estudada a casa, encontrássemos explicações completas sobre os seus moradores. Sim é verdade, há relações evidentes, mas os moradores se mudaram, e a casa, abandonada, morreu. Tudo esta lá, humores, tecidos, sangue, ar, mediadores químicos, neurotransmissores, e até eletricidade, mas lá não esta mais o morador, e ele não nos pode falar sobre si mesmo, não nos pode comunicar o mais profundo de sua vivência, ele se foi desapareceu, embora seu corpo esteja ali. Não ele está na memória das pessoas. Não ele está nos seus filhos. Não ele está na sua obra. Não ele surgiu por acaso e por acaso sumiu. Ele era apenas uma expressão da vida, mais uma entre tantas, e extinguiu-se, mas a vida continua. E a vida o que é? A vida é origem de si mesma? A morte é face e aparência necessária da vida? Importa a origem disso tudo? Esse deveria ser o eixo da Psicologia, mas ela foge dessas questões porque foge da idéia de alma intelectiva que lhe deu o nome enquanto ciência. É a única ciência que procura de todos os meios e modos, negar o objeto primeiro de seu estudo, ou seja, ela foi criada para distanciar as pessoas da idéia de alma, para negar à alma (psique) que estuda e mais do que isso foi criada para distanciar os homens da religião, para forçá-los a seguir a religião dos homens, a ciência. Está sempre mostrando algo, para distrair a atenção do essencial, tentando mostrar que o espiritual e invisível, mas manifesto no homem, não existe. Na verdade dizendo que a espiritualidade no homem não existe, não existe o Espiritual, não existe Deus. Tudo se resume na rede nervosa, nas fibras nervosas, suas químicas e potenciais elétricos, na integridade de seus tecidos, e na vida, a quem ninguém explica, menos ainda na consciência e voluntariedade da vida no homem, imagem e semelhança, da consciência e voluntariedade de Deus. Não olhe para esse ponto, você pode perder a ilusão da ciência, e ai você não estará mais sujeito aos temores da morte, e, portanto, você não estará mais sujeito as submissões cientificas dos economistas, dos sociólogos, dos psicólogos, dos médicos, dos poderosos de todos os tipos de opressão e domínio. Não se liberte do medo da morte, pois isso te tornará livre do temor dos homens, e te fará amar e servir e reverenciar voluntariamente a Deus. Isso significa viver, e nós queremos que você morra, seja finita , sirva a morte, e transite na vida servindo a ilusão. Como você vê a Psicologia ainda não existe, e se existe não é praticada, pois é como já dissemos uma ciência aplicada a uma alma intelectiva que ela nega, uma seqüência de noções espirituais que ela diz ser ilusão ou meros fenômenos dependentes e determinados pela matéria cega, num escuro qualquer, pois admitir que para Deus não haja inconsciente, seria para a psicologia moderna algo mortal. Revolucionário, assustador. Deus existe, meu Deus isso não pode ser! Se existe não pode ser um Deus pessoa. Deus não pode querer nada de nós os homens... Então senhores, quem haverá de querer algo, além é claro dos homens que dominam os homens e os obrigam a ilusão?
Quando Georg Prochaska transformou o termo de Von Heller “vis nervosa” introduziu definitivamente mais um degrau da ilusão psicológica, introduziu na analise humana, a noção de vias nervosas, nervos, ou fibras, dando aos estudiosos a oportunidade de classificar os “psicólogos” do século XVIII de investigadores das fibras nervosas. Muitos progressos foram feitos, embora, como vimos de nossa posição, que também aqui, a neuroanatomia e a neurofisiologia aperfeiçoavam as questões de "Hardware", ou seja, dos “tubos nervosos” e seus espíritos, embora se conheça agora as fibras, mas senhores isso explica como a máquina humana funciona, mas não explica a alma consciente que tanto esforço se faz para negar, ou para vinculá-la ao corpo. Mas ninguém no Cristianismo, nesses dois milênios negou esse vinculo: “Creio na ressurreição da carne”. Von Heller tomou de empréstimo a noção de irritabilidade, uma força ou umas “vis nervosa” que designa uma propriedade da fibra nervosa, como fonte do movimento animal, e inerente as fibras musculares. Heller descobre por analise que a irritabilidade, era independente do cérebro, pois permanecia em animais descerebrados, e conclui que, portanto, ela nada tinha com a alma intelectiva, o que nos mostra, que ele procurava separar o intelecto do movimento animal, embora atribuísse como morada do intelecto o cérebro, e a “irritabilidade” e “sensibilidade”, para Heller, são periféricas do cérebro, portanto não se confundem com o cérebro, e sendo esse, morada da alma, tais fenômenos nada tinham com a alma, comprovando para Heller, aparentemente, que a anima animal, não era propriamente, a alma no sentido humano. Heller nasceu em 1708 em Berna, Suíça.

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Quem não se engana no caminho? O que importa é para onde se quer ir.

Sinestesia ou cinestesia?

E, sobre tudo isto, revesti-vos de caridade, que é o vinculo da perfeição. (Colossenses 3,14)
Mas se vos mordeis e vos devorais vede que não acabais por vos destruirdes uns aos outros. (Gálatas 5, 15)
Um homem sábio, se por um acaso se exalta sobre outro menos sábio, demonstra não ter sabedoria, pois quem se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado. Quando Jesus Cristo escolheu o rude pescador judeu para ser o príncipe dos apóstolos, certamente os judeus doutos da Lei se indignaram. Que virtude, porém teria aquele homem para ter sido o escolhido? Isso não interessava aos sábios, no mais, aquela escolha incomum lhes parecia tão absurda que colocava em dúvida o discernimento do Senhor. Todavia, aquele homem rude houvera tido uma revelação, e pela fé, reconhecera o Filho do Deus Altíssimo. Assim São Paulo, judeu, filho de judeus, diz aos judeus: Se vos circuncidardes de nada vos servira Cristo. E atesto novamente, a todo homem que se circuncidar: ele estará obrigado a observar toda a Lei. Já estais separados de Cristo, pois procurais a justificativa na Lei e decaístes da graça. Estar circuncidado ou incircunciso de nada vale em Jesus Cristo, mas sim a fé que age pela caridade.
O texto é claríssimo, nem sempre a luz vem da letra da Lei. Embora quem da letra faça uso radical, será escravo de seu sentido, e como escravo já não é livre, para ver, criar, ousar, interpretar. Como lemos em Gálatas 5,13: "Vós irmãos fostes chamados para a liberdade". Mas é também verdade, não se justifica o abuso da liberdade, que resulta em licença, não nos autoriza a abusar dos conceitos e imprecisão dos termos, por isso, confessado o erro, embora sem nenhuma importância no contexto, pois o que queremos é aprender a amar, e não subjugar o próximo com qualquer humilhação ou demonstração de poder, seja ele intelectual, ou força constrangedora.
Assim, as minhas deficiências de incircunciso me faz maior diante de Deus, como fez ao rude Pedro, pois como se diz hoje: Sou como cogumelo, quanto menor o corpo, maior a cabeça. Quanto menor e mais frágil o homem, maior e mais presente esta Deus.
Cinestesia, diz respeito a movimento. Vem a palavra do grego, “Kinesis” que quer dizer movimento, embora muitas outras línguas também expressem o movimento por vocábulos diferentes e a idéia seja a mesma, nós os escravos, temos que nos ater ao tom grego, como outros teriam que se ater ao tom aramaico ou hebraico, pois as letras são ”rabiscos” palavra que pode ter origem em Rabi (Rabee+ iscos= riscos ou rabiscos) que quer dizer mestre, rabino.
No entanto Sinestesia, tendo origem grega, tem sutil diferença; “Syn” do grego que pode ser ou significar igual; junção; e união; mais a palavra grega “aisthesis” ( estesia=consciência), ou seja, Synaisthesis, que em nossa língua pode ter diversos significados: Um linguistico, significando uma figura de linguagem, outro médico, significando a percepção como uma sensação única de estímulos de diversos sentidos ( ver o cheiro) sentir o cheiro de cores, ou mais precisamente na pratica médica: produção de duas ou mais sensações por influencia de uma única impressão ( estímulo). Portanto Cine ( Kinesis) mais estesia (aisthesis = consciência) é a consciência do movimento, ou a consciência do Soma ( corpo), do corpo em movimento como encontramos também em nova forma ortográfica: “Cenestesia”.
O sentido que eu quis dar? Existe uma expressão popular que diz: As melancias se acomodarão com o andar da carruagem, ou seja, com os movimentos as coisas se ajustam. Que movimentos, eu me pergunto, fez aos átomos vibrando em orbitas, se agruparem, em moléculas, que permitirão tecidos vivos? Que movimentos produzirão a milagrosa diferenciação dos tecidos no desenvolvimento do ser humano? Que movimentos integradores farão a interdependência dos diversos tecidos, na função de manter a vida e de torná-la viável? Qual a cooperação funcional dos diversos órgãos entre si, e ampliando mais um pouquinho, a cooperação dos seres vivos entre si, num conceito de ecologia? Ampliando ainda mais, quais os movimentos harmônicos que colocam os homens em cooperação funcional uns com os outros na construção do tecido social? Aí entra em jogo um novo vocábulo, a sinergia (conceito da Sociologia que quer dizer cooperação), por fim, que movimentos quis Deus (Verbo, palavra que expressa ação) na intencionalidade da criação, e por conseqüência, que movimentos deseja para os homens. Que se comam, e se mordam, em nome do saber, do partido, da ideologia? Como esta dito em Gálatas 5, 15? Ou deseja que aprendamos todos nós o que é a caridade (Colossenses; 3,14), o amor humilde, o sincretismo da revelação, a sinergia entendida como a união de consciências em cooperação, assim como se reflete numa síntese dos sentidos na sinestesia, e uma síntese dos movimentos internos na cinestesia ( consciência do corpo), ou quer uma síntese da cooperação humana na sinergia ( consciência da sociedade em cooperação)? Complicado? Não, algo absolutamente simples, que se traduz na liberdade de movimentos, moldada pela regra do amor ao próximo, ou como dizem outros: não fazendo ao próximo o que você não gostaria que lhe fizessem (a regra de ouro da convivência social).
Pode ser que seja difícil para você que não vê com o olho da fé. “Mas leia o que transcrevo aqui, e entenda com os olhos da sociologia. Pelo menos isso.” Vos irmão fostes chamados à liberdade. Não abuseis, porém, da liberdade para pretextos para os prazeres carnais (se vos mordeis e vos comerdes uns aos outros simbolicamente). Pelo contrário, fazei-vos servos uns dos outros pela caridade, porque toda a Lei se encerra num só preceito: Amarás a teu próximo como a ti mesmo (Levítico; 19,18) Mas se vos mordeis e se vos devorais, vede que não acabeis por vos destruirdes uns aos outros. Digo, pois, andai segundo o Espírito (a proteção do Verbo invisível), e não satisfareis os apetites da carne, porque os desejos da carne se opõem aos do Espírito e estes ao da carne, pois são contrários”. Antíteses.

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jeudi 27 novembre 2008

Um texto para quebrar a monotonia da temática.

Curiosidades imunológicas.

Quando falamos em Síndrome de Imunodeficiência (AIDS), estamos falando em deficiências de defesas.

Ainda que esteja na moda o assunto DEFESAS, com o presidente Fernando Henrique “negociando” a unificação das Forças Armadas, como Alfonsín e Menem, na Argentina o fizeram, e tiveram que cumprir acordos para “amansar” os militares, e através deles, poderem garantir o poder de “amansar” o povo e assim viabilizar abusos do poder sustentados pela mídia, sinto, intuo que o assunto "DEFESAS" estará cada dia mais contundente, pois cada dia mais consciente.

Se os anticorpos atingidos pelo vírus da AIDS estão “confusos”, os militares e políticos, por outro lado, já não sabem o que defendem.

Neste mundo “liberado” onde somos considerados retrógrados cada vez que falamos em fronteiras nacionais, soberania, defesas dos interesses nacionais e nacionalismo, ou otimização e soberania sobre o uso do subsolo, a AIDS, uma doença, vem inspirar e alertar para o perigo da perda das defesas econômicas e vem levantar o assunto, discutindo as fronteiras biológicas, as defesas biológicas, e num paralelo vem tecer com as necessidades de defesas territoriais, econômicas e políticas das nações um elo demonstrando, num discurso claríssimo, a imperiosa necessidade das defesas e fronteiras orgânicas para a defesa da vida, das defesas psicológicas para sobrevivência do indivíduo e das fronteiras econômicas para sobrevivência de um país. A perda das defesas imunológicas, leva à morte. Do mesmo modo, semelhantemente à perda das defesas e fronteiras nacionais levam à perda da soberania, do domínio econômico e a identidade da nação enquanto povo politicamente organizado.

Afirmo aqui que as emendas à Constituição, propostas por FHC, e aceitas pelo Congresso, criaram uma “deficiência imunológica”, econômica e política que destruirá a identidade e a liberdade do povo brasileiro.

Lembro-me uma frase de Pascal que se encaixa perfeitamente neste texto. Dizia ele: “O excesso de luz cega”.

Esta filosófica e genial afirmação nos alerta, em primeiro lugar, para o fato de que possuímos limites físicos bem claros, e em segundo, que até mesmo com relação aos conhecimentos adquiridos com o passar dos séculos, haveremos de ter humildade, porque o excesso de conhecimentos podem nos tornar, se não cegos num primeiro momento, nos tornará estúpidos e presunçosos o que é o mesmo.

Temos as pálpebras para defender a vista de excessos de luz. Podemos levar as mãos aos ouvidos para defender os tímpanos dos excessos de sons. Pelos sentidos do gosto e do olfato nos defendemos de substâncias nocivas. Pelo tacto nos livramos de excessos de calor e frio. Portanto temos limites, fronteiras reais e usamos naturalmente de sadias defesas.

No campo psicológico necessitamos de defesas, e em favor do argumento, só para citar e ilustrar, uso como exemplo os trabalhos de Anna Freud sobre “Os Mecanismos de Defesa do Ego”.

Sem muita polemica poderemos verificar que há na natureza leis de defesa sociais ou relacionais, que fundamentam uma moral natural, que poderíamos exemplificar pela aversão sexual dos machos entre si e pela esterilidade dos relacionamentos entre indivíduos do mesmo sexo. Estas regras relacionais naturais entre outras fundamentaram o Direito Natural e dão suporte à vida como um todo e particularmente à moralidade no caso humano.

Em concordância com o assunto podemos lembrar que o cristianismo propõe um conjunto de regras ( reveladas) que são mecanismos de defesa da vida em sociedade, da natureza relacional do homem e da saúde mental. Derrubar este “instinto de defesa” cristão, teologal por excelência, haveria de ter, como vemos agora, graves conseqüências.

Eu me pergunto: Quando Jesus Cristo cura os leprosos 1800 anos antes das descobertas cientificas de Hansen, não o teria feito como resultado de uma comunicação direta, espiritualizada, de uma atitude psicológica sadia, de uma profunda compreensão e restauração das necessárias defesas morais e orgânicas? Não é isto restabelecer a saúde? Não é este o milagre?

Posto isto, ainda que de maneira superficial, apenas argumentando e esclarecendo, de modo a que possamos perceber que temos verdadeiros limites e necessidades de defesas já podem demonstrar que também as células no micro-cosmo, tais como fundamentos ou tijolos, por assim dizer, da vida; assim como as famílias o são da sociedade, possuem e necessitam de defesas. A dissolução da célula é o fim da vida, o da família o fim da sociedade, a do tijolo o fim da parede, a perda do limite, da fronteira o fim da Nação.

O sangue tem entre suas muitas funções a delicada função imunológica. A existência e manutenção da vida é uma constante luta imunológica, e ainda que muitos destes mecanismos de defesa sejam autônomos, isto é não necessitem do uso da consciência pessoal, como ocorre nos animais, e, até mesmo nos unicelulares, fica patente no homem a existência de uma relação consciente, um desejo de viver e construir, versus um desejo de morrer e destruir.

Assim, a consciência humana pode, pelas atitudes psicológicas tomadas, intervir nas defesas seja de forma positiva ou negativa como, por exemplo, nos casos de depressão. Lembro-me, e uso como outro exemplo, dos casos de drogados com o LSD que queimavam os olhos quando em uma “deformada atitude psicológica de excessiva abertura” demoravam-se olhando o sol. Este excesso de luz queimava suas retinas cegando-os como profeticamente afirmou Pascal dando-lhes, pela lesão dos olhos, um sentido filosófico mais profundo, a consciência pratica de que o excesso de luz cega.

Simbolicamente a excessiva “abertura” da mulher e do homem imoral, é a fonte do vicio, o poço da morte venérea.

Drogas injetadas também criam um atalho, um caminho que evita as defesas naturais, com conseqüências que nem sempre se conhece ou se considera em profundidade, introduzimos assim, pela cegueira, no sangue, substancias nocivas. O cigarro faz um gradativo bloqueio às defesas naturais das vias aéreas. O vírus da AIDS parece ser um especialista em confundir o instinto genético dos anticorpos, tal como o indiferentismo conceitual parece destruir as defesas da personalidade, às vezes de maneira tão profunda que altera a identidade sexual do indivíduo.

Hoje na ciência da informática, como outro exemplo, sabemos que “um vírus” pode destruir a lógica e a “INTELIGÊNCIA DOS COMPUTADORES”. Mas o que mais me chama a atenção são as quebras propositais de defesas por via ideológica, que parecem repetir uma cegueira artificial criada nos homens modernos pelo excesso de suas “luzes” que é a perda da humildade diante dos grandes mistérios da criação, da vida moral e social, assim como da natureza. Sem falar de uma miopia diante das leis divinas.

É esta atitude “rebelde”, pessoal ou coletiva, que odeia a simples aceitação de um limite, esta “licenciosidade” psicológica e moral, este auto liberalismo que chamo aqui de deficiência-ideo-imunológica que tem, intuo eu, psicologicamente e organicamente fortes vínculos com o fenômeno da AIDS, principalmente naquilo que diga respeito à sua propagação ainda que, tenha uma origem virulenta e orgânica. Intuo, também, e ouso afirmar, que a cura e o controle da doença, estarão no aumento das defesas, morais (em primeiro lugar), assim como no aumento das defesas citológicas, numa seqüência de elos indissolúveis e às vezes invisíveis.

A AIDS se transmite sexualmente, a degradação de todos os valores morais se transmite também sexualmente, a vida, na nossa espécie, se transmite sexualmente. Sem uma defesa não se obterá a outra, sem uma cura não se obterá a outra. Sem devolver os “instintos de defesa” dos anticorpos, esta capacidade de reconhecer geneticamente seus inimigos, e sem devolver a “lúcida” capacidade de reconhecer os inimigos da sadia moralidade não se conseguirá nem a cura da AIDS nem a cura da sociedade, nem ao MENOS a cura da nação brasileira e de outras pequenas nações, vítimas da economia globalizante, que, por sua vez, nada mais é que a destruição dos indicadores de limites econômicos e perda sensível dos reconhecimentos (códigos) dos interesses de sobrevivência nacionais tidos como fonte ontológica da nação, e das nações, e entendidos como legítimos mecanismos de defesa da “EGO-NACÃO- BRASILEIRA”.

Wallace Requião de Mello e Silva
Psicólogo, pesquisando a Imuno-deficiência-ideológica e a degradação da vida, dos valores, das famílias, das nações.



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Nosso Blog teve esse desempenho entre 27 de outubro e 27 de novembro.


Nosso Blog sobre Psicologia teve no seu primeiro mês de existência o seguinte resultado: 265 visitas ( IPs) vindos de 23 cidades. Nada mal pra um mês de existência. Obrigado pelas visitas.
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mercredi 26 novembre 2008

A Metafísica.

A metafísica.

Já falamos algumas vezes em metafísica nesse nosso Blog. Mas o que é? Faremos aqui apenas uma introdução, de tal modo que possamos saber onde estamos pisando ao nos referirmos à metafísica. Uso como base o texto do Curso de Filosofia da Escola Mater Ecclesiae.
A metafísica é campo da Filosofia. É considerada a mais alta meta do saber filosófico. A palavra deriva do termo grego ta (metà ta physikà) termo inaugurado por Andrônico de Rodes no primeiro século antes de Cristo quando esse editou as obras de Aristóteles,. Colocando o tratado de Aristóteles do “Ser como Ser” após ( metà =além de) os estudos sobre a Natureza, o mundo físico ( tà Physikà). Nessa feliz classificação Andronico de Rodes é muito preciso pois a inteligência após considerar o mundo físico, se volta para os objetos que escapam a experiência.
Assim, classicamente, o tratado que estuda as realidades que escapam a experiência são basicamente de dois tipos:
1) Aquelas realidades que não comportam matéria alguma: Deus, por exemplo, donde deriva o tratado da Teodiceia ou da Teologia Natural.
2) Aquelas que são comuns aos seres materiais e imateriais, são consideradas em seu mais alto grau de abstração: O Ser, A Causa e a Substância. Donde se origina o tratado da Ontologia.
3) Além dessas duas partes principais a metafísica comporta a sua Critica, ou a Teoria do Conhecimento, como é chamada.
4) A metafísica tem sido depreciada injustamente especialmente depois que Kant (1804) a tachou de Ilusão Transcendental. Segui-lhe no ataques Augusto Conte (1857) que a declarou obra da Imaginação. Embora nem um nem o outro tenha solucionado as questões propostas pela Metafísica. No ultimo texto disponibilizado nós vimos à fuga do comportamentalismo, destas questões a ponto de negar a consciência. Muito cientista da psicologia impossibilitados na analise dos fenômenos internos do homem julgaram e divulgaram que uma vez fossem ultrapassados os limites das ciências empíricas, o estudo da alma se veria diante do nebuloso inacessível a razão. Se for assim, muito dos objetos da Psicologia moderna extingue-se. Pois tal modo de pensar ignora a índole da inteligência humana. Esta é capaz de aprender na realidade sensível. Um aspecto espiritual, que ultrapassa a matéria, mas guarda solido apoio com a realidade (DEB. OSB) Tal objeto é o mais elevado e o mais nobre e o que mais corresponde às exigências do nosso espírito sequioso de ir ao âmago da verdade ou de investigar o porquê dos porquês, assim as ciências Naturais estudam as causas dos fenômenos observáveis; a Metafísica vai além e investiga o próprio conceito de causa. As ciências naturais procuram a verdade enquanto evidência: a Metafísica estuda o que é a verdade e como a distinguir do erro, na verdade o valor da verdade, a interpretação da verdade, assim a Metafísica também fala de Deus, a suprema Causa, o Motor e origem de tudo que é humano no homem, abstraindo, porém da fé, para ficar no plano da razão. Se atém à Filosofia, na fronteira da Teologia. E onde fica a Psicologia enquanto ciência do Homem, naquilo que é próprio do Homem, e não do homem enquanto animal. Nos não defendemos uma psicologia médica, como um apêndice da psiquiatria, nem uma psicologia do comportamento, como um apêndice da fisiologia e reflexologia nós queremos uma psicologia ligada a sua idéia inicial, à Ciência da Alma, o estudo da Psyquè grega, da “evidência fatual” do invisível no homem visível.

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dimanche 23 novembre 2008

A Psicologia de Avicena.

A Psicologia de Avicena.

“Deus Se revelou ao homem comunicando-lhe pouco a pouco o seu Mistério, por meio de atos e palavras; e, de modo definitivo e pleno enviando-lhe seu próprio Filho.”
Interessante essa frase que lemos acima: ela nos fala do “invisível” comunicado ao homem; que por sua vez reconhece o “invisível” por ser ele também, em parte, uma realidade “invisível”, porém essa comunicação importante se torna objetiva no Verbo Carne, no Filho Único de Deus.

Ora, o que nos ensina em termos de Psicologia essa sutil, profunda e reveladora afirmação?
Vejam o que encontramos em Avicena: “Influenciado pela doutrina de Galeno, encontramos nascido em Afsana, na Pérsia, o médico Avicena. Foi sem sobra de dúvida uma autoridade em medicina (nunca li os seus trabalhos) e conhecia os trabalhos de Aristóteles e Galeno. Dizem os cronistas de Avicena que tudo que se podia saber sobre o homem e seu corpo e sentidos esta contido em suas obras, principalmente no Canon.

Para Avicena o mundo estava dividido em matéria e espírito; enquanto o primeiro seria objeto do estudo do físico, o segundo seria tema da meta física (o que vai além da física). Todavia dizem os cronistas que sua obra, vai revelar a sua visão sobre a psicologia, justamente em um capitulo sobre a física (visível) na sua obra enciclopédica conhecida como Kitâb Assifâ, que discute também a metafísica, a lógica e a matemática.

Dizem os cronistas que apesar de Avicena se esforçar para definir a existência de um campo preciso para a psicologia, o que ele acaba propondo é uma forma de vitalismo fortemente influenciado por Aristóteles. Ele parte do principio de que há algo que se poderia chamar “poderes” da alma e cuja explicação não estaria nem na física, nem ao menos na metafísica. Seu principal argumento nessa tese, dizem os cronistas, é a de que o movimento voluntário e a percepção nãos são funções da matéria (há uma força coesiva e ordenadora sobre a matéria que denuncia uma certa sabedoria voluntária, que resulta no aparecimento da vida, e posteriormente da razão. Não podendo reduzir-se a alma à matéria e movimento, (movimento= toda matéria vibra, em movimentos oscilatórios sutis, matemáticos e constantes que ordenam os átomos em moléculas e moléculas em “seres”. A vida se traduz pelo movimento mais amplo, com trocas menos sutis, mas tem por base, as vibrações da matéria; a vida racional, tem ainda maior liberdade de movimento, porém ela, também sofre uma força de coesão, sem a qual ele perde a razão, e regride ao animismo, ao “animal ismo”, e essa força interna, própria do funcionamento da razão, é a Moral, ou seja, aquela lei inscrita no coração dos homens, de todos os homens, desde sempre. Assim, para Avicena, dizem os cronistas, a psicologia teria por campo de estudo a analise e classificação dos poderes anímicos (movimentos visíveis) que para ele se dividem em três grupos anímicos (dê anima): vegetativo, animal e racional. (na racionalidade estará à luz de si mesmo (a consciência de si) em contexto cósmico ou sentimento de pertença a uma vontade maior e racional). Mas, continuam os cronistas de Avicena: Quando estamos quase a supor que Avicena nos oferecerá uma perspectiva diferente de Aristóteles, ele afirma que a alma esta unida a matéria, acabando por elaborar uma analise puramente física da vida sob a forma do vitalismo (ou animismo). (Avicena viveu entre 980 e 1037 dC).

Não parece difícil entender que só há duas correntes possíveis, ou a inteligência, consciência e razão no homem nasceu do seu interno, ou nasceu de um projeto externo que o moldou assim, uma corrente desembocará no evolucionismo acidental, a outra no criacionismo proposital. A terceira via, é a via da mixagem das duas primeiras, admitindo a gradativa revelação da inteligência absoluta e divina (invisível), ao homem, pelas vias do visível. O que nos leva de encontro aquela curiosa afirmação lida acima na introdução desse texto. Porém a liberdade e voluntariedade dos movimentos de Deus (O Verbo é a palavra que expressa à ação) não pode estar sujeita á matéria, nem depender dela para a sua manifestação, portanto estará fora do universo material, energético, ou quiçá o que seja, pois Deus é inteligência livre, primeira, que não teve começo nem terá fim. Assim se o homem precisa do visível, como já dissemos naquele conto, nesse Blog, da “Reunião Cósmica dos sentidos”, onde percebemos que o Verbo se faz Carne e Habita entre Nós, pela necessidade dos homens. Exatamente como lemos acima (Deus se revelou ao homem em atos e palavras, comunicando-lhes aos poucos, pouco a pouco o seu Mistério, e de modo definitivo e cabal enviando-lhe o Seu Próprio Filho).

Por outro lado, ao observarmos o desabrochar da vida humana, desde sua concepção ate a idade adulta e morte, vemos que daquelas duas células iniciais, uma lei invisível, vai ordenado o nascimento de muitas células, que vão se especializando em tecidos diferenciados, e ordenando-as em um ser humano vivo, completo, cujas luzes, também de forma invisíveis vão sendo preparadas, em Dons, habilidades, lógicas de reconhecimento de si mesmo e da razão das coisas, portanto, naturalmente vai "se" percebendo dentro de regras físicas (necessidade de ar, de locomoção, comida e bebida), mas, também vai "se" percebendo dentro de outro tipo de regras invisíveis, morais, que determinam a convivência como os outros seres, e outros humanos. Incluindo nessa, digamos jurisprudência interna e invisível, o reconhecimento de Deus. Se negarmos a Deus, produzimos à Ética, um pacto social do homem com o homem na sua filosofia de convivência, se cremos em Deus, encontramos as Regras de Convivência como Moral Revelada, obra mais perfeita, pois divina, inscrita no coração do homem. A moral é tão imperiosa quanto àquelas leis invisíveis que determinem na formação do corpo humano, desde a sua concepção, um ser humano perfeito, cabal, assim do mesmo modo, que uma intervenção nessas regras, deforma irremediavelmente o individuo no seu corpo físico, o mesmo ocorre no Corpo Moral. Onde concluímos que a Psicologia é a ciência da Moral.

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samedi 22 novembre 2008

Elementar, meu caro Watson.

Elementar caro Watson.
Porque Deus é quem opera em vós tanto o querer como o efetuar. (Felipenses: 2,13)
Um dos importantes livros que um estudante de psicologia deve ter ao alcance da mão é o “Teoria e Sistemas em Psicologia” editora Cultrix, autoria dos psicólogos norte-americanos Melvin Marx e Willian Hillix.
Ali lemos que John Broadus Watson (1878-1958) considerado um dos iniciadores da chamada psicologia experimental, ou Watsoriana, teve que enfrentar um quesito, que de resto já se deixava de lado, por inoperabilidade, ou seja, a rejeitada unidade corpo espírito. Lemos ali : “A solução do problema mente corpo proposta por Watson constitui o próprio âmago do que tem sido chamado behaviorismo (comportamentalismo) radical ou metafísico. (vejam o jogo das palavras para negar a Inteligência e presença de Deus).Historicamente, a questão mente corpo teve importância considerável, especialmente no que diz respeito à controvérsia sobre o comportamentalismo. Há dez anos, a questão parecia estar morta e não se prestar mais a controvérsias, com a posição comportamentalista (amoral) dominando completamente, pelo menos no campo da psicologia. Hoje a questão foi reanimada (Wann 1964) pelo fenomenologistas e existencialistas, e a inexputabilidade total da posição comportamentalista é novamente alvo de debate. Não obstante concordamos com o ponto de vista mais fraco (?) (que Watson subscreveu por vezes) segundo o qual não existe, atualmente, uma metodologia adequada que possa fazer da mente um objeto direto de estudo.
É lamentável (diz o autor) que a ênfase dada por Watson à questão mente corpo tenha contribuído para preservá-la como um problema para a psicologia. Séculos de esforço filosófico pouco produziu de valor (opinião do autor) cientifico no tocante a esse problema filosófico (negação da moralidade no homem). Ninguém formulou um conceito de mente (diz o autor) em termos tais que requeira a atenção dos cientistas; o único significado legitimo para fins científicos (diz o autor) é o de um constructo, o que quer dizer que a mente não tem um status único como objeto de estudo. ( continua) As questões científica são , fundamentalmente questões de fato ( o fato moral determina, freia , inibe, libera o comportamento, num sistema auto regulador superior dizemos nós); isso ( diz o autor) significa que deve existir alguma base empírica para aceitar ou rejeitar os enunciados, com o resultado conseqüente de que esses resultados ganhem aceitação cientifica ou sejam por eles rejeitados. Ainda não existem enunciados fatuais sobre a questão mente corpo (diz o autor). Se surgirem, eventualmente, dados empíricos, que exijam a formulação de um conceito como o de mente (o autor nega o conceito essencial da palavra psique) para seu exame e explicação, a mente passará então a ser objeto e campo dos estudos da psicologia (compreendem onde ele patina?). Hoje não estamos sequer em posição de formular perguntas cientificamente úteis a respeito da mente, para não falarmos já em soluções. Enquanto não existirem dados pertinentes, o psicólogo continuará estudado o que puder estudar, sem se preocupar com a sua classificação ou relação mente e corpo (o autor faz uso de um mecanismo de negação). Contudo os comportamentalistas confessos, sentiram a necessidade ( fracasso de suas formulações sobre o determinismo de valor humano) de adotar uma posição mais positiva. Não desejam estudar a consciência, ou a mente (muito menos a alma,) e, porquanto, queiram negar a sua importância, e isso só poderia ser feito se aceitassem uma posição mais adequada, na questão mente corpo. Duas posições entre as existentes que se ajustavam melhor aos seus propósitos. Primeiramente uma atitude epifenomenal (o autor nega o funcionamento de sua própria consciência na analise do proposto) que implicaria que a consciência não tem eficácia causal, portanto, seria de escasso interesse para a ciência (como se ela existisse sem os homens e suas consciências); a consciência podia ou não acompanhar os eventos corporais e seria de pouca importância (?). De acordo com essa posição a mente teria um papel compatível ao de uma sombra; amiúde, mais não sempre, acompanharia e seguiria mais ou menos o contorno do objeto físico (corpo) com a qual esta relacionada, mas em si mesma não tem substância alguma, e não suscitaria efeito causal sobre os objetos físicos que a produzem (isso é não interatuaria). ( ate aqui, já se pode esboçar, no nosso entender uma linha clinica para o paciente, no caso o autor, dissociação, caso seja essa a sua vivência).
Em segundo lugar (diz o autor) um monismo completamente físico negaria a própria existência da mente e, desse ponto de vista, serviria admiravelmente aos propósitos do comportamentalismo (pagina 235). (ou seja, dizemos nós, o homem enquanto objeto da psicologia seria destituído de” mente”, de consciência, enquanto o cientista operando a ciência, não percebe que a usa, seja como mente, seja como consciência, seja como alma)”.
Assim podemos ler em Watson: “Será postergado, em psicologia, um mundo de puro psiquismo, para usar os termos de Yarkes? Confesso que não sei. Os planos que eu mais favoreço para a psicologia experimental, levam praticamente a ignorar a consciência, no sentido em que o termo é usado hoje (ontem) pelos psicólogos. Virtualmente neguei que esse reino do psíquico esteja aberto a investigação experimental (o invisível) No momento não desejo ir mais além (do visível), pois cairia inevitavelmente na Metafísica. Se ao comportamentalista for concedido o direito de usar a consciência tal como os outros cientistas naturais- isto é, sem fazer da consciência um objeto especial de observação- terá sido concedido tudo o que a minha tese requer”.
Ora, há ai alguma dificuldade em compreender onde deseja chegar Watson, pois ele propõe a negação da mente, da alma como diriam os antigos, na verdade ele imagina que podemos declinar da luz da consciência, o que significa negar que somos por essa luz divina imagem e semelhança de Deus Verbo (pai= vontade e inteligência), e somos amalgama de corpo em espírito ( semelhança de Deus Filho). É justamente isso que nos diferencia e distancia dos animais.

Porque Deus é quem opera em vós tanto o querer como o efetuar. ( Filipenses: 2, 13). Elementar.

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vendredi 21 novembre 2008

Galeno, o pai da pseudo psicofisiologia.

Psicologia do Cabo ao Rabo.
Lembra-te a tua vida nada mais é do que sopro.
Interessante, quando lemos um texto de cem anos, não nos damos conta que aquela personalidade e inteligência muitas vezes já faleceu há cinqüenta ou sessenta anos. Morta ela ainda fala conosco, argumenta, explica, demonstra. É curioso o fenômeno, aqueles rabiscos no papel nos falam duzentos ou trezentos anos depois, ou nós, ouvimos? Essa distância, com a base física da escrita, a base cultural (social e transmissível) do entendimento daquela escrita, e uma base que nunca se soube se de fato é fruto do físico, do orgânico, embora seja e é suportada pelo físico. Até aqui estivemos falando em vida como um sopro. Se pensarmos um pouquinho que um homem passa semanas sem comer, dias sem beber, e minutos sem respirar, haveremos de compreender, que os antigos, respeitavam essa hierarquia, e via-se no invisível ar, mais importância do que o comer e beber. Mas há outro tipo de “contato” que vai além do trocar energias com a comida e a água e o ar, é outro campo, o campo do sentir, do ouvir, do produzir ruído (gutural, sinestésico, e ou mental), Hoje muitos psicólogos analisam e pesquisam as conseqüências imediatas da privação ou diminuição dos sentidos, e sua conseqüência no raciocínio, orientação, reflexos, personalidade, etc. Ora, isso não é novidade, e parece não ter sido também, na mais remota antiguidade. Assim muito se fala em Galeno (131-201 dC), médico grego que seria considerado o pai da fisiologia, para muitos da psicobiologia. Na verdade eu nunca li o tal Galeno. Duvido que seja capaz de lê-lo em textos originais, menos ainda de compreendê-lo. Assim, de ouvido, de narrativas e interpretação do que alguns chamam de galenismo, nós vamos, vejam o absurdo, fazendo ciência, na base do “ouvi falar que”. Bem, mas Galeno parece ser a personalidade médica que deslocou do coração para o cérebro o centro das atenções. Foi, dizem a maior autoridade sobre a medula, e nervos, o que não significava que soubesse como e de que maneira funcionassem. Ou seja, sendo um tanto grosseiro, eles por não compreenderem como estudar o invisível, desmontavam a maquina humana visível, ou seja, pela dessecação observavam como funcionava o organismo humano, sem, todavia se preocuparem com o “Software” daquele organismo. Neste ponto ocorre uma divisão de objetivos na ciência médica, mas que ainda acompanha, pode-se dizer a interdependência do Hardware do Software, ou seja, as velhas idéias da interdependência do corpo e espírito. Vejam que ainda hoje esta questão permanece, digamos insolúvel. Embora me pareça lógico, que sendo o homem criatura, ou seja, não é o criador de si mesmo, possamos dizer e perceber, que essa inteligência invisível, que existia antes de nós, e existirá eternamente, é fonte primeira, é “plasma”, é origem do corpo e da vida. Assim, dizem os autores, que também para Galeno era perceptível que todos os problemas de alteração da saúde e do comportamento tinham por base a fisiologia, embora primitiva. Todavia, Galeno não havia notado que também o comportamento, alterava a fisiologia e a saúde, pois essa reversibilidade é que nos dará com o tempo a noção de somatização. Para Galeno, dizem os que dizem tê-lo lido que ele então faz uma combinação de fisiologia com pneumatologia, ou seja, o sopro, invisível, como os humores visíveis. Essa posição dizem os pesquisadores permanece ate o final do século sexto. A posição de que todos os problemas que afetavam o comportamento eram fisiológicos, para alguns autores vai ser sustentada por dezessete sáculos. E seria discutida por Bichat; Brroussais; Augusto Conte e Pinel. Daí que a solução para os problemas de saúde seriam fornecidos pela fisiologia que era assim, algo como uma economia dos humores, donde as dietas ganham importância, e a raiva, o prazer, o medo e a esperança se convertem em condições do equilíbrio corporal. Vejam que não andamos muito depois de tantos séculos. Mas vamos supor, na analogia que desenvolvemos acima, entre o hardware e software, que tivéssemos descoberto o Bluetooth, uma comunicação direta via éter, via espaço, via o invisível. Agora, já não tínhamos somente o sincronismo necessário e absoluto das vibrações do coração (sem o que a vida se vai) nem os líquidos que correm levando os sopros, nem as sutis químicas dos mediadores químicos em contacto entre dendritos e axônios, nem os arco reflexos conhecidos desde Aristóteles como irritabilidade (que se mantinha nas rãs mortas e outros animais, mas temos agora uma possibilidade ordenadora e comunicadora, como diríamos: energética, magnética. Ora se pessoas se comunicam à distância, neurônios também se comunicam como as pessoas, por contacto e à distância, em fenômenos de indução, que parecem indicar uma relação com o pensamento, a inspiração e a inteligência. Ficamos diante da tentação de mistificarmos a conseqüência dessa comunicação à distância. Imediatamente formamos uma hierarquia de emissores, e de técnicas de comunicação e linguagens de comunicação. Ora, foi assim, primitivamente que se estudou a palavra, e também daí surge a idéia de personalidade (aquele que “per-sona”, ou seja, que soa através). A personalidade é a manifestação sonora, tônica e postural de um ser em relação ao outro em comunicação. Mas a palavra, o contacto, a proximidade, a estimulação sensorial e o fenômeno indutor e dedutivo encontrado na comunicação, não explicam o mistério total do homem, enquanto ser consciente de si mesmo, ser moral (movido por valores), e ser religioso, ou seja, tendente a se ligar (com o meio físico, com o meio relacional humano, social – e com o meio invisível, imaterial, intocável, moral). Quem é esse ser que soa através de, comunica-se à distância, se reproduz, e se comporta no mundo social? O que comunica? Porque comunica? Para que comunica? Qual o sentido do seu viver tão efêmero? Veja que não estamos no campo da fisiologia. Assim, pense nessa simples afirmativa: “O desejo de Deus esta inscrito no coração do homem, porque o homem foi criado por Deus e para Deus. Pela Fé o homem vai de encontro a Deus que se revela.


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jeudi 13 novembre 2008

O que é a Saúde?

O que é a saúde?

Como podemos falar em saúde mental se não sabemos o que é a Saúde?
O tema é vastíssimo. Podemos começar afirmando que saúde não é doença. Ora mas então o que é a doença? A morte é doença? O sofrimento é doença? A velhice é doença? O que é então essa curiosa antítese da saúde? Será ela apenas a sensação de que houve uma grande alteração no desempenho do individuo como um todo, ou de uma de suas funções em especifico? Vejamos o que dizem os manuais.
Bem saúde é um substantivo feminino que designa um estado de uma pessoa cujas funções estão no seu estado normal. Ou não se acham perturbadas por doença alguma: saúde se traduz por vigor, qualidade do que é sadio ou são. Entendida quase sempre como vigor, força física, conservação de suas energias e bem estar, higiene, assepsia, ideal das funções orgânicas do individuo. Um estuprador, ou homicida, está no vigor de suas funções, mas doentes da alma. Como você vê, as definições carecem aprofundamento.
Você notou que sublinhamos a palavra funções. Ora todos parecem aceitar como senso comum, que cada órgão tem sua função, e, portanto finalidade a cumprir. Ora sendo o corpo Humano um conjunto de órgãos, podendo ser entendido como organismo vivo, há que se perguntar: qual é a sua função? Ora, sendo o homem portador de diversas funções que os distinguem de todos os outros organismos vivos, incluindo a consciência de si mesmo, a comunicação altamente elaborada, e o conhecimento de Deus, a pergunta se for respondida, nos leva de imediato para a compreensão do homem na sua função social e religiosa. Ora então há um estado de saúde social, além do simplesmente orgânico, e um estado de saúde moral, ou se preferirem um estado de saúde religiosa (re+ligare= religião). No preciso sentido de não cumprir as funções destinadas a serem cumpridas por ele enquanto individuo aos desígnios de Deus? A coisa é sutil, delicada, porque passa pelo conceito de finalidade funcional de cada ser vivo no conjunto dos seres vivos, e no caso do homem o seu Fim Ultimo, a finalidade de sua vida enquanto ser diferenciado de todos os outros, pela vida interior e pela capacidade de comunicação dessa vida interior. Mas vamos nos manter por aqui, ate que possamos dar outro passo.
Doença também é um substantivo feminino: define a falta de saúde, desarranjo no organismo, perturbação, alteração, perturbação das funções orgânicas; moléstia, enfermidades, doença mental (da alma como já se disse). Disfunção dos órgãos. Sendo assim o doente é o individuo que sofre de uma perda de saúde, que tem a saúde alterada, que sofre ou padece algum mau moral, que se sente débil, fraco, que é sujeito a enfermidades constantemente, que tem suas defesas orgânicas e morais enfraquecidas, que é vitima de vícios. Assim se entendermos o indivíduo como um ser orgânico em sociedade, podemos perceber como saúde sua adequação em sociedade, sua comunicabilidade, sua contribuição social, sua responsabilidade consigo mesmo e com os outros membros da sociedade, o seu vigor em cumprir suas funções sociais. Agora, se o entendemos na subjetividade de seu mundo interior, funções do intelecto, haveremos de supor, no caso de doença, que encontraremos disfunções da comunicação, da memória, da consciência de si, de suas relações com o mundo em seu entorno, de harmonia do pensamento, da percepção, da solidariedade, do sexo, da consciência do próprio corpo, da liberdade de escolha, da tomada de atitudes, de defesa e ataque e de suas concepções de Amor e Ódio. Todavia se há um determinismo da vida sobre o homem enquanto organismo vivo, e se há um determinismo sobre o homem enquanto individuo em sociedade, haverá também de haver um determinismo sobre o homem enquanto individuo dotado de alma, de luz interior, sujeito àquela “Vontade e Inteligência Criadora”, anterior a sua própria existência, da qual somos apenas reflexos. Então, só como hipótese, o homem pode sim ter perturbações da moral, da alma, do espírito e estar enfermo do Amor de Deus. Sim a doença da psique pode ser o reflexo imediato da disfunção espiritual do homem. Todo profissional de saúde minimamente experimentado já testemunhou o fenômeno de somatização. Ora, sabemos que distúrbios emocionais podem provocar diversos tipos de reações orgânicas, e igualmente diversos tipos de reações orgânicas podem causar distúrbios emocionais. Sendo assim, o tão famoso pitiatismo, é um fato relevante na saúde do individuo, e não algo que deva ser desprezado. No longínquo passado, Aristóteles ao estabelecer a relação substancial entre corpo e alma, sendo ambas substancia já se expressava ou delineava a compreensão dessa interligação, se atinge as disfunções agindo sobre suas causas e também sobre os seus sintomas, ou seja, através do orgânico pura e simplesmente, ou através do psíquico. Um médico experiente dirá contrapondo-se: o vírus da AIDS não é uma realidade psíquica. Não o vírus não é, mas a baixa moralidade, a baixa imunidade, o baixo nível do instinto de conservação é um fenômeno psíquico que expôs o individuo vitima de um vicio moral, à AIDS.
Não vamos polemizar. A psicologia, na verdade, começa a retornar ao conceito de doença espiritual no homem. A Psicologia começa a reconhecer que há uma saúde moral no homem, que se manifesta pela disfunção do julgamento moral. A Sociologia, depois de muito trilhar nas suas pesquisas se rende a noção de que no fundo, na essência do comportamento social esta a sociabilidade e a anti-sociabilidade, ora então, também ai pode-se falar em uma doença social, e uma saúde social, quando a sociedade é forte, coesa, sócio funcional, e viva. O oposto nos indica a disfunção da sociedade e a ausência de saúde social. Para que servirá a sociedade, considerada desde sua célula natural - a Sociedade Doméstica- se ele não gerar seres humanos, deles cuidar na solidariedade e respeito, na moralidade e sociabilidade, no amor e nas trocas afetivas qualitativamente funcionais? Assim igualmente, como a Macro Sociedade se origina e desabrocha dela, da Sociedade Domestica, de que nos valerá?


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A Revelação.

A Revelação.
Do céu (invisível) para a terra (visível) e da terra para o céu.

O que escreverei aqui me ocorreu quando ainda estudava Teologia com os padres Claretianos em Curitiba. É uma “estória”; uma imagem síntese do que tinha sido o meu aprendizado naquele primeiro ano introdutório ao estudo teológico. Embora uma “estória”, marcou-me profundamente no sentido do entendimento do papel do psicólogo enquanto profissional. Aristóteles já havia dito que nada há no intelecto, que não tenha passado pelos sentidos. Ainda que incompleta a tese, ela nos indica algo muito importante, os sentidos, e as alterações nos sentidos, podem sim alterar o intelecto com reflexos imediatos no contexto da personalidade. Os sentidos, o que são eles? O que é a sinestesia?

É o seguinte: Sete homens se reuniram, na primeira reunião cósmica. Os cinco primeiros tinham sentidos privilegiados. Um possuía um olfato capaz de sentir o cheiro do vazio e do escuro. Outro possuía olhos que viam o invisível, ou seja, via além do que normalmente vemos. Outro ouvia o estalar das labaredas nas estrelas e o canto produzido pelo movimento dos astros. Assim os cinco sentidos, em reunião foram incumbidos de esquadrinhar o Universo. Foram, pesquisaram, e voltaram. Relataram tudo ao sexto homem. Esse tinha uma mente, um cérebro orgânico que se equivalia à soma das inteligências de todos os homens que existiram e existirão. Uma mente lógica e insuperável. Pois bem, essa inteligência privilegiada examinou tudo que os sentidos lhe haviam relatado dos mistérios da natureza e do Universo percorrido, e ele se pôs a avaliar. Passado o tempo necessário ele solenemente concluiu: Passarão os milênios, numa busca sem fim, e os homens todos não serão capazes de arranhar sequer a verdadeira natureza do criador. Oh!!! Disseram os seis homens privilegiados em sinal de aprovação. Porém havia o sétimo homem, e esse se calara. Quando todos se acalmaram com a análise filosófica da conseqüência de tais descobertas, o sétimo homem, então, pediu a palavra. Seu nome era Humildade.

Como todos sabem a humildade é a verdadeira medida de si mesmo, nem mais nem menos. Esse sétimo homem não tinha privilegiados sentidos, nem uma mente descomunal, nem tão pouco se gloriava de Luzes, para ser um LED, um guia, um líder. Todavia disse: Senhores membros da “Consciência Cósmica” se os homens passarão os milênios em busca da verdadeira natureza da vontade e da inteligência criadora do Deus Absoluto e não a encontrarão, posto que nos é impossível, antes de tomarmos qualquer decisão, ou definição, para a Urbe e o Orbe ( cidade e o mundo), não seria mais prudente acreditar e perceber, como testemunha o nosso mais profundo conhecimento de que se nos é impossível, para Deus, do qual acabamos de testemunhar que nada é impossível, também não seria impossível para ele vir ao encontro dos homens e revelar-se. Sim Deus por amor dos homens, se curva sobre si mesmo e vem ao encontro dos homens com suas luzes, de tal forma que aquilo que era impossível sem Ele, como a vida, a inteligência e consciência humana, a consciência cósmica, se revelem por iniciativa dele aos homens na medida que lhes é necessário conhecê-lo, para que possamos cumprir melhor, conhecendo-o, os seus escondidos desígnios de criador de tudo. Por alguns instantes todos silenciaram, pois a humildade tinha razão, isso era possível, só restava saber por que Deus o faria. Ora respondeu a humildade: porque Deus nos está inspirando esse questionamento, e se nos inspira, Ele também nos responderá.

Convenhamos a nossa humildade novamente acertava na mosca.

Assim, muito diferente de supor que o homem introduzia na história da Filosofia a noção de REVELAÇÃO, pelo contrario, Deus dava aos homens luzes para que eles fossem descobrindo a sua vontade e planos sobre os homens. Sendo assim, em Gênesis lemos que no inicio era o VERBO. Ora, o verbo é palavra que expressa ação (cinestesia), no caso dos homens ação essencialmente humana, ou seja, racional e moral, cheia de valores reguladores do agir humano, e no caso de Deus expressa a Ação Perfeita, a vontade inquebrantável e imperiosa do ser. Eu sou aquele que é. Pois bem, mas leremos que os homens no geral estavam sujeitos as sutilezas de interpretação dos planos de Deus, por isso Deus (O VERBO) se fez carne, na humildade, e habitou entre nós. O Deus homem, instrumento perfeito, e pessoa (segunda) da natureza divina, tem agora como falar aos homens objetivamente, na justa medida de si mesmo, e mostrar-lhes “o para que da existência”. O Céu (a fonte da consciência e identidade humana) invisível e intangível desce aos homens, para revelar o Céu, para tornar o invisível mais visível na humildade do ser, na pertença do ser, na dependência do ser, na sujeição do ser à divindade. O Deus ( O VERBO primeira pessoa) invisível, o Deus carne ( O FILHO - pessoa visível) e o Deus Espírito Santo ( terceira pessoa que emana do invisível e do visível, do Pai e do Filho, audível de alguma maneira no coração humano e inspirador da ação humana no que lhe é essência de ser o humano) se revelam ao homem. Ao homem que não poderia encontrá-los, nem procurá-los, se essa procura não lhes fosse inspirada. O homem então, “sem o saber”, vem se preparando para o Céu, para ser um cidadão do espírito, do invisível, do eterno, do infinito, embora luminoso (e lúcido) amor de Deus. O Amor de Deus veio resgatar o homem da bestialidade animal em que caíra (vejam que aqui temos a doutrina da queda, o homem ao julgar-se criador de si mesmo, cai, desobedece para poder dizer a si mesmo que ele é, ele próprio julga ser obra humana, ou da sociedade humana, o que é o mesmo que dizer que ele criou as regras da vida, da liberdade, do existir e da morte. Imperfeito o homem, só poderia, como imperfeito que é gerar coisas e idéias imperfeitas, e isso destrói a fé e a esperança no perfeito, no correto, no certo.


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lundi 10 novembre 2008

" De Anima e Pneuma".

De Anima e o Pneuma.
Lembra-te tua vida nada mais é do que um sopro (Livro de Jó).

Aristóteles atribuía ao coração o centro da vida anímica. Dois séculos antes de Aristóteles outro pensador grego, Anaximenes de Mileto (550-480 AC), filosofo da escola Jônica, via no ar o principio da vida. Anaximenes estabelecia uma relação entre a respiração e a vida, e no ar (pneuma) ele enxergava a “arché” (arque) o principio originário de todas as coisas. Arqueologia, por exemplo é palavra que deriva de Arché (arché-o-logy). Assim arquétipo (arché-type) é o protótipo de todo o ser. Em Aristóteles vamos encontrar conceito semelhante, os “espíritos conaturais”, que sendo uma constante nos seus textos é determinante na chamada psicologia aristotélica. Tal conceito terá papel fundamental na história da psicologia. A concepção aristotélica permanece, segundo alguns autores, rigorosamente no interior de uma concepção materialista e fisico-biológica da Anima (Anima = movimento, o que move os seres vivos). Essa concepção é mecanicista. Para Aristóteles o espirito conatural se encontra em todos os seres vivos, e a sua sede é o coração. Para Aristóteles as veias estão cheias de sangue e pneuma (ar). O coração, então, pode ser concebido como um mecanismo sensitivo cuja função principal é transmitir os movimentos (vibrações) exteriores para o interior do organismo fazendo circular o ar (o espirito conatural , que para Anaximenes chamava-se pneuma), e que para Aristóteles parecia ser espirito conatural, isto é espirito (algo invisível) e conatural e necessário, tanto nos seres vivos, como nos inertes (Aristoteles parece acreditar que os corpos celestiais estavam suspensos no ar). Sendo órgão sensitivo, para Aristóteles, o coração, aumenta seus movimentos conforme circunstancia exteriores, o que, para o filosofo, indicaria ser o coração a sede da vida e da sensação.
As sensações seriam conduzidas desse modo para o coração através do sangue e do ar. Além dessa função vibratória no coração reside também, no dizer de interpretes de Aristóteles, o “Fogo Natural” que é o calor interno produzido e localizado no coração. Digo interpretes porque, tanto eu como muitos autores, jamais lemos textos originais em grego de Aristóteles, e atribuíam eles, como talvez também eu não atribua, o verdadeiro significado de seus termos, conforme o conhecimento e o valor que se atribuía a cada palavra ali usada. No entanto, historiadores da Psicologia parecem ver, e defendem, que essa teoria reaparecerá na história da psicologia como “doutrina dos espíritos anímicos” ou como também é chamada, na “Pneumatologia”. Segundo Ganguilhem, essa concepção aristotélica - fisicista – materialista, colocando a psicologia como ciência natural e médica, passa por Herófilo; Erasistrato; Galeno; Gall chegando a Broca e se revelam na psicologia moderna como psicofisiologia (consideradas tanto como Psico-neurologia como Psicoendocrinologia) e refletindo-se na concepção quase universal da psicopatologia como disciplina médica. Assim sendo Aristóteles concebia o coração como sendo a sede da vida nos seres vivos que habitam o mundo “inferus”, conforme já vimos em outro artigo. Essa interdependência articulada da física e metafísica, dependência entre o corpo e alma, entre sensação e intelecto, é que, forçosamente inclinara o estudo da psicologia em muitas de suas correntes como sendo campo da ciência natural ou biológica.


Wallace Requião de Mello e Silva Psicólogo.

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O "De Anima".

Aristóteles e o De Anima.

Muitos consideram o “De Anima” texto de Aristóteles (filosofo grego) como sendo um dos primeiros textos da ciência psicológica. A Psicologia, portanto deriva da Filosofia. Para outros, no entanto, seu conteúdo se aproxima muito de um texto de biologia. Disso origina-se uma discussão sobre se o objeto dos textos aristotelicos seria de um saber biológico ou psicológico e filosófico.
Segundo alguns, o De Anima, é dominado pelo que se poderia chamar de animismo biologista onde se procura explicar a unidade dos organismos vivos (uma ecologia animista) e o papel que teria a alma nesse contexto anímico. Aristóteles, segundo interpretações, procurou superar o dualismo entre o corpo (físico) e a alma (idéia) como fora colocado por Platão tentando provar a unidade substancial entre ambos. Para Aristóteles a base do seu raciocínio fundamenta-se em alguns princípios gerais como, por exemplo: Forma e Matéria e Ato e Potência. Observador arguto do mundo físico, Aristóteles, herdeiro do pensamento platônico, percebe a aparente fixidez e perfeição dos corpos estelares em contraposição com a mobilidade e imperfeição, multiplicidade e ate desordem do mundo telúrico (terral). Divide assim o espaço físico como se houvesse uma fronteira a dividir, em espaço sublunar (inferior=inferus) e supralunar (Superior= extraferus), conforme podia observar a olho nu, o Cosmo, o mundo físico à sua volta. Como reconhece o movimento (anima) de tudo, acredita haver um Primeiro Motor, um motor original a impulsionar (expansão), ou atrair (contrair), o movimento cósmico. Segundo o conhecimento de seu tempo, a mateira sempre representada pelos quatro elementos; (terra, água, ar, e fogo) estavam na base de tudo o que existe no mundo sublunar, e o mundo superior ou supralunar, como se podia imaginar, mais próximo do primeiro motor e a ele tendente, era dominado pelos corpos perfeitos; e eternos; e ordenados; e compostos do mínimo de mateira, como se imaginava eram os corpos celestes. Platão os imaginava vivos. Para Aristóteles, Ato e potência, e forma e matéria, se aplicam no mundo sublunar. Assim, para Aristóteles, cada corpo, cada animal, cada planta deve ser visto como uma combinação dos quatro elementos dentro de um paradigma de matéria e forma. (Hoje os cientistas querem reduzir o “inferus” (mundo sublunar à combinação de oxigênio, hidrogênio e carbono, o que não é muito diferente) A matéria que é para ele sempre composta pelos quatro elementos caracteriza-se ou diferencia-se pela forma. A Alma (anima = movimento = liberdade) é o principio de vida do corpo físico e a relação entre ambos é análoga, na filosofia aristotelica, ao esquema forma-materia-função. Assim para Aristóteles podemos conceber a alma (Anima = movimento) como potência e como ato. Enquanto potência, segundo Aristóteles, é “intelequia primeira” e enquanto ato é “intelequia segunda”. A Anima é, portanto a causa formal, motora e final do organismo ao qual esta ligada. Todavia essa interpretação é puramente física, porque era física e materialista a concepção Aristotélica. Assim a matéria e o movimento estão em mutua influencia, mas a iniciativa corresponde sempre ao movimento (anima) gerado, em ultima analise, pelo Motor Primeiro, ou pela atração do Motor Primeiro. Numa concepção puramente fisicista o Movimento (anima) seria cego e amoral, imprime-se como movimento apenas, sem intencionalidade ou objetivo, ou seja, o comportamento dos seres animados, incluindo o homem, é destituído de intencionalidade moral. Todavia se houver um único principio de conservação, ou seja, de conservação do próprio movimento, e por meio dele da vida, já haverá intencionalidade causal, e portanto um Morus, um modo, um objeto de ideal. Dito de outro modo, mais espiritualista (metafísico), ficaria assim: O corpo e a alma estão em mutua influencia, cabendo no entanto a alma a iniciativa, pois ela é gerada e atraída pelo Motor Primeiro (Deus). A potência contida na parte anímica se realiza e se atualiza na matéria. Essa dependência reciproca entre corpo e alma redunda em que a psicologia não pode ser reduzida a uma ciência da alma anímica (anima = movimento = comportamento) mas aponta para a necessidade do estudo do Motor Primeiro (Deus = Teoanimus = Teo Logus = Teo (Diceia), que é causa e intencionalidade do movimento (Verbo = vontade e intencionalidade de Deus). O verbo como sabemos é a palavra que exprime ação, movimento, e anima. No inicio era o Verbo diz a Sagrada Escritura. Assim, para os interpretes da psicologia aristotélica fisicista, que acreditam que a necessidade de estudar os organismos vivos e suas funções fez do “De Anima” um texto de ciência natural, ou uma ciência dos seres vivos, uma biologia enfim, contrapõem-se, no entanto, Franz Brentano para quem o De Anima aponta para uma Psicologia (estudo da Alma, da intencionalidade, da Teo Anima), pois o estudo do De Anima, do “movimento” aristotelico, chama a nossa atenção para que também os corpos inanimados sofram o movimento cósmico, (por impulsão ou atração) segundo leis do querer e da intencionalidade do Motor Primeiro. O De Anima visto desta maneira invade o campo da Metafísica (Além da Física = tà Metá tà Physiká). E a Metafísica estuda o ser como ser, a causa primeira, a intencionalidade e inteligência metafísica do movimento físico. (Um “Morus”, ou seja, um modo intencional do mover-se). Portanto os corpos inanimados e animados estão submetidos a essa intencionalidade meta física. Deus incriado que não teve começo e não terá fim, (conforme a Sagrada Escritura) e que não se confunde com a sua obra (física ou anímica) e tem, portanto vontade e intencionalidade livre (ação inteligente e domínio) sobre o mundo inanimado e animado. A sua Vontade (Verbo), portanto, não é acidental, amoral, mas é moral, intencional e ordenadora. Entre os seres animados, o homem tem consciência de ser (eu sou) e a consciência é a percepção da diferença entre o poder e o dever, eu posso (liberdade do agir), eu devo (liberdade de escolha). O movimento dos seres vivos (poder movimentar-se) e o dever (possibilidade de escolha dos seres inteligentes) entre poder ou dever “movimentar-se”, sempre em função de um fim. No caso do homem, segundo São Tomas de Aquino, em função de um “Fim Ultimo”.

Wallace Requião de Mello e Silva.
Psicólogo.

Franz Brentano, (1838-1917) filosofo alemão que se esforçou em separar Lógica e Psicologia, influenciou pela sua proposição diferencial da intencionalidade.

OBS: Os textos acima têm por base ideológica e orientação uma monografia titulada “A Psicologia como Ciência Natural”, de autor desconhecido e sem data, e argumentos, em contraponto, da Filosofia Tomista do Curso de Filosofia da Escola “Mater Ecclesiae”.




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Uma história que vai do invisível ao visível.

Uma história que vai do Invisível ao visível, da religião ao chão.

Eu não seria capaz, nem quero tentar, enumerar todas as definições encontráveis sobre a Psicologia, desde aqueles que vêem nela uma ciência matematizável, ou daqueles que nela vêem a impossibilidade de sistematização cientifica. Todavia, sem chance de erro, a quase totalidade dos autores que eu conheço, parte em sua base de discurso, da palavra “Psykhé”, do grego, no seu sentido de alma; portanto referem-se ao espírito; e algumas e esquecidas vezes à moral (entendida como conjuntos de valores que determinam os comportamentos humanos). Para os antigos sábios, a Moral se deduz da Vontade Manifesta de Deus. Posto assim, já se vê claramente que estamos no campo da religião, no estudo do invisível. Esse invisível, que é o cerne da questão humana, por nos levar de encontro a religião, cria, emerge, determina uma discussão, de fundo moral, (pois o homem não se entende sem a Sociedade) que se quer negar, que se quer evitar, e por isso, voltamos ao corpo, ao estritamente físico ( no seu sentido de visível) e desembocamos ao fim de uma longa viagem no velho comportamento humano, porém agora livre da moral, e cheio de possibilidades consuetudinárias. Saímos do campo da religião, de um espaço intelectual cósmico, para o chão, para a redução imediata do saber psicológico, e do convívio social instantâneo. Mas se do chão não se passa, mesmo depois de muito cavar, aos poucos a psicologia começa a subir para respirar, e galga a longa escada da Revelação, a escada que leva ao contacto com a Inteligência Absoluta, ao reconhecimento do comportamento manifesto da vontade de Deus, não só nos homens, mas relativa a toda a criação, seja ela visível ou invisível.
Posto assim; já poderemos voltar à clássica definição da Psicologia como: “Ciência” que estuda a alma, o psiquismo, o espírito humano, como um conjunto de idéias e sentimentos manifestos e as determinações (visíveis e invisíveis) dos comportamentos humanos. Assim a psicologia é entendida como ciência dos fenômenos mentais; ou da experiência interna.
Mas toda a psicologia se apóia num fenômeno à priori, a consciência que temos da Inteligência. Ora, a inteligência, classicamente é entendida, conceituada, como a faculdade de entender; de compreender; de conhecer intelectualmente; de preciso conhecimento da realidade imediata. Outros manuais trarão a inteligência como: Aptidão para aprender; penetração de espírito; percepção clara e fácil; juízo; discernimento; compreensão; conhecimento profundo. Todavia, na Metafísica, (campo da Filosofia e da Religião) encontraremos a inteligência como substância espiritual (invisível) e abstrata considerada como fator e origem de toda a inteligibilidade - assim- Deus (invisível) é a suprema inteligência- os anjos, puras inteligências mensageiras - o que nos leva a refletir sobre o que é a “inspiração” humana; o gênio humano: é respiração ou revelação? Somos centelhas da Luz divina?
Por hora, somente para que o leitor se mantenha atento, pois transitará muito em torno desse conceito inteligível eu então pergunto: Se a Inteligência é o espírito penetrante (onisciência, onipresença e onipotência de Deus) o que é a irracionalidade? É a ausência da Luz de Deus? A racionalidade e a irracionalidade se separam uma da outra, pelo número de neurônios?- pelo processo químico?- pelos bloqueios emocionais?- pelas lesões corticais? Os irracionais se tornarão racionais em algum dia? Foi aquela evolução que tornou os homens num repente, inteligentes? Os irracionais são inteligentes, embora em minúscula proporcionalidade, ou, pelo contrario, a inteligência é mesmo um atributo de Deus, do qual, em certa medida fazemos parte? Há o inconsciente para Deus? Há o invisível para Deus? Há limites para Deus?
Existe inteligência fora do Homem? Ou a Inteligência humana é a consciência penetrante da existência da Inteligência Absoluta de Deus?
O que é o defeito da inteligência? O que é a doença mental? Ela só se torna visível na inadequação do comportamento, e na irracionalidade do julgamento da realidade do seu entorno? Ela só é compreendida enquanto inadequação do comportamento social? A doença da alma e do espírito é ou se repercute em um defeito moral? Pode-se fazer um diagnostico moral dos homens? A inteligência de Deus, ou, a consciência de Deus cura?
A Psicologia tem evitado responder essas simples questões. Eu diria, que a Psicologia, no descer e abdicar da escala do invisível fugiu da religião, para tentar, como nos conta Santo Agostinho, colocar o mar em um buraquinho na areia. Missão ousada, porém impossível. Ela, a Psicologia se tornou pequena de mais, falível de mais, irresponsável de mais, e os psicólogos todos, incluído esse que vos escreve, parecemos reproduzir o brado de Satanás, eu sou como Ele (onipotente). Ora a Psicologia divorciou-se da religião, por pura presunção, por achar que resolveria, no individuo e na sociedade os problemas, que julgou um dia, por rebeldia, serem opressores, limitadores, cerceadores do Homem e da Sociedade. A religião, com sua Luz, retirando-se da presença dos psicólogos, e eles agora cegos como Satanás, “tentam”, atirando para todos os lados, resolver o insolúvel. Mesmo os de mais boa vontade, e os mais investigadores do método científico, já percebem a dificuldade e começam a voltar a admitir essa Luz espiritual do homem, essa necessidade cósmica de devoção e reconhecimento da Revelação Divina, no indivíduo, no cidadão, e na Sociedade. Assim com esse simples texto damos o segundo passo em direção a nossa critica Cristã da “ Ciência Psicológica”. Seja ela entendida como Ciência Natural, seja entendida como aplicação da inteligência sobre a Subjetividade (simbolismo e fala); seja como resultado da reflexologia nas diversas correntes emergentes da noção de comportamento ( comportamento Humano é claro, eis a questão, e nisso há uma grande diferença, os homens diferem dos animais, pelo comportamento Moral).
Todo o esforço que faremos na elaboração desses textos visa uma recuperação da humildade psicológica, devolvendo a Psicologia não a pretensão da explicação holística, mas nos colocando como profissionais do “ajuste”, membros da sociedade humana empenhados na solução de conflitos e falhas pessoais e coletivas, percebidas no exercício de viver o AMOR.
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jeudi 6 novembre 2008

Respiração e Religião.

Respiração e Religião.
O texto que você lerá, retirado do livro “O que é o corpo” de José Ângelo Gaiarsa (Editora Brasiliense) não explica tudo o que diga respeito à religião, embora, para a ótica que usaremos nesse blog, ele seja fundamental.
Diz: “Mas vamos além. O corpo é muito mais espírito do que costumamos pensar. Ou o espírito é mais corpo- como se queira. Falemos da respiração e tudo o que a ele tem a ver com a origem de todas as noções religiosas da humanidade” (origem das noções, não da religião, por exemplo, noções sobre a vida, não se confundem com a origem da vida, nem com a vida por si mesma, a vida precisou existir, para que pudéssemos ter noções sobre ela).
Continua o autor: “Desde sempre se soube que o mais seguro sinal de morte era a parada da respiração – fato de todo visível e fácil de constatar. Desde sempre primitivos e crianças se puseram, perplexos, frente à respiração – esse eterno encher e esvaziar um vazio com “nada” – porque o ar é invisível. Mesmo hoje, será difícil convencer pessoas simples de que o ar tem peso ou é uma “coisa”.
A junção de tais pensamentos situados entre o óbvio e o mistério nos permite compreender como é que se formou na mente dos primeiros homens a noção de espírito ou alma - etimologicamente - são sinônimos. “Espírito”, em latim, significa “que sopra” – ou vento. “Alma, - em hebraico-, significa sopro, ou hálito”.
Continua o autor: “Dos fatos assinalados, pode-se, com lógica perfeita (segundo o autor, para nós sem muita lógica) concluir: Para o homem, sua relação mais importante e vital é com o invisível. Cessada essa relação- o morto não respira- cessa a vida com ele. Logo: é o invisível que nos dá vida.
Assim, segundo o autor, nascia a noção de espírito (vento) e de alma (sopro) noção ao mesmo tempo poderosa e extremamente indefinida. Como vou saber como é o invisível? Na verdade posso por dentro dessa noção tudo o que me interessa (é o que faz o autor), que eu amo e odeio que imagino ou suponho. Não são assim todos os milhares de deuses que a humanidade inventou (cultuou) e continua inventando (cultuando)? Respondemos nós, não.
Todavia, o habilidoso professor continua: “Mas vamos além e compreenderemos muito mais. De onde vem a “inspiração”“? “Do ar, diriam os antigos, conscientes, como nós, de que os pensamentos "Nos vêm” sem que saibamos de onde – ou como. Como sai depois a inspiração? Em Palavras, que é o invisível elaborado em som. Na certa o primitivo sabia- sentia- que suas palavras eram uma espécie de musica produzida por alguma espécie de instrumento de sopro interior- mais o próprio sopro, ele também invisível. Assim nascia um dos mais profundos mistérios do homem – a palavra. É como se pelo invisível do ar chegassem a nós pensamentos de sabedoria.
G 23.

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Introdução ao tema.

PSICOLOGIA DO CABO AO RABO.

O titulo parece e é um tanto pretensioso, eu diria presunçoso. Mas não chega a ser o que parece. Nós pretendemos fazer aqui uma critica cristã daquilo que se entende ou se entendeu da Psicologia enquanto ciência Natural. Assim fica bem reduzido o objetivo principal da temática abrangida. Os textos aqui apresentados são uma homenagem a um grupo de homens. Meu pai, Wallace Thadeu de Mello e Silva médico e psicólogo, com quem dei os meus primeiros passos na ciência psicológica no IMPOPE (Instituto Medico Pedagógico de Orientação Profissional e Educacional) na década de 70. Meus professores, os médicos Azzor Cruz, e os irmãos médicos Basílio e Sebastião Vicente de Castro, e ao medico e psicólogo, meu professor por um curto período José Ângelo Gaiarsa ( 1978 ou 79). Uma homenagem especial ao padre Julio Pereda Montoya SSCC, esse espanhol amigo e conselheiro de tantas horas ( in memória).
Um Blog como todos sabem, funciona ao inverso, ou seja, um texto de introdução ficará nele como um texto antigo, postado em primeiro lugar e os subseqüentes, ficarão como textos recentes, obedecendo à lógica dos persas, hebreus e árabes, que escrevem da esquerda para a direita, e começam um livro, do fim para o começo, ao menos em relação ao nosso ponto de vista ocidental. Assim, a introdução será o texto mais antigo desse novo Blog, que é um complemento ao pensamento do G 23. Para reordenar esse estado de coisas eu precisaria escrever todos os textos, e começar por disponibilizar os últimos em primeiro lugar. Mas não o farei. Divido com você leitor, a responsabilidade e o trabalho de seguir a ordem de raciocínio inversa. Um grande abraço do G 23, e boa leitura.
Wallace Requião de Mello e Silva.
Psicólogo.

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